Plano da CBDA prevê Escola Nacional de Nado Sincronizado

Criação da Escola era uma deficiência antiga do esporte / Foto: Satiro Sodré

Rio de Janeiro - A próxima terça-feira, 16/09, será decisiva para os desportos aquáticos. Todas as modalidades da CBDA – maratonas aquáticas, nado sincronizado, natação, polo aquático e saltos ornamentais – entregarão seus planos detalhados para os dois anos que faltam até os Jogos Olímpicos Rio 2016. Dando sequência ao evento que em agosto reuniu todos os esportes, gestores da entidade, patrocinadores e entidades parceiras, o nado sincronizado abriu a série de encontros para fechar questão sobre sua preparação visando as Olimpíadas.
 
Como parte da nova filosofia de trabalho da CBDA orientada pelo presidente da entidade, Coaracy Nunes Filho, e levada à cabo pelo gerente geral das modalidades e da natação, Ricardo de Moura, todas as reuniões que norteiam os rumos dos esportes da Confederação contarão com atletas, além da gerente específica da modalidade, técnicas e outros dirigentes da entidade.  No caso do nado sincronizado, a representante será Lara Teixeira. A gerente da modalidade, Sônia Hercowitz, disse que aproveitar ao máximo o bom momento é um dos objetivos.
 
"O esporte está num momento de crescimento quantitativo e qualitativo com o Projeto Olímpico. Pretendemos dar continuidade a este crescimento. O nosso projeto prevê um aprimoramento conjunto de atletas, juízes e técnicos para que além da preparação visando 2016, o esporte consiga descobrir e preparar novos talentos já pensando nas Olimpíadas de 2020", explicou Sônia.
 
A técnica canadense Julie Sauvé treina a seleção desde janeiro deste ano e assim continuará. Com seis medalhas olímpicas no currículo, Julie chegou para ajudar as principais atletas a subirem patamares na escada mundial da modalidade, mas também para auxiliar no aumento do conhecimento das técnicas do esporte.
 
Com a criação de um Circuito Nacional, descentralização dos campeonatos, implantação de clínicas e outras medidas, o número de praticantes confederadas saltou de 240 em 2001 para 1500 em 2013. O programa do nado sincronizado tem, entre muitas outras coisas, investimentos em cursos de capacitação de treinadoras nos diversos níveis, realização de training campings nacionais e internacionais, participação em competições internacionais e mudança de regras principalmente nas competições da base.
 
"Estamos também começando a criação de uma escola de nado sincronizado brasileira, ou seja, uma forma de treinar e de passar modalidade mais afeita à nossa realidade. A mudança das regras vai valorizar a aplicação dos fundamentos nas categorias de base, como as provas de figuras. Essa deficiência na execução de movimentos básicos é carregada vida a fora, limitando nossas atletas", disse a técnica da seleção, Maura Xavier.
 
Por duas Olimpíadas seguidas (Pequim 2008 e Londres 2012), Lara participou no dueto ao lado de Nayara Figueira. Ela está retornando à seleção brasileira, desta vez para competir na equipe, e será a representante do nado sincronizado para a Comissão de Atletas da CBDA.
 
"Estou buscando contribuir com tudo o que vivi no esporte. Achei a reunião muito produtiva e acho que temos grandes possibilidades de avançar mais rápido. Essa idéia de uma escola nacional do nado sincronizado foi algo que sempre achei que precisávamos", analisou.