Ouro olímpico de Martine Grael e Kahena Kunze completa um ano

Velejadoras foram campeãs na classe 49er FX dos Jogos Rio 2016 / Foto: Wander Roberto/Exemplus/COB

Rio de Janeiro - Açaí e vento. Essa foi a mistura que ajudou a dupla Martine Grael e Kahena Kunze ao cobiçado ouro olímpico, há um ano atrás, nos Jogos Rio 2016. Foi com a ajuda do vento da Baía de Guanabara e do mastro Açaí do barco que Martine e Kahena chegaram em primeiro na classe 49er FX no dia 18 de agosto de 2016 e fizeram a alegria da torcida que acompanhava a medal race.
 
Se para a maioria dos velejadores os mastros de seus barcos são reconhecidos por números, as jovens medalhistas optaram por uma outra forma para ter o controle dos seus materiais. "Temos muito material, então decidimos que cada mastro nosso teria um nome. Fica mais alegre do que colocar número", divertiu-se Kahena no dia seguinte após o ouro olímpico. "É algo que usamos para relacionar com a primeira vez que usamos os mastros. Como os últimos foram no Brasil, demos o nome de Carambola, Açaí, Pitanga e Acerola. A gente correu com o Açaí", completou Martine.
 
Na última regata da competição a dupla terminou a medal race da classe 49er FX apenas dois segundos à frente das neozelandesas Alex Maloney e Molly Meech. Com pontuação valendo em dobro e só dez barcos na raia, Martine e Kahena fizeram uma prova perfeita e ultrapassaram as rivais ao contornar a quinta perna.
 
"Desde que saímos para a água, a gente se abraçou e decidiu que, independente das nossas decisões, iríamos focar na nossa prova e não nas nossas rivais e fazer uma boa regata. No final deu tudo certo. Usamos uma estratégia diferente das neozelandesas, que estavam na frente, e optamos em ir para o outro lado da raia, o que foi decisivo. Ultrapassamos elas no último contravento e passamos a focar para chegar. E foi emocionante cruzar em primeiro", contou Kahena na época.
 
"Todos velejaram de igual para igual, nenhuma equipe sabia mais do que a outra. Talvez, em algum momento, tenha havido alguma vantagem por causa do vento, mas nada decisivo. Em momento nenhum pensei na melhor colocação. Eu queria fazer a melhor regata, uma perna de cada vez da melhor forma possível", completou Martine.
 
A niteroiense Martine conquistou a oitava medalha para a família Grael. O pai, Torben, soma cinco medalhas, sendo duas de ouro (Atlanta 1996 e Atenas 2004), uma de prata (Los Angeles 1984) e duas de bronze (Seul 1988 e Sidney 2000). Seu tio, Lars, tem dois bronzes (Seul 1988 e Atlanta 1996). A paulista Kahena também é filha de um ex-velejador: Claudio Kunze, campeão mundial da classe Pinguim, na década de 70.
 

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

Curta - EA no Facebook