Há um ano, Felipe Wu garantia primeira medalha do país na Rio 2016

Brasileiro conquistou a prata na pistola de ar 10m do tiro esportivo / Foto: Wander Roberto/Exemplus/COB

Rio de Janeiro - Após 96 anos, quando conquistou suas três primeiras medalhas nos Jogos da Antuérpia 1920, o tiro esportivo do Brasil voltou a subir no pódio olímpico. Felipe Wu fez história na tarde do dia 6 de agosto de 2016, ao ganhar a medalha de prata na pistola de ar 10m na prova disputada no Centro Olímpico de Tiro, em Deodoro.
 
O paulista de 24 anos fez um total de 202,1 pontos, uma diferença mínima para o vietnamita Xuan Hoang, que ficou com a medalha de ouro ao marcar 202,5. O lugar mais alto do pódio só foi decidido no último tiro do vietnamita. O chinês Wei Pang, com 180,4 pontos, ficou com a medalha de bronze. Foi a primeira medalha do Brasil nos Jogos Rio 2016.
 
O Centro Olímpico de Tiro parecia um Maracanã lotado em dia de Fla-Flu. A cada tiro de Felipe Wu, a torcida gritava seu nome e a conquista da prata fez explodir em emoção os amantes de um esporte em que tradicionalmente se exige silêncio e concentração. Wu, entretanto, disse que a torcida só o ajudou a ganhar a medalha de prata.
 
“Dava para ouvir e muito a torcida gritando. Em alguns momentos ela distraía, mas na maior parte do tempo passava uma energia muito boa. Sempre quando estava de cabeça baixa eu ouvia os gritos dos torcedores e isso era muito bom”, ressaltava o atleta, medalhista de prata nos Jogos Olímpicos da Juventude Cingapura 2010, à época.
 
Felipe Wu fez questão de frisar que a medalha não representava o ápice de sua carreira. Segundo ele, a dedicação ao esporte seria dividida com o curso de Engenharia. “Eu era o mais novo desta final e espero ainda ter outras grandes finais pela frente. Também quero voltar a cursar a faculdade de Engenharia em setembro, pois gosto de estudar”, revelou. 

 

Sobre as dores no ombro direito, que tanto o incomodaram durante os últimos treinos pré-Jogos Rio 2016, Felipe disse que foi preciso suportá-las para poder chegar ao sonho da medalha olímpica. “O ombro doeu muito desde o início da prova, mas a Flávia, fisioterapeuta do COB, trabalhou muito bem e me ajudou no período entre a fase classificatória e a final”, relatou Wu, acrescentando: “Atleta está acostumado a competir com dor”. 

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