Dani Hypolito põe de lado noivado e foca no último mundial

Daniele Hypolito, 31 anos / Foto: Ricardo Bufolin / CBG

Rio de Janeiro - A veterana da ginástica, Daniele Hypolito, fez uma troca grande: deixou o anel de noivado de lado e colocou nas mãos o pó de magnésio, para protegê-las quando estiver se apresentando nos aparelhos da modalidade. Aos 31 anos, a brasileira disputa seu último mundial, em Glasgow. 
 
Do dia 23 de outubro até o dia 1º de novembro, a seleção brasileira estará em peso para a primeira oportunidade de conseguir vagas para as Olimpíadas do Rio, em 2016. Para Dani, o gosto é diferente, afinal, se despede do collant verde e amarelo. 
 
"O pedido ele quer fazer formalmente com a minha família e com a dele, mas ele não quer em momento algum atrapalhar o meu passo importante que é o Mundial, então ele está esperando isso passar. O foco total é na carreira agora. Ele quer que eu tenha uma única concentração: as Olimpíadas. É o meu objetivo. Isso me ajuda muito. Ele não quer que eu pense em nada a não ser naquilo que é importante para mim na ginástica", explica a irmã de Diego.
 
Ajuda o fato de seu noivo, Fábio Castro, ser professor de dança e bailarino do cantor Buchecha, o que faz com que ele tenha uma rotina também intensa de ensaios e viagens. 
 
"O mais importante é ter encontrado alguém que entende minha vida, que soma na minha vida e não tira, do tipo de cobrar: 'Ah, você não está perto de mim'. Pelo contrário, ele fala: 'Olha, é importante para você, eu entendo que isso é seu trabalho, é sua vida, você dedicou a vida inteira a isso'", justificou.
 
A despedida de Daniele vai deixar saudades, afinal de contas foram 20 anos dedicados à equipe brasileira. Já escutou diversas vezes que deveria se aposentar, mas se manteve firme. Agora, depois dos Jogos, um último evento deverá marcar sua derradeira apresentação. 
 
"Estou tão concentrada em fazer o melhor para a equipe para que possamos fazer bonito nas Olimpíadas dentro de casa que, na verdade, não estou tendo muito tempo para pensar nisso de último Mundial. Está sendo que nem o Pan, que quando eu vi já tinha passado", emenda. 
 
Independente de resultados daqui para frente, a ginasta sabe que já entrou para a história. No Mundial de Ghent, em 2001, conseguiu a primeira medalha da história do Brasil na competição - uma prata no solo. Ao todo, foram 12 participações. Dani não faltou a nenhum Mundial desde seu primeiro, em Tianjin, na China, em 1999.
 
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