Ele pode ser o 1º brasileiro a escutar o hino nacional nos Jogos
Rio de Janeiro - A primeira possibilidade real de medalha do Brasil nos Jogos Olímpicos está nas mãos do jovem Felipe Wu, 24 anos. Já instalado na Vila Olímpica, o paulista, que passou da 56ª posição do ranking de pistola de ar 10 metros para a liderança mundial neste ano, vai encarar a prova no dia 6 de agosto com chances de subir ao pódio e ser o primeiro brasileiro a escutar o Hino Nacional no Rio 2016 – as finais serão disputadas a partir das 15h30.
O tiro esportivo é uma das modalidades mais tradicionais do esporte olímpico nacional. O atirador Guilherme Paraense foi o primeiro brasileiro a conquistar um ouro na história dos Jogos Olímpicos – em 1920 na Antuérpia. Agora, Felipe Wu deseja escrever o seu nome como o primeiro a subir ao pódio nos Jogos disputados em solo sul-americano.
"O esporte é um jogo, não uma conta matemática. Eu posso decepcionar, o campeão olímpico pode decepcionar. Tudo pode acontecer. O que tinha que ser feito foi realizado. Todo o treinamento, todo o suor já foi derramado. Agora é curtir e fazer o melhor. Treinei e espero surpreender com a medalha", disse o paulista na área internacional da Vila Olímpica.
Felipe Wu vai competir em duas provas nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. A primeira será na pistola de ar 10 metros. A segunda, na pistola livre 50 metros, no dia 10 de agosto. As disputas serão no Centro Nacional de Tiro Esportivo, no Parque Olímpico de Deodoro.
Mescla
O tiro é o esporte que conta com os três atletas mais velhos do Time Brasil: Renato Portela (53 anos), Roberto Schmits (47) e Júlio Almeida (46). Representante da nova geração, Wu é o atleta mais jovem dos nove atiradores da delegação nacional.
O ano de 2016 já é especial para o paulista. Ele venceu a etapa da Copa do Mundo de Baku (Azerbaijão) disputada em junho e entrou para história do esporte ao liderar o ranking mundial na pistola de ar 10m. O jovem tem guardado em casa uma medalha olímpica. Medalhista de prata nos Jogos Olímpicos da Juventude 2010, disputados em Singapura, o atleta sonha em repetir o bom resultado.
"Estou mais maduro. Eu tinha 18 anos quando conquistei a medalha e hoje tenho 24. Me sinto mais experiente. Considero o pódio em 2010 um 'acaso'. Agora, não. Estou me matando há muito tempo nos treinamentos. Espero que a experiência e a maturidade conte aqui", disse o atleta, que recebe o apoio financeiro do programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte.
Veja Também: