Goleiro sérvio fala "portunhol" e se adapta com amizade de Pet

Slobodan Soro faz boas defesa pelo Botafogo / Foto: Satiro Sodré / SSPress

Rio de Janeiro - Slobodan Soro. É impossível passar desapercebido com um nome tão exótico para os Silvas e Pereiras do Brasil. O goleiro sérvio, naturalizado brasileiro para defender a seleção de polo aquático, já se considera um nacional. "Eu falo português", arrisca, num portunhol coerente com seus tempos atuando na Espanha. 
 
"Eu acho que o Brasil e a Sérvia são muito parecidos. Não tive nenhum problema desde o primeiro dia aqui no Brasil, com meus amigos de time, com os treinadores, com as pessoas da cidade. Tudo perfeito, como na minha casa", afirmou o jogador, considerado um dos melhores goleiros do mundo, em entrevista ao GloboEsporte.Com. 
 
Soro, aos 37 anos, tem um currículo forte. São duas medalhas olímpicas (bronze em Pequim 2008 e Londres 2012) e um título mundial, conquistado em 2009. Tudo pela Sérvia. Aqui, no Brasil, é atleta contratado do Botafogo para a disputa da Liga Nacional e espera uma liberação da Fina (Federação Internacional de Natação) para representar o Brasil na Rio 2016. 
 
O jogador já está adaptado ao ritmo brasileiro. Soro é fã de churrasco e um amigo do seu compatriota, Petkovic. O ex-jogador de futebol, que passou por três grandes times do Rio (Flamengo, Vasco e Fluminense), agora é treinador do Criciúma (SC). 
 
Sobre Soro, a grande peça da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), a expectativa é grande. Além dele, outros atletas estrangeiros foram nacionalizados e já reforçam a equipe de polo aquático masculino: Adria Delgado (Espanha), Paulo Salemi (Itália), Jospop Vrlic (Croácia), Ives Alonso (Cubano), Felipe Perrone (Espanha).
 
"É garantido que ele joga as Olimpíadas de 2016. A consulta que a gente fez à Fina na semana passada garante a liberação dele (para jogar pela seleção brasileira) a partir do ano que vem. Teve um problema com a jurisdição, porque no primeiro semestre teve um problema com o Fluminense e ele não jogou por nenhum time no Brasil. Mas agora está no Botafogo e isso garante a liberação dele a partir do ano que vem", explicou Ricardo Cabral, supervisor técnico da seleção.
 
Escorregando no português, Soro espera melhorar conforme o tempo. "Primeiro, me ajudou muito o espanhol para falar português. Foi um pouco "portunhol", mas agora acho que estou falando mais português que "portunhol". Vamos ver, vou ficar mais tempo aqui e acho que a cada dia vou melhorar", conclui.
 
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