Rudic é aclamado o técnico do ano; Perrone é chamado de mestre

Rudic é aclamado o técnico do ano / Foto: Satiro Sodre/SSPress.

Rio de Janeiro - O ano foi excelente para o polo aquático brasileiro. O auge será agora em dezembro com a escolha do técnico da seleção brasileira masculina, o croata Ratko Rudic - detentor de seis medalhas olímpicas - como o ‘Treinador do ano em modalidades coletivas’ para o Comitê Olímpico do Brasil (COB), prêmio a ser entregue durante o Prêmio Brasil Olímpico, no próximo dia 15. O fim do ano ainda teve a escolha dos brasileiros Felipe Perrone e Izabella Chiappini como finalistas ao prêmio de melhor jogador (a) de 2015 pelo conceituado site especializado ‘Waterpolo World’, cujo resultado sairá em janeiro.
 
- É uma honra. É um reconhecimento não só a mim, mas aos jogadores e à nossa modalidade. Afinal, os atletas receberam bem meus métodos, treinaram arduamente e tiveram um ótimo ano, inclusive com uma conquista inédita. Só tenho a agradecer - disse Rudic.
 
Perrone já havia recebido em maio o troféu de MVP (jogador mais valioso) da ‘Final Six’, a reta final da Champions League europeia da modalidade, o que equivale a um prêmio de melhor do mundo, jogando pelo Barceloneta. Agora, na meca do esporte, no país campeão olímpico, o brasileiro foi chamado de "melhor estrangeiro" do time croata Jugojov, da cidade de Dubrovnik, pelo jornal Dubrovacki Vjesnick, que o considera um "mestre". No Jugojov já atuaram o americano-brasileiro Tony Azevedo e o húngaro Tamás Molnar, campeão mundial em 2003 e tricampeão olímpico 2000- 04-08 (vide crônica no final).
 
A subida de produção na modalidade começou no primeiro semestre, com a inédita medalha de bronze na Super Final da Liga Mundial Masculina, na Itália. Os brasileiros venceram pela primeira vez a Croácia, campeã olímpica, ainda pela fase de classificação. E não apenas os homens brilharam, pois as brasileiras também chegaram à Super Final da Liga Mundial em Xangai.
 
Depois vieram as medalhas de prata e bronze conquistadas pelas nossas equipes masculina e feminina, respectivamente, no Pan de Toronto, em que o capitão Felipe Perrone e a atacante Izabella Chiappini foram os artilheiros.
 
No Mundial de Esportes Aquáticos, em Kazan, na Rússia, nossas duas seleções terminaram na 10ª posição. Para os homens, a melhor colocação de sua história, enquanto para as meninas, a segunda melhor. Mas é bom lembrar que agora foi numa disputa com 16 equipes, enquanto o 8º lugar do time feminino há 17 anos aconteceu num campeonato com nove seleções.
 
Ainda tivemos o tricampeonato da nova geração masculina em seu Pan-Americano da Juventude (Juvenil, Sub-17), disputado na Jamaica, em decisão contra os Estados Unidos. E as jovens da seleção brasileira junior repetiram nossa melhor colocação em Mundiais da categoria, um 8º lugar, conquistado em agosto, na Grécia.
Perrone no jornal croata = O jornalista Tonci Vlasic escreveu nas páginas esportivas do Dubrovacki Vjesnick, o seguinte texto, acompanhado de três fotos do brasileiro.
 
- "Antes era muito cedo pra dizer isto, mas agora parece ser muito tarde. Felipe Perrone Rocha é o melhor jogador estrangeiro da história do Jugojov. Sim, nós admiramos o húngaro Tamás Molnar; aplaudimos os montenegrinos da seleção, em especial, Nikola Janovic (nota: outro campeão mundial, em 2005); depois o sérvio Aleksandar Ivanovic; o americano Tony Azevedo, muitos estrangeiros, americanos, russos, mas melhor que o "Baixa" brasileiro, nenhum fez. O brasileiro é o maior.
 
Todos podem aprender com Perrone, inclusive o treinador. Ele faz seus companheiros melhorarem o desempenho. Pode ser encontrado em todo lugar da piscina. Se por algum motivo os goleiros Bijak Mark e Toni Popadic não puderem atuar, ele provavelmente assumiria a função de goleiro e se encaixaria com facilidade. Você não apostaria que ele fosse ser bem sucedido na função, mas em seguida ele nos faz ficar de pé para aplaudi-lo, o que fizemos em todos os jogos da temporada, como aconteceu quando foi proclamado o MVP da Taça da Croácia. Bravo Perrone! Bravo Mestre!"
 
O polo aquático brasileiro conta com recursos dos Correios - Patrocinador Oficial dos Desportos Aquáticos Brasileiros, e ainda do Bradesco/Lei de Incentivo Fiscal, Lei Agnelo/Piva - Governo Federal - Ministério do Esporte, COB, Sadia, Speedo e Universidade Estácio de Sá.
 
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