Seleção brasileira de nado sincronizado é apoiada pelo Ministério do Esporte

Mistério do Esporte investiu diretamente mais de R$ 2,2 milhões na modalidade que já está confirmada nos Jogos Rio 2016 / Foto: Clive Rose/Getty Images

Rio de Janeiro - Tem início nesta quarta-feira (2), o evento-teste de nado sincronizado. A competição será realizada até o dia 6 de março, no Parque Aquático Maria Lenk, instalado no Parque Olímpico da Barra. Participam 121 atletas de 30 países. Estarão em disputa três vagas para equipes e 14 para duetos. O Brasil já está classificado nas duas provas como representante das Américas e como país-sede.
 
O evento contará com atletas da Argentina, Austrália, Áustria, Aruba, Bielorrússia, Bulgária, Canadá, Cazaquistão, Chile, Costa Rica, Coréia, Eslováquia, Espanha, França, Grã Bretanha, Grécia, Holanda, Hong Kong, Hungria, Israel, Itália, Japão, México, República Tcheca, Singapura, Suíça, Turquia, Ucrânia, Uzbequistão, Venezuela e Peru.
 
Os Jogos Rio 2016 contarão com oito países na disputa por equipe e 24 na prova de dueto. Rússia, China, Austrália e Egito representarão seus continentes nas duas provas. A Federação Internacional de Natação (Fina) abriu mais uma vaga por continente entre os duetos e, de acordo com este critério, também já estão classificados nesta prova Canadá, Ucrânia e Japão. Ainda não estão definidas as segundas vagas em dueto para Oceania e África. Japão, Ucrânia, Canadá, Itália e Espanha são as favoritas na guerra pelas três vagas restantes na difícil prova por equipe, que só conta com oito participantes em Olimpíadas.
 
O Brasil não participará da disputa competitiva, mas fará apresentações durante a competição. Todas as 11 atletas brasileiras que participarão do evento-teste são bolsistas do Governo Federal. O investimento nesta equipe soma R$ 478,8 mil anuais.
 
A seleção por equipe formada por Lara Teixeira; Branca Feres; Beatriz Feres; Pamela Nogueira; Maria Bruno; Sabrine Lowy; Lorena Molinos; Juliana Damico; e Maria Coutinho. Formam o dueto Luisa Borges e Maria Eduarda Miccuci.
 
Investimentos na modalidade - Os investimentos diretos do Ministério do Esporte no nado sincronizado superam a marca de R$ 2,2 milhões. Fazem parte deste pacote, os patrocínios por meio do programa Bolsa Atleta, nas categorias Atleta de Base, Nacional, Internacional, Olímpico e Pódio, além de convênio com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
 
Em todo o país, no exercício de 2015, 53 atletas da modalidade foram contempladas pelo Bolsa Atleta, considerado o maior programa de patrocínio esportivo individual e direto do mundo. Os investimentos por meio desta iniciativa somam R$ 760,3 mil ao ano no nado sincronizado.
 
Já pela Bolsa Pódio, categoria mais alta do programa e criada após a eleição do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos de 2016, duas atletas são apoiadas, o que representa um investimento de R$ 264 mil ao ano. Tratam-se de Luisa Porto e Duda Miccuci, que conquistaram o 12º lugar na rotina livre e o 14º lugar na rotina técnica no Mundial de Desportos Aquáticos, realizado em Kazan, em julho de 2015.
 
O Ministério também celebrou, em 2014, convênio com a CBDA no valor de R$ 1,3 milhão para apoiar a modalidade. A parceria possibilitou a contratação de equipe multidisciplinar para preparação da equipe de nado sincronizado para os Jogos Rio 2016.
 
A modalidade foi beneficiada, ainda, em outros três convênios firmados entre o Ministério e a confederação, num investimento de R$ 4,2 milhões. Os convênios foram voltados para a aquisição de equipamentos específicos para as modalidades olímpicas de natação, polo aquático, saltos ornamentais e nado sincronizado para equipar as federações brasileiras; e realização de clínicas e treinamentos específicos para a qualificação de atletas, técnicos, coordenadores e árbitros das modalidades de saltos ornamentais, nado sincronizado e maratonas aquáticas.
 
