Projeto Novos Talentos da Vela ensina modalidade para estudantes de Araruama

Engana-se quem pensa que a vela é um esporte acessível somente para a elite / Foto: Divulgação Araruama - Engana-se quem pensa que a vela é um esporte acessível somente para a elite. No município de Araruama, no Rio de Janeiro, estudantes da rede municipal de ensino têm acesso à modalidade por meio do projeto Novos Talentos da Vela, uma iniciativa da Secretaria de Esportes e Lazer, viabilizada com recursos captados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.

Em execução desde outubro do ano passado, o projeto beneficiou 40 alunos em sua primeira turma e pretende dobrar o número para este semestre. “Atualmente, disponibilizamos as aulas três vezes por semana. Queremos aumentar o número de turmas, já que a procura é grande e pretendemos oferecer aula em todos os dias da semana”, afirma Marcelo Behring, coordenador da Divisão de Educação Física de Araruama. A segunda turma iniciou suas atividades no último dia 16.

No projeto, as crianças contam com toda a infraestrutura necessária para aprender os fundamentos básicos da modalidade e participar das aulas de forma segura. “Contamos com quatro barcos: três da classe dingue e uma lancha. Nossa equipe é formada por professores de náutica especializados em vela. Antes de iniciar na água, as crianças recebem aulas de natação e de primeiros socorros”, ressalta Behring. Os alunos também contam com bote motorizado, que acompanha as embarcações, e coletes salva-vidas.

“Araruama é uma cidade náutica. Temos uma raia invejável, que é considerada a segunda melhor do mundo. Nossa área é bastante carente, e a vela é um esporte caro. Essa é uma oportunidade única para que crianças e jovens tenham acesso à modalidade, que é característica da região.”

Meio Ambiente - Além de oferecer a prática esportiva gratuita, o projeto tem uma grande preocupação social: os alunos aprendem como preservar a Lagoa de Araruama, que foi revitalizada e desde 2011 é o local de treinamento do Novos Talentos da Vela.

“Temos uma preocupação em analisar a área de onde essas crianças vêm e estabelecer também um trabalho social. Por isso, os alunos são ensinados sobre sustentabilidade e como manter a qualidade da água da lagoa”, explica Behring. “É uma forma de oferecer às crianças em áreas de risco uma atividade que ocupe o tempo em que elas não estão na escola”, completa.