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Nutrição e cuidados com os Joelhos

Todos conhecem alguém que já passou por uma lesão no joelho e sabem como é difícil a recuperação / Foto: Edsley Saito São Paulo - Todos conhecem alguém que já passou por uma lesão no joelho e sabem como é difícil a recuperação. Dor, inchaço, dificuldade para andar, fisioterapia e às vezes até uma cirurgia, são alguns dos problemas que o paciente atravessa ao se envolver com uma lesão articular.

Os traumas que afetam os joelhos normalmente acabam causando problemas nos Ligamentos, Meniscos, Cartilagem, Tendões ou Ossos. As fraturas atingindo o Fêmur, Tíbia ou Patela causam dor incapacitante e levam até quatro meses para cicatrizar. As lesões ligamentares e meniscais são as maiores causas de indicação cirúrgica no joelho. A cartilagem hialina é responsável pelo movimento suave das articulações e quando lesada, responde pela maioria dos sintomas crônicos no Joelho, dor, atrito, estalidos e crepitação são sintomas freqüentes secundários as fissuras condrais.

O que nem todos sabem é que a nutrição pode ajudar no processo cicatricial desses tecidos tão importantes e ao mesmo tempo contribuir com nossa saúde e prevenir o envelhecimento.

Para cada lesão específica o médico ortopedista vai indicar o tratamento mais adequado, que vai envolver uma combinação seqüencial desses protocolos:

-Repouso Articular

-Gelo

-Medicações anti-inflamatórias e analgésicas

-Fisioterapia

-Reforço Muscular e Alongamentos

-Cirurgia

Independente do tratamento escolhido, alguns alimentos vão te ajudar nesse longo processo de reabilitação inclusive agindo na prevenção de eventos degenerativos.

Cálcio: encontrado principalmente no leite e derivados ele é o principal mineral presente nos ossos.  1000 a 1200 mg diários a partir de 4 copos de leite desnatado (lembre de evitar a gordura presente no integral) ajudam a manter os ossos fortes e rejuvenescidos. Componente fundamental nos eventos bioquímicos necessários a contração muscular e na transmissão de informações pelos nervos, o cálcio precisa ser reposto pois após os trinta anos seus níveis ósseos apenas diminuem em nosso organismo.

Vitamina D: presente naturalmente em alguns peixes e moluscos ela funciona como o entregador de cálcio para os ossos, mantendo o equilíbrio entre armazenar e renovar o estoque de cálcio no tecido ósseo. Pessoas com baixos níveis de Vitamina D e Cálcio tem três vezes mais chances de desenvolver artrite. 400 Unidades de Vitamina D por dia é a dose recomendada para manter o aparelho locomotor saudável. A exposição ao sol contribui para a conversão cutânea da vitamina D inativa na forma ativa, mas a utilização de protetor solar bloqueia essa reação química. Desta forma o horário recomendado é antes das 10:00  h e após às 16:00 h sem protetor solar.

Omega 3: encontrada no Salmão, Atum, nozes e azeite de oliva, ajuda a manter a oleosidade do liquido sinovial, responsável por lubrificar e nutrir a cartilagem hialina e meniscos. Comer peixe duas vezes por semana, temperar a salada diariamente com azeite de oliva, bem como fazer um lanchinho com duas a três nozes  ou castanhas do Pará diminui o desconforto provocado por uma lesão meniscal.

Vitamina C: lembrada normalmente durante um resfriado, estudos recentes tem demonstrado associação entre sua carência e a osteoporose e osteoartrose. Dose recomendada de 100 mg por dia.

Os carboidratos são o principal combustível usado pelo organismo como energia, ao mesmo tempo são alimentos “engordativos” se consumidos sem critério. Dê preferência aos integrais, arroz, pão e macarrão, pois mantém a saciedade por mais tempo, além de diminuir a absorção de gorduras, devido ao alto teor de fibras.

As proteínas, quebradas no processo de digestão em aminoácidos, são a matéria-prima usada pelo nosso corpo para fabricar todo o tecido conjuntivo e as fibras de colágeno, presente na cartilagem, meniscos, ligamentos, músculos, tendões e ossos. Proteínas de origem animal são mais facilmente absorvidas nesse processo, então inclua uma porção de carne vermelha ou branca nas refeições. Lembrem-se dos benefícios adicionais já citados dos pescados. Para os vegetarianos, é fundamental orientação de um profissional da área para calcular e orientar a biodisponibilidade das proteínas vegetais e as formas de reposição protéica.

Muitas vezes as recomendações óbvias acabam sendo esquecidas numa consulta médica. O controle do peso excessivo é prioritário no tratamento das dores articulares. Durante um período de afastamento das atividades esportivas por uma lesão, o atleta deve controlar e diminuir a ingestão calórica, pois o consumo com exercícios físicos estará limitado. Com um balanço positivo fatalmente o atleta ganhará alguns quilos que sobrecarregarão seus Joelhos já doloridos. Lembre-se também, de não entrar em modismos e dietas de revistas sem orientação profissional, dietas como a da proteína te fazem perder peso porém podem acelerar a perda de massa óssea.

O uso de suplementos como a condroitina e glicosamina tem demonstrado efeitos protetores para a cartilagem hialina e meniscos e a cada dia fazem mais parte do repertório dos ortopedistas como adjuvante no tratamento das patologias articulares.

Vários nutrientes, tanto na forma de alimentos como suplementos alimentares podem te ajudar a cuidar dos Joelhos evitando dores articulares, mas via de regra algumas pequenas mudanças de hábitos tanto alimentares quanto comportamentais são valiosos aliados:

-Corrija a postura fortalecendo os músculos abdominais e do tronco

-Melhore a resistência dos músculos das coxas, pernas, quadris e braços

-Melhore a flexibilidade

-Use calçados confortáveis e bem acolchoados

-Perca peso

-Pare de Fumar