Diego Hypolito promete aposentadoria só após Tóquio-2020

Diego Hypolito não quer se aposentar agora / Foto: Ricardo Bufolin / CBG

Rio de Janeiro – Próximo de disputar sua terceira edição dos Jogos Olímpicos, o bicampeão mundial do solo (em 2005 e em 2007) Diego Hypolito não pensa em aposentadoria tão cedo. Aos 29 anos, com um denso histórico de lesões e de superação, o ginasta ainda tem muitos sonhos pela frente e coloca uma medalha olímpica como um deles.
 
“A questão é manter os pés no chão e não supervalorizar a Olimpíada, como aconteceu das outras vezes. Temos imprensa, patrocinador em cima, visibilidade maior, e isso acaba gerando responsabilidade, cobrança. Mas Olimpíada é mais uma competição, bastante similar a um Mundial”, discorre, em entrevista à ESPN Brasil.
 
Diego emenda com uma análise humilde de sua posição na Rio 2016. “Em 2016, não vou entrar como favorito. Já construí minha carreira. Continuo na ginástica porque amo e porque sei que tenho chances. Mas a responsabilidade estará em cima dos mais novos agora. Antes, a medalha, para mim, era muito importante por outros motivos. Agora, é muito importante, claro, mas é diferente. Não é objetivo, é sonho”, define.
 
Quanto ao fato de competir com uma torcida majoritariamente a seu favor, Diego acredita ser este um fator favorável. “Não estou criando muita expectativa, pelo contrário. Quero acertar minha prova e jogar a responsabilidade para os outros. A torcida, com certeza, será muito favorável. Igual no futebol, que é melhor jogar em casa. Sempre sonhamos com isso