Tênis de mesa faz final brasileira e equipe garante três medalhas

No feminino, Lin Gui disputa o ouro e Caroline Kumahara fica com o bronze / Foto: Divulgação / COB

Rio de Janeiro - A final individual masculina do tênis de mesa será brasileira pela terceira vez na história dos Jogos Pan-Americanos. Hugo Calderano e Gustavo Tsuboi se classificaram neste sábado, dia 25 de julho, para a decisão de Toronto 2015, que será disputada nesta noite, às 20h (de Brasília). Em jogo, além do ouro, estará a classificação para os Jogos Olímpicos Rio 2016. O país garantiu ainda um bronze, com Thiago Monteiro.
 
O título masculino já havia sido disputado por brasileiros em outras duas oportunidades. Em ambas, o resultado foi o mesmo: tanto em Havana 1991 como em Mar del Plata 1995, Hugo Hoyama, atual técnico da seleção feminina, levou a melhor sobre Claudio Kano e ficou com o ouro.
 
Ao todo, o Brasil conquistará sete medalhas em Toronto. Além das três no individual masculino, a seleção feminina garantiu duas inéditas nos torneios de simples: Lin Gui disputará o ouro contra a norte-americana Wu Yue, às 19h, enquanto Caroline Kumahara ficou com o bronze. Nas disputas por equipes, os homens levaram o ouro, e as mulheres ficaram com prata.
 
O primeiro semifinalista masculino saiu de um duelo brasileiro: Tsuboi (55º colocado do ranking mundial), cabeça de chave número um, e Thiago (141º) fizeram uma grande partida, com chances de vitória para os dois lados. No fim, o primeiro acabou levando a melhor por 4 sets a 3, parciais de 11/8, 4/11, 11/9, 6/11, 6/11, 11/8 e 11/9. Esta, inclusive, foi a primeira derrota do país em toda a competição - justamente num encontro entre compatriotas.
 
"Um conhece muito bem o jogo do outro. É muito difícil jogar contra qualquer parceiro de equipe. O Thiago, especialmente, faz sempre um jogo muito duro. Consegui manter o foco até o fim, o que foi muito importante, pois estava perdendo por 3 a 2, numa situação difícil na partida", disse Tsuboi, prevendo uma nova batalha na decisão. "É a primeira vez que conquisto uma medalha no individual. Na final, será a mesma coisa, já que nos conhecemos bem. Espero um jogo muito difícil", completou.
 
Thiago, que já havia sido finalista em Santo Domingo 2003, quando ficou com a prata, também destacou o equilíbrio da partida.
 
"Para mim, é frustrante, mesmo sabendo que sobrevivi às quartas de final, em que poderia ter perdido (salvou dois match points contra o chileno Felipe Olivares). Tive as minhas chances, poderia ter conseguido umas duas bolas que fariam a diferença, mas é coisa de jogo. Estou chateado porque o meu objetivo era voltar com dois ouros", lamentou o cearense, que prometeu tentar buscar o sonhado ouro individual. "Essa é a única medalha que me falta em Pan-Americanos. É difícil, porque quatro anos, nessa fase atual da minha carreira, é muito tempo. Mas vou continuar tentando, ainda tenho esse objetivo", afirmou.
 
Na outra semi, Hugo Calderano (76º) começou muito bem e chegou a abrir 3 a 1. No entanto, viu o canadense Eugene Wang (58º), segundo favorito da competição, crescer na partida e levar a decisão para o sétimo e último set. O brasileiro, então, retomou o controle da partida para fechar em 4 a 3: 10/12, 11/4, 11/8, 11/9, 7/11, 7/11 e 11/7.
 
"Ele começou a devolver muitas bolas. Tive de estar muito bem fisicamente para continuar acertando com potência e muito efeito. E tive de variar muito o ritmo para ele não se acostumar à minha bola", analisou.
 
Para Hugo, o desgaste provocado pelos dois primeiros jogos do dia poderá ser um diferencial na decisão.
 
"Será um jogo muito tático, pois os dois se conhecem. Quem souber administrar bem a estratégia, assim como as partes física e mental, já que será o terceiro jogo do dia, estará em melhores condições", concluiu.
 
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