Memória do Esporte Olímpico anuncia documentários vencedores

Foto: Divulgação

São Paulo - Na semana passada, os representantes dos projetos finalistas do concurso V participaram do  pitching do Memória do Esporte Olímpico na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. 
A comissão, formada pela cineasta Lina Chamie; pelo cineasta e representante da SAV/Minc, Heber Moura Trigueiro; pela produtora e representante da Petrobras, Elisa Tolomelli; pelo roteirista Newton Cannito e pelo jornalista José Trajano, representante da ESPN e um dos criadores do Memória, deliberaram sobre os projetos após ouvirem a defesa oral de diretores produtores.
 
Dos projetos habilitados dentre os escolhidos para o pitching,  três foram  vencedores e receberão até R$ 230 mil cada um para a realização de documentários sobre atletas nacionais e modalidades com representantes brasileiros na história dos Jogos Olímpicos. As outras quatro produtoras escolhidas também participaram de pitching para realizar seus filmes em coprodução com a ESPN.
 
O Memória do Esporte tem como principal objetivo preservar a história de atletas e técnicos que representaram o Brasil nos Jogos Olímpicos.  Com o patrocínio da Petrobras, ESPN e EBrasil Energia e apoio da Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão (ABPITV), Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAV/Minc) e Cinemateca Brasileira, o projeto soma em seu acervo quase 50 títulos, incluindo os selecionados no concurso V.
 
Para Daniela Greeb, diretora do Instituto de Políticas Relacionais, que produz o Memória do Esporte, o Brasil tem mais de 1700 atletas olímpicos que precisam ter suas trajetórias registradas. Ela trabalha para que a exibição desses filmes ganhem mais janelas de exibição, como no Museu do Futebol e outras salas alternativas, que vai mostrar os curtas do acervo em suas programações nos próximos meses.
 
José Trajano, criador do projeto, também acredita que o Memória do Esporte está contribuindo para contar a história olímpica brasileira e que precisa ter continuidade. “O Memoria conta histórias ricas, tanto de vitorias como derrotas, com trajetórias de muita superação”.
 
Os projetos aprovados através do pitching:
 
JOÃO GRANDÃO - NATAÇÃO, POLO AQUÁTICO E JUDÔ
 
Sob a responsabilidade da Olhar Imaginário – de filmes como Estamos Juntos e Rita Cadillac, a Lady do Povo, de Toni Venturi,  o documentário paulistano vai mostrar a carreira do atleta JOÃO GRANDÃO, que esteve na natação, no Polo Aquático e no Judô. Para o diretor Toni Venturi, “o Memória do Esporte reconstrói uma parte da memória brasileira, como a história que vamos contar, de João Gonçalves Filho, o único a participar de sete olimpíadas”.
 
A PRAIA DE ATLANTA - VOLEI DE PRAIA
 
Com A PRAIA DE ATLANTA o V concurso do projeto vai trazer a brilhante trajetória do nosso vôlei de praia no ano de 1996, quando a modalidade estreou nas olimpíadas de Atlanta. Jackie Silva, Sandra Pires, Mônica Rodrigues e Adriana Samuel serão tema  do documentário de Roberta Bonoldi. Para a jovem diretora, trazer a história de sucesso dessas mulheres é mostrar as pioneiras de um esporte que hoje é a cara do Brasil e foi introduzido nas olimpíadas há exatos 20 anos.
 
CRUZ, BARBOSA E GUIMARÃES, A POTÊNCIA DOS 800 -  ATLETISMO
 
Joaquim Cruz, Zequinha Barbosa e Agberto Guimarães, três dos maiores atletas brasileiros de todos os tempos, terão suas carreiras na prova dos 800 metros, uma das mais tradicionais do Atletismo nos Jogos Olímpicos, contadas por Rubens Rewald no documentário CRUZ, BARBOSA E GUIMARÃES, A POTÊNCIA DOS 800.  Vitórias e derrotas se entrelaçam na jornada desses três atletas, que treinaram juntos e experimentaram trajetórias diferenciadas e complementares.  Nas palavras de Rewald, “esses três atletas são de primeiro nível mundial e vou mostrar como eles, que treinavam  juntos, eram amigos,  competiam na mesma modalidade,  também eram adversários. O Atletismo é o grande esporte olímpico e o Brasil ainda não conseguiu ter uma continuidade de vitórias”.  
 
Os projetos escolhidos no Banco de dados do Memória do Esporte, que estão sendo coproduzidos com a ESPN:
 
Diogo Silva, Luta e Voz, de João Valle, acompanha o dia a dia e retrata a trajetória olímpica de um lutador de taekwondo, Diogo Silva. Com sua personalidade forte e contestadora, o atleta mostra que diante da falta de incentivos financeiros e da falta de apoio ao esporte amador no país, a luta para alcançar a tão sonhada medalha olímpica não se limita aos tatames.
 
Buck – O Monstro da Lagoa, de Marcos de Araújo  Ribeiro e Helena Lara Resende, vai contar a história do treinador de remo Guilherme Eirado, o Buck, protagonista do esporte no Flamengo e na seleção Brasileira. O filme vai mostrar que em muitas ocasiões são os treinadores que revolucionam o  esporte com suas façanhas.
 
Fala, Piedade!, de José Roberto Torero, vai dar voz à quase desconhecida nadadora Piedade Coutinho, que esteve em três olimpíadas, parou com o esporte para ter um filho, voltou a nadar, competiu até os 32 anos,  quebrou 28 recordes continentais e chegou a ter todos os recordes brasileiros no nado livre.
 
Sarah-Menina de Ouro, de Vinicius Gonçalves Vasconcelos, registra a história da primeira campeã olímpica brasileira de judô. Através da perspectiva dessa atleta piauiense, que treinou com meninos na infância, o filme mostra, entre outras importantes conquistas do esporte brasileiro, uma batalha pelo ouro olímpico carregada de significados.
 
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