Pedro Veniss fica em 5º lugar e hipismo decepciona no Pan

Hipismo brasileiro sai dos Jogos Pan-americanos com uma prata e um bronze em CCE e um bronze em adestramento / Foto: Divulgação / CBH / COB

Rio de Janeiro - O hipismo brasileiro sai dos Jogos Pan-americanos Toronto 2015 sem nenhuma medalha no salto. A equipe formada por Pedro Veniss (com Quabri de Lisle), Eduardo Menezes (com Quintol), Felipe Amaral (com Premiere Carthoes BZ) e Marlon Zanotelli (com Rock’n Roll Semilly) ficou em quarto lugar no dia 23. Na tarde deste sábado, 25 de julho, penúltimo dia de Pan, os três primeiros voltaram à pista para a disputa do individual geral. A melhor colocação foi a do conjunto formado por Pedro Veniss e Quabri de Lisle, que ficou em quinto depois de disputar o bronze com outros quatro conjuntos, num salto extra – nas duas voltas regulamentares, os cinco perderam quatro pontos ao derrubar um obstáculo, e Pedro perdeu mais quatro no desempate.

Eduardo Menezes e Quintol ficaram em nono, com 8 pontos perdidos, e Felipe Amaral e Premiere Carthoes BZ, em 11º, com 12 pontos em penalidades. O ouro ficou com o americano Mclain Ward (com Rotchild), a prata com o venezuelano Andres Rodriguez (com Darlon Van Groenhove) e o bronze com a americana Lauren Hough (com Ohlala).
 
“Tivemos uma grande chance de vitória, eu e Pedro. Perdi o ferro na frente do obstáculo, na primeira volta, e o cavalo se desconcentrou. Fica uma decepção. A gente chegou aqui com muita vontade de ganhar medalha, não só experiência”, lamentou-se Eduardo Menezes, estreante na competição. Para ele, o que fica de bom é a certeza de ter feito a escolha certa há quatro anos, quando viajou para a Alemanha para testar um cavalo e saiu de lá dono dele. Quintol tinha 6 anos e era, para os padrões do hipismo, um cavalo barato. Apesar dos 8 pontos perdidos nessa final, quatro em cada volta, Eduardo e Quintol haviam terminado as três rodadas classificatórias em primeiro lugar, com três circuitos zerados. O que mostra a força do conjunto, que continuará treinando duro pensando em uma vaga em 2016.
 
“Foi uma coisa de sentimento. Provei o Quintol e na mesma hora liguei pro meu sócio: ‘Acho que acabei de conhecer o cavalo que vou levar para os Jogos Olímpicos do Rio’. Se os antigos donos tivessem sentido a mesma coisa, eu não teria tido recursos para comprá-lo. Hoje ele tem 10 anos, foram quatro anos de trabalho. A beleza do nosso esporte é essa, é você encontrar o botão mágico de cada cavalo, ver qual corre bem com você e prepará-lo. E ele tem sido a prova de que nem sempre são necessários milhões para se encontrar um grande cavalo”, comentou Eduardo.
 
No saldo final, o Brasil sai de Toronto 2015 com três medalhas no hipismo: uma prata por equipes em Concurso Completo de Equitação (CCE), um bronze por equipes em adestramento e o bronze individual de Ruy Fonseca (com Tom Bombadill Too), em CCE, bem abaixo da expectativa.
 
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