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Especialistas dizem que 28% dos brasileiros são viciados em exercícios

O excesso de exercícios físico pode levar à morte / Foto: Divulgação

Brasil - Além de estimular o emagrecimento, a prática de exercícios físicos está diretamente ligada com o bem estar, no entanto, em alguns casos, tornou-se um vício, o que os especialistas costumam chamar de overtraining.
 

O risco que este excesso de exercícios físicos pode representar para o organismo humano vai muito além das mudanças corporais e metabólicas, podendo levar à morte. Maurício Póvoa Barbosa, ortopedista e médico do esporte da Clínica Orthobone e médico da equipe de Voleibol Profissional do SESI/SP, sinaliza que o primeiro passo a ser tomado, é reduzir as atividades, adequando-as as particularidades e limites de cada indivíduo.

Os primeiros sintomas que podem ser apresentados são: alterações no desempenho físico, perda do estímulo nos treinos e competições, sensação de fraqueza durante e após a prática dos exercícios, redução da coordenação motora, aumento da incidência de lesões, redução de peso, aumento do risco de infecções, como gripes e resfriados freqüentes, alterações no padrão normal do sono. Ainda podem ocorrer, aumento da frequência cardíaca e consequentemente, do lactato sanguíneo, levando à fadiga.
 
Segundo Maurício, o vício ocorre, pois há liberação de endorfinas, durante e após a prática do exercício, o que promove um bem estar extremamente prazeroso. De imediato, as sensações adicionais são euforia e diminuição das dores musculares.
 
Nestes casos, a atividade física “crônica” pode levar a uma redução da imunidade, predispondo o organismo a uma série de infecções oportunistas, além de levar, em situações mais graves, a insuficiência renal e cardíaca. No entanto para que isto aconteça, é necessário um extremo desequilíbrio metabólico entre, a prática da atividade e o tempo de repouso.
 
Assim, é importante ressaltar que, nestes casos, cuidado não deve ser tomado como um exagero. Para Maurício, a orientação de um médico é imprescindível no momento de escolha do esporte que se irá praticar, podendo ser escolhido aquele favorito, mas não esquecendo de realizar um trabalho de fortalecimento adequado e alongamento muscular.
 
Em média, para que a prática de atividade física seja considerada saudável, os exercícios devem ter duração de 40 minutos a uma hora e, serem realizados, de três a quarto vezes por semana.
 
O ortopedista aponta cinco dicas básicas para quem pretende praticar exercícios físicos com qualidade:
•         antes de iniciar qualquer atividade física procure um médico para uma correta avaliação;
•         procure bons profissionais relacionados à área, como educadores físicos, fisioterapeutas e nutricionistas. Uma correta orientação é extremamente importante;
•         evite a busca de resultados a qualquer custo e a curto prazo, pois são extremamente maléficos ao organismo;
•         utilize materiais esportivos adequados, como roupas e calçados;
•         respeite o seu limite e fique atento aos primeiros sinais relacionados ao excesso de treinamento;
•         pode causar osteoporose precoce.
 
Nas mulheres: Ortopedistas alertam que excesso de exercício pode alterar o ciclo menstrual e trazer sérias consequências para a saúde da mulher. A busca incessante para perder peso e a pressa em reduzir as medidas pode trazer sérios prejuízos às mulheres. O overtraining pode desregular o ciclo menstrual ou até cessá-lo, provocando a osteoporose precoce. “O overtraining altera o metabolismo hormonal e o processo da absorção e reabsorção do cálcio. Com isso, o organismo feminino passa a retirar o cálcio do osso na tentativa de manter o equilíbrio, gerando osteoporose secundária”, explica Maurício.
 
As dores contínuas costumam ser um dos primeiros sinais de que houve abuso nos treinamentos. Os médicos explicam que, normalmente, os incômodos aparecem de 24 a 48 horas após a atividade física, e são reflexos da degradação muscular e da lesão pelo esforço. “As dores tendem a cessar após dois ou três dias. Porém, a permanência do sintoma é um alerta de que algo está errado”, completa Maurício.
 
O overtraining também pode gerar outros problemas ortopédicos, entre eles dor crônica, edema (inchaço), limitação de algumas funções da articulação e, muitas vezes, lesões permanentes. Nesses casos, é fundamental realizar atividades físicas apenas com a orientação médica e supervisão de um treinador. O grande problema, no entanto, é que as pessoas não reconhecem quando estão enfrentando o problema, priorizando a busca por um corpo perfeito em detrimento da própria saúde.
 
Sintomas do problema:
•         alterações no desempenho físico;
•         perda do estímulo nos treinos e competições;
•         sensação de fraqueza durante e após a prática dos exercícios;
•         redução da coordenação motora;
•         aumento da incidência de lesões;
•         redução de peso;
•         aumento do risco de infecções, como gripes e resfriados freqüentes;
•         alterações no padrão normal do sono;
 
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