Valiosas, bikes do triathlon sofrem sequestros e até pedido de resgate

Triatletas tem sido alvos de roubos e furtos de bikes valiosas / Foto: Getty Images

Rio de Janeiro – Os custos para se montar uma bicicleta bem equipada, utilizada por profissionais do triathlon, não são poucos. Segundo apurou a reportagem do EA, pode passar dos R$ 50 mil. O valor, equivalente a dois carros populares, tem atraído criminosos, inclusive em casos de sequestros do objeto. As informações são da ESPN Brasil.
 
"Semanas atrás, roubaram uma bicicleta de um amigo meu. Botaram uma arma na cabeça dele, e ele tinha que entregar”, afirma um triatleta profissional à reportagem da ESPN, exibindo um dos maiores medos dos atletas atualmente.
 
"Está tudo planejado. A pessoa fala: ‘Eu quero tal bicicleta'. Aí o cara vai atrás e pega. Então, a gente não fala muita coisa, é melhor não se expor. Os ladrões, hoje, estão sabendo os preços das bicicletas. Um carro velho vai dar prejuízo, já a bicicleta, não. Então, a gente tenta não falar muito disso", afirmou, sem detalhar o preço do equipamento profissional.
 
Henrique Siqueirra, triatleta que disputa o Troféu Brasil, financiar a compra ilegal, recorrendo ao mercado negro, é um problema a ser enfrentado.
 
"O ponto chave está na saída de produtos roubados. Se ninguém comprasse esses equipamentos não haveria mercado. Logo, não haveria estímulo para os roubos. Acredito que uma saída eficaz para esse problema seria a conscientização da população, principalmente de atletas amadores e profissionais para que não consumam tais equipamentos sem procedência", destacou.
 
Uma triatleta que não quis mencionar seu nome afirmou que até sequestros têm ocorrido com as bikes. "O que está acontecendo muito é que o ladrão roubava e depois ligava para a vítima e pedia o resgate. E aí você vai pagar o resgaste muito mais barato que uma bike nova, e o pessoal acabava entrando nisso", revelou.
 
Carlos Fróes, presidente da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), reconhece o problema como sendo de segurança pública e sugere aos atletas treinos em grupo. “A primeira sugestão é para que os atletas não treinem sozinhos. Também é de suma importância que cada federação, em comum acordo com seus atletas, defina locais e horários de treinos e comuniquem isto aos órgãos de segurança pública para que possam dar suporte”, opinou.
 
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