Barcos da Volvo Ocean Race largam de Auckland rumo a Itajaí

Visão aérea da regata / Foto: Ian Roman/Volvo Ocean Race Itajaí - Todas as atenções da Volvo Ocean Race se voltam para Itajaí. No domingo, dia 18 de Março, os seis veleiros da flotilha partem de Auckland, na Nova Zelândia, para a maior aventura da Regata de Volta ao Mundo.

Serão 12.417 quilômetros (6705 milhas náuticas) pelos mares do Sul passando por pontos sensíveis e estratégicos da competição, como o Cabo Horn. O primeiro colocado deve chegar à costa catarinense no dia 4 e a cidade está pronta para receber o maior evento náutico do planeta.

Antes da largada para o Brasil, os barcos disputam a Regata do Porto, que vale pontos para a classificação geral, liderada pelo Telefónica (121), seguido por Groupama (103), Camper (98), Puma (78), Abu Dhabi (53) e Sanya (22). A prova na ‘Cidade das Velas’, de aproximadamente 60 minutos, terá transmissão ao vivo do site oficial da Volvo Ocean Race -
www.volvooceanrace.com.br - a partir das 22h de sexta-feira (horário de Brasília). No dia seguinte, no mesmo horário, será dado o tiro de partida para Itajaí.

O brasileiro Joca Signorini, chefe de turno do Telefónica, está motivado por dois motivos. O primeiro é que pôde conhecer sua filha Sandra, que nasceu no dia 26 de fevereiro na Suécia. O segundo é que poderá voltar para o Brasil velejando pela terceira vez na Volvo Ocean Race.

"Tive uma emoção especial quando soube que minha primeira filha nasceu. Foi muito difícil por estar longe (estava velejando rumo a Auckland) , mas também uma alegria muito grande. Assim que cheguei na Nova Zelândia, duas horas depois embarquei para a Suécia, onde minha esposa mora. Passei três dias com eles e agora estou de volta para um grande desafio que é essa perna. Espero que a torcida brasileira seja do Telefônica, tenho bastante esperança em conseguir o primeiro lugar", projeta Joca Signorini.

Os adversários tentarão reduzir a vantagem do barco espanhol de Joca Signorini. O Telefónica venceu as três primeiras pernas e ficou em terceiro na última. Vantagem de 18 pontos para o Groupama. "Pelos pontos estamos na frente, mas as outras equipes evoluíram muito. Essa perna para o Brasil é a mais forte e mais difícil, muito tempo no mar, muita diferença de temperatura. Estar perto de casa me conforta muito", revela Horácio Carabelli, diretor técnico do Telefónica. O projetista e velejador mora em Florianópolis.

Quem está atrás tenta se apoiar na motivação para voltar à briga de vez. "Acho que estamos em jum bom momento na competição e todos estão confiantes. Temos muito trabalho para resolver, já que houve um problema na proa durante o final da última perna", explica Franck Cammar, comandante do Groupama, vencedor da etapa entre o porto de Sanya e Auckland.

Prefeito de Itajaí veleja em Auckland -O prefeito de Itajaí, Jandir Bellini, integrou, nesta sexta-feira (16), o barco do Telefónica na Pro-AM, prova que antecede a Regata do Porto. O deputado federal Paulo Bornhousen, secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Santa Catarina, também estava a bordo. A regata é praticamente igual às que valem pontos e serve para integrar patrocinadores, autoridades e velejadores.

"É uma experiência inesquecível. A gente acompanha de perto o trabalho dos velejadores executando cada uma das funções", afirma Jandir Bellini.