Exclusivo: Pâmella crê em vaga olímpica e vê torcida como diferencial para 2016

Pâmella saiu muito bem na transição da natação para a corrida / Foto: Esporte Alternativo

Rio de Janeiro - No primeiro grande evento-teste do Rio de Janeiro em preparação para os Jogos Olímpicos de 2016, o triathlon até que caiu no gosto do público presente à Praia de Copacabana neste domingo ensolarado. 

Quem não conhecia, acabou conhecendo e vibrando junto com quem já era fã da modalidade que une verdadeiros heróis e heroínas da superação. No Rio, foram 1,5km de natação, seguidos por oito voltas de bike (totalizando mais de 40 km) e quatro correndo, na Avenida Atlântida (mais 10 km). Em aproximadamente duas horas, sem parar, os atletas conseguiram cativar o público presente. 

E a recíproca é verdadeira. Após o fim da prova feminina, que começou às 9h da manhã, o Esporte Alternativo conversou com exclusividade com a brasileira mais bem colocada. Pâmella Oliveira se disse encantada com a torcida brasileira e com a possibilidade de competir ano que vem com esse estímulo. 

"A torcida foi maravilhosa. Tinha partes ali em que eu estava já muito cansada, mas eu queria fazer ainda melhor, de tanto que as pessoas gritavam. Estava muito bacana, a torcida foi muito legal", afirma. 

A triatleta, que saiu em segundo da natação e se manteve no primeiro pelotão durante a parte de ciclismo, não conseguiu manter o ritmo na corrida e terminou na 15ª colocação, depois de uma recuperada na última volta da corrida.

No ciclismo as atletas ficaram bem emboladas, e a brasileira se manteve no primeiro pelotão / Foto: Esporte Alternativo

"Achei dura [a prova], como já era de se esperar, mas logo que eu acordei, já vi o solzão saindo, sem aquela neblina, pra mim já era um dia maravilhoso. Tem muita gente que sofre muito mais com o sol do que nós, brasileiros. Mas tudo isso junto, natação no mar, que é sempre mais duro, depois o ciclismo com muita subida, a parte técnica e tal, e com certeza depois a corrida no sol. É inevitável, uma prova muito dura", analisa.
 

Para ela, porém, o desempenho não foi ruim e pode pesar na garantia da vaga olímpica. "Eu gostei muito do meu desempenho, vindo de um período não tão bom, com muita paragem, me falta um pouco ainda de ritmo de prova, mas foi completamente dentro do que eu esperava, de fazer o meu melhor hoje. Eu gostei muito. O 15º me assegurou muitos pontos, me deixa mais tranquila com a vaga olímpica. Foi um dia muito bom pra mim", completa. 

Ainda haverão algumas provas até os Jogos Olímpicos e a capixaba já sabe o que fazer para assegurar uma vaga. "Tenho que manter a pontuação, no caso. Porque eu já estou numa colocação no ranking bem [é 28ª], mesmo falhando várias provas, consegui ainda me manter bem colocada. O ano passado eu tive um ano muito bom, então isso me ajudou a estar tão bem assim no ranking. Agora é tentar manter nas últimas provas que vão valer pro ranking, pra depois no ano que vem só pensar em treinar pros Jogos", explica.

Sobre correr no sol carioca, o qual ela já está bem habituada, Pâmella acha que talvez possa realmente ser um diferencial para os estrangeiros não tão acostumados com as altas temperaturas. "Acho que é muito duro pra eles as duas coisas juntas: o sol forte com a umidade. Não é todo mundo que está acostumado. Por mais que todo mundo sofra, claro", conclui a triatleta, que teve uma cãibra e precisou ser reidratada após o fim da prova. "Estava exausta de cansaço", diz. 

A norte-americana Gwen Jorgensen, líder do circuito mundial, foi a campeã da prova. As britânicas Non Stanford e Vicky Holland completaram o pódio.

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