Técnico da seleção brasileira de natação elogia estrutura do CT Time Brasil

Fernando Vanzella trouxe equipe do SESI-SP para semana de treinos visando Mundial, Universíade e José Finkel / Foto: Arquivo Pessoal

Rio de Janeiro - Técnico da equipe do SESI-SP e da seleção brasileira de natação, Fernando Vanzella não vem poupando elogios ao Centro de Treinamento Time Brasil, instalado no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro.
 
Para fugir um pouco do frio da capital paulista, onde trabalha com atletas como Etiene Medeiros, Daynara de Paula, Clarissa Rodrigues e Raphael Rodrigues, Vanzella trouxe sua equipe para uma semana de treino e utilização da estrutura médica, de fisioterapia, de condicionamento, além de análise bioquímica e biomecânica, oferecida pelo Comitê Olímpico do Brasil.
 
“Já conhecíamos bem a estrutura do CT Time Brasil, mas durante a disputa do Troféu Maria Lenk fomos apresentados ao Laboratório Olímpico, conhecemos também a Sala de Força e Condicionamento, e ficou bem claro que o CT Time Brasil é um centro de alto rendimento, e um dos legados do COB para o esporte brasileiro. Fiquei muito bem impressionado pela estrutura que estou vendo aqui e pela receptividade que estamos tendo de todos os profissionais do COB”, declarou Fernando Vanzella.
 
Após duas reuniões para entender as necessidades do treinador, cujos atletas estão em fase final de treinamento para o Campeonato Mundial de Natação (Etiene Medeiros), Universíade (Daynara de Paula e Raphael Rodrigues) e Troféu José Finkel, a Gerência de Alto Rendimento do COB disponibilizou uma série de profissionais e serviços para atender a ação.
 
“Já temos uma boa experiência em resultados de avaliações de outras equipes de natação. Isso responde um pouco do que o Vanzella queria, como, entre outras coisas, saber de que forma o corpo dos atletas responde a essa transição de estar acostumado a treinar em uma piscina de 25m e depois essa semana de treinos na piscina olímpica, de 50m”, explicou Jacqueline Godoy, supervisora de alto rendimento do COB. “Temos alguns marcadores e variáveis que conseguimos apresentar a ele. Na fisiologia, por exemplo, entendemos que nesse momento nenhum teste de esforço máximo ou carga neuromuscular seria interessante, pois ele já está em momento de pré-competição para os atletas”, completou Jacqueline.
 
Os atletas também foram submetidos a avaliações de antropometria e basal para analisar o metabolismo em momento de repouso. O basal é feito em jejum, com coleta diária de sangue, e mostra como os atletas começam o dia, quanto gastam de energia e como começam o dia seguinte. “Tudo isso a gente consegue passar para o treinador e mostrar como está o atleta. Identificando se há muito desgaste, se é possível intensificar o treino ou tirar um pouco o pé. Esta semana conseguimos identificar um processo inflamatório no sangue de uma das atletas, e o treinador preferiu tirá-la de um dos treinamentos, pois poderia significar um risco de lesão. Isso foi possível por conta dos resultados que a bioquímica trouxe”, ressaltou Jacqueline .
 
Para Etiene Medeiros, a vinda para o Rio de Janeiro significou também mais um motivo de alegria: “Sou pernambucana, sinto muito frio, e nessa época do ano está fazendo muito frio em São Paulo. Por mais que aqui não esteja fazendo calor, é bem mais quente do que lá. Então, estou achando uma maravilha essa semana de treinos”, brincou a atleta, vice-campeã dos 50m costas no último Mundial de Natação, disputado em Kazan, na Rússia, em 2015.

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