Parque Aquático Maria Lenk - Instalado no Parque Olímpico da Barra, o complexo contou com investimentos da ordem de R$ 60 milhões do Ministério do Esporte para a construção em 2007 destinada aos Jogos Pan-Americanos do Rio. A instalação atende as modalidades de saltos ornamentais, natação e nado sincronizado.
 
A área de competição foi projetada de acordo com os requisitos da Federação Internacional de Natação (Fina) e possui capacidade para 6,5 mil espectadores. Para os Jogos Rio 2016, a instalação recebeu R$ 21,4 milhões de investimentos da Prefeitura cidade do Rio de Janeiro para adequação. Nos Jogos Rio 2016, o Maria Lenk receberá as modalidades de saltos ornamentais e nado sincronizado.
 
Parque Olímpico da Barra - Legado dos Jogos Pan-Americanos Rio 2007, o Parque Aquático Maria Lenk compõe o Parque Olímpico da Barra, que está recebendo investimentos do Ministério do Esporte da ordem de R$ 903,7 milhões. Desse total, R$ 379 milhões são direcionados para construção e manutenção de instalações esportivas que serão permanentes: Centro Olímpico de Tênis, o Velódromo Olímpico e as Arenas Cariocas 1,2 e 3 (nestas, os recursos são destinados apenas à climatização e somam R$ 58,5 milhões).
 
Para as instalações temporárias, o Ministério destinou outros R$ 365,4 milhões. São elas: Arena do Handebol (terá sua estrutura desmontada para a construção de quatro escolas públicas após os Jogos) e Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos (será reaproveitado em outros três municípios, a serem definidos).
 
Outros R$ 159,2 milhões são destinados para construção das primeiras linhas de transmissão de alimentação do Parque Olímpico, para construção da subestação de energia elétrica e para a primeira linha de alimentação do campo de golfe.
 
Coração dos Jogos Rio 2016, o Parque ocupa uma área de 1,18 milhão de metros quadrados, onde ocorrerão disputas de 16 modalidades olímpicas (basquete, ciclismo de pista, ginástica artística, ginástica de trampolim, ginástica rítmica, handebol, judô, luta greco-romana, luta livre, nado sincronizado, natação, polo aquático, saltos ornamentais, taekwondo, esgrima e tênis). O complexo também receberá nove modalidades paralímpicas (basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, futebol de 5, goalball, judô, natação, rúgbi em cadeira de rodas e tênis em cadeira de rodas).
 
As instalações permanentes na Barra integrarão, junto com o Parque Olímpico de Deodoro, o futuro Centro Olímpico de Treinamento (COT), que ocupará o topo da Rede Nacional de Treinamento, formando um legado para a excelência do esporte brasileiro.
 
Rede Nacional de Treinamento - O COT é o pilar estratégico da Rede Nacional de Treinamento, que o Ministério do Esporte está estruturando em todo o país. Criada pela Lei Federal 12.395, de março de 2011, a Rede é um dos principais projetos de legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 para a infraestrutura do esporte brasileiro, interligando instalações esportivas existentes ou em construção espalhadas por todo o país.
 
A estruturação da Rede Nacional está em andamento e abarca instalações de diversos padrões e modalidades, inclusive complexos multiesportivos, oferecendo espaço para detecção de talentos, formação e treinamento de atletas e equipes, com foco em modalidades olímpicas e paralímpicas.
 
O objetivo é criar o caminho para o atleta desde que ele dá os primeiros passos na modalidade até chegar ao topo do alto desempenho. Por isso, as estruturas terão papéis distintos dentro da Rede, desde aquelas focadas na descoberta do talento até as que vão se especializar no treinamento dos atletas das seleções, com toda a qualificação que isso requer. A Rede vai proporcionar o alinhamento da política nacional de esporte para as modalidades, de modo a garantir a formação de base para além de 2016, ou seja, assegurar legado duradouro para o esporte brasileiro.
 
A Rede Nacional de Treinamento também propiciará aprimoramento e intercâmbio para técnicos, árbitros, gestores e outros profissionais do esporte. O trabalho se apoiará na aplicação das ciências do esporte à formação e ao treinamento de atletas. É um projeto nacional de desenvolvimento do esporte de alto rendimento, desde a base até o nível olímpico.
 
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