Brasil mostra evolução nos Jogos Olímpicos de Inverno Sochi 2014

O país contou com 13 atletas em sete modalidades e participações inéditas no bobsled feminino, patinação artística, esqui aéreo e biatlo / Foto: Esporte Alternativo

Sochi - O Brasil participou dos Jogos Olímpicos Sochi 2014, com encerramento marcado para este domingo, dia 23, quebrando recordes de modalidades e atletas classificados para uma edição de Jogos de Inverno. O país contou com 13 atletas em sete modalidades e participações inéditas no bobsled feminino, patinação artística, esqui aéreo e biatlo. 
 
Mesmo sem contar com as condições climáticas ideais para a prática dos esportes de inverno, o Brasil foi a maior delegação latino-americana em Sochi, mostrando o talento e a determinação do atleta brasileiro, aliados ao suporte dado pelas Confederações Brasileiras Olímpicas e o Comitê Olímpico Brasileiro. Ao final dos 17 dias de Jogos na Rússia, o saldo da participação brasileira foi positivo.
 
“Os Jogos Olímpicos Sochi 2014 foram um marco importante para o Brasil. O esporte olímpico brasileiro está em constante desenvolvimento, e o mesmo acontece em relação aos esportes de inverno. A participação segue dentro do processo evolutivo esperado”, afirmou o diretor executivo de esportes do COB, Marcus Vinicius Freire.
 
O chefe da Missão Brasileira em Sochi, Stefano Arnhold, destacou as marcas quebradas pela delegação brasileira. “O Brasil teve em Sochi a maior e melhor participação de sua história – iniciada em Albertville 92 - nos Jogos Olímpicos de Inverno. Nossos objetivos foram plenamente alcançados, pois batemos todos os recordes em numero de atletas, numero de modalidades esportivas e numero de provas. Se incluirmos as estreias, obtivemos os melhores resultados de todos os tempos em nove das 13 provas disputadas, exatamente os 70% aos quais nos propusemos”, afirmou Stefano. “Estou muito orgulhoso de nossos talentosos atletas e muito feliz em ver os resultados do trabalho de nossas equipes multidisciplinares com ênfase no uso da ciência aplicada aos esportes”, completou Stefano, também presidente da Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN). 
 
Emílio Strapasson, presidente da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), lembrou o esforço feito para classificar suas equipes para Sochi. “A confederação passou por problemas no último ciclo, tanto que não levamos nenhum atleta para Vancouver 2010. Desde que assumi, há pouco mais de um ano, lutamos muito para recuperar terreno e voltar a ter competitividade nos esportes de gelo. Os atletas entenderam a nova proposta da CBDG e o resultado foi excelente. Voltamos a disputar os Jogos Olímpicos com uma equipe masculina de bobsled e classificamos, de maneira inédita, uma equipe feminina de bobsled e uma atleta na patinação artística”, disse Emílio. “Com um trabalho a médio e longo prazo, tenho certeza de que vamos seguir evoluindo até PyeongChang 2018. Ainda em 2014, nós realizaremos seletivas para identificar novos talentos para as nossas modalidades”, completou o chefe das equipes de gelo em Sochi.
  
Encerrada a participação brasileira nos Jogos Olímpicos Sochi 2014, o foco dos atletas e gestores de esportes de inverno agora passa a ser a preparação para os Jogos Olímpicos de PyeongChang, na Coréia do Sul, em 2018. Após a avaliação dos resultados em Sochi, as Confederações Brasileiras de Desportos no Gelo e na Neve apresentarão projetos ao Comitê Olímpico Brasileiro para serem desenvolvidos com base nos recursos da Lei Agnelo/Piva.
 
“Vamos agora trabalhar nos objetivos para os próximos ciclos olímpicos, os quais serão detalhados até o final deste ano. Primeiramente vamos conduzir estudos de avaliação da competitividade das diversas modalidades e enfatizar aquelas que poderão ser desenvolvidas em nossos Centros de Treinamento no Brasil. A primeira modalidade a ter seu plano concluído, até o final de maio, será a do esqui aéreo, que objetiva ser competitivo em 2022 e buscar a participação nas finais olímpicas em 2026. Em seguida virão as demais modalidades, cujos planos se basearão em estudos científicos e de viabilidade econômica”, disse Stefano Arnhold, se referindo aos planos da CBDN.
 
Nos quatro anos deste ciclo olímpico, de 2011 a 2014, foram investidos cerca de R$ 5 milhões oriundos da Lei Agnelo/Piva nas duas confederações de esportes de inverno, incluindo R$ 600 mil referentes à Missão Sochi 2014.
 
Através do COB, Jaqueline Mourão, Isabel Clark, Jhonatan Longhi, Maya Harrisson e Leandro Ribela, atletas da CBDN receberam também suporte do programa de apoio da Solidariedade Olímpica Internacional, que envolve projetos de ciência aplicada ao esporte, programas de desenvolvimento de estrutura de treinamento, entre outros.
 

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