Grávida, jogadora da seleção "se banha" em repelente contra zika

Fabíola treina grávida de seis meses e se protege como pode do zika vírus / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro – O temor de muitas grávidas de contrair o zika vírus, que alguns médicos levam a crer estar associado ao surto de microcefalia, tornou-se também o da levantadora da seleção brasileira, Fabíola. Aos 33 anos e grávida da segunda filha, a jogadora de vôlei toma medidas extras contra o mosquito aedes argypti e quer estar, em agosto, em quadra pelo Brasil.
 
“Passo muito repelente pelo corpo o dia inteiro. Só ando de calça e uso roupas de manga longa”, afirmou a brasileira, que tenta levar tudo com tranquilidade, mas sem deixar a responsabilidade de lado. Desde que acorda até a hora de dormir, o repelente está do seu lado, inclusive nos treinos do Brasília Vôlei, de Taquatinga (DF), clube que disputa a Superliga feminina.
 
No sexto mês de gestação, Fabíola teme a microcefalia, mas vê exagero da imprensa. “O noticiário sobre zika vírus é assustador. Todo dia a gente recebe uma enxurrada de informação difícil de processar. Outro dia eu vi uma mãe que perdeu bebê aos seis meses de gestação por causa do vírus. Não tem como ficar tranquila com isso. Mas estou tomando todos os cuidados possíveis”, emendou.
 
Natural de Ceilândia, maior cidade do Distrito Federal, a atleta está no Brasil há três meses. Veio da Suíça, onde jogava, num período em que o país sofre com a difusão do número de casos de zika vírus e de dengue, doença que já enfrentou na adolescência, quando tinha 15 anos e morava em Osasco.
 
“Nossa, passei dias terríveis, perdi quatro quilos, você acredita? Quatro quilos. Porque não dá vontade de fazer nada, febre alta o tempo inteiro é horrível. Agora você imagina esses sintomas estando grávida?”, teme a levantadora.
 
Os próximos três meses serão definitivos no futuro de Fabíola, que ainda hoje treina com bola todos os dias, além de ser adepta do pilates. Os exercícios ajudam a jogadora a se manter em atividade e atender, possivelmente, ao chamado do técnico José Roberto Guimarães em agosto, três meses após ter dado à luz.
 
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