Atletismo: Em ano de mundial, Bolt mantém hegemonia

Bolt corre em Copacabana /  Foto: Thiago Diz / Mano a Mano

Rio de Janeiro - O ápice do atletismo em 2013 foi, sem dúvidas, o Campeonato Mundial, sediado pela Rússia, no estádio Lujniki, entre 10 e 18 de agosto. Consagrando velhas potências e estrelas já conhecidas, as disputas trouxeram poucas quebras de recordes e acabaram com expectativas de medalha para o Brasil.

As principais promessas do atletismo não conseguiram repetir bons resultados conquistados em campeonatos anteriores mas, por outro lado, atletas brasileiros alcançaram posições inéditas e representaram o Brasil em várias finais. 

Exemplos disso foi a chegada do brasileiro Augusto Dutra à final do salto com vara, na Rússia. "Fico chateado por não ter conseguido um bom resultado na final. Ao mesmo tempo, foi excelente chegar até aqui em meu primeiro mundial. Ganhei experiência e acho que posso render mais no futuro", afirmou o paulista, que acabou sendo 11º na prova. 

Outro que surpreendeu foi Anderson Henriques, sendo apenas o segundo brasileiro a correr os 400m abaixo dos 45s, atingindo um novo recorde pessoal de 44.95s em Moscou. Anderson chegou à final da prova, após ser terceiro em sua bateria. O recordista brasileiro de juvenis ficou em oitavo lugar na disputa final. 

Ao contrário de Augusto e Anderson, Fabiana Murer e Mauro Vinícius da Silva, o Duda, tinham uma certa pressão sobre eles. Ambos vinham de bons resultados e geravam certa expectativa de conquista de medalha. 

Duda, no entanto, acabou em quinto na final do salto em distância em Moscou. Embora não tenha alcançado o pódio, o atleta mostrou grande superação, tendo terminado em quinto lugar. "Tentei fazer o melhor e lutei muito até o último salto. Tive a sensação de ter ido mais longe, mas no final mantive a média da temporada", comentou o atleta, que vinha de um título mundial indoor, em Istambul-2012 e de uma final olímpica em Londres.

Fabiana Murer / Foto: Divulgação

Já Fabiana Murer não conseguiu saltar 4.70m e acabou ficando também na quinta posição. A atleta, no entanto, obteve ótimos resultados no ano de 2013, tendo sido ouro na Alemanha e bronze em Estocolmo, nas etapas da Liga Diamante, organizada pela IAAF. 

No decatlo, o paulistano Carlos Chinin obteve a segunda melhor marca da carreira, com 8.388 pontos, e garantiu a sexta colocação no Mundial. "Deixo Moscou com o sentimento de dever cumprido. Ao mesmo tempo, saio confiante. Vejo que tudo está dando certo e vou para a Olimpíada do Rio, em 2016, com fé e com o objetivo de brigar por uma medalha, inclusive a de ouro", comentou. 
 
Revezamento falha - Além de ter dizimado qualquer possibilidade de pódio do Brasil no Mundial de Atletismo de Moscou, a queda do bastão na última troca do revezamento 4x100 m feminino evidenciou um verdadeiro racha na equipe brasileira. Após o ocorrido, as atletas se voltaram contra si, em declarações ásperas à imprensa.
 
Dentro da pista, a equipe que havia conseguido quebrar o recorde sul-americano nas eliminatórias (42s29) não conseguiu terminar a prova na final. A equipe masculina, no 4x400m, no entanto, foi sétima colocada na final. 
 
Bolt e Jamaica no topo - Após vencer uma prova montada especialmente para a sua presença no Rio de Janeiro, em Copacabana, o jamaicano recordista mundial nos 100 e nos 200m conseguiu manter seus títulos com folga em Moscou. O atleta cravou 9.77s na final dos 100m e 19.66s na dos 200m, levando dois ouros para a Jamaica. Bolt ainda fechou o ano correndo contra um ônibus na Argentina e acabando com especulações sobre ele disputar os 400m nos Jogos do Rio, em 2016. 
 
O país, aliás, manteve-se mais um ano no topo, não apenas com Bolt, mas também com Shelly-Ann Fraser-Pryce. Ambos receberam da IAAF o prêmio de melhores atletas do ano. 
 
Doping - Em contraste ao ano vitorioso da Jamaica, entretanto, está a perniciosa situação do país com o doping. Após uma ex-diretora da JADCO, comissão antidoping jamaicana, acusar seu antigo órgão de fechar os olhos para problemas com o doping no país, uma verdadeira crise se instaurou. 
 

Asafa Powell em Londres 2012 / Foto: Divulgação Iaaf

Os jamaicanos precisaram vir a público garantir que os seus procedimentos estavam de acordo com as normas internacionais e que vinham trabalhando em estreita colaboração com a WADA (Agência Mundial Antidoping), entidade que em julho passado visitou a comissão anti-doping jamaicana e se mostrou satisfeita com os procedimentos que estavam sendo adotados.
 
Não foi só a Jamaica, porém, que precisou lidar com o doping em 2013. Tyson Gay, o segundo homem mais rápido do mundo, precisou enfrentar acusações de doping, trazidas à tona pela rede britânica de TV BBC. 
 
"Eu não tenho uma história de sabotagem, não sou mentiroso. Basicamente confiei em pessoas que me decepcionaram. Sei exatamente o que aconteceu, mas não posso discutir sobre isso agora", comentou o atleta à época. 
 
Classificação brasileira - A julgar pelos resultados no Mundial de Moscou, o Brasil terminou, segundo a IAAF, em 19º lugar, graças às quintas, sextas, sétimas e oitava posições conquistadas por seus atletas. 
 

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