Técnico dos EUA vê Brasil como favorito ao ouro: “tem enormes vantagens”

Vôlei americano vem de crescentes resultados / Foto: Divulgação / FIVB

Rio de Janeiro – No que depender da opinião do técnico da seleção americana de vôlei feminino, Karch Kiraly, o Brasil é o favorito à medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Algoz das americanas nas duas últimas finais olímpicas, mas vítima delas na semifinal do Mundial de 2014 e na decisão do Pan de Toronto, em 2015, o Brasil tem, segundo o treinador, muitas vantagens.
 
"Eu vejo o Brasil como favorito. A seleção ganhou as duas últimas Olimpíadas, segue com a mesma base de jogadoras e o mesmo corpo técnico. Claro que não é o único time com capacidade. Estados Unidos, China e Rússia são muito bons. Será o melhor torneio de vôlei da história. Mas o Brasil tem vantagens enormes", afirmou ao UOL Esporte.
 
Por outro lado, o treinador do Brasil, José Roberto Guimarães, aponta os EUA como o time mais forte do mundo atualmente. Kiraly, com visão oposta, diz que trabalhará para bater a equipe dona de casa, favorita, e conquistar a inédita medalha de ouro que as americanas não têm.
 
"O que posso dizer é que os Estados Unidos nunca ganharam ouro olímpico, e é meu trabalho é fazer isso acontecer o mais cedo possível. Vai ser incrivelmente difícil no Brasil, com muitos times capazes de ganhar, e que têm esta fome e desejo que temos. Mas uma certeza eu tenho: quem quer que ganhe, terá de derrotar o Brasil, e isso será uma tarefa difícil", afirmou o campeão mundial de 2014.
 
Com três medalhas de ouro no vôlei em Jogos Olímpicos (duas na quadra e uma na areia) e nome integrante do Hall da Fama da modalidade, Kiraly optou por não fazer comparação entre as equipes de Londres 2012 e que estará na Rio 2016.
 
"No último ano, jogadoras como Thaísa, Fabiana e Sheilla não jogaram. Novas jogadoras deram as caras enquanto estas mais experientes descansavam. Então, não aprendemos muito sobre o Brasil em 2015”, apontou.
 
A crescente rivalidade entre Brasil e EUA no vôlei feminino não é, para o americano, a maior do esporte. "Não creio que os dois países jogaram tanto para dizer que é a maior rivalidade. Mas claro, Brasil x Estados é uma rivalidade muito boa, assim como Brasil x Rússia. A China também é muito forte atualmente. Não sei se há uma só rivalidade que possa se focar", concluiu.
 
Por fim, Kiraly acredita ser possível que o COB (Comitê Olímpico do Brasil) e a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) atinjam a meta estabelecida de medalhas no vôlei (duas nas quadras e quatro na areia).
 
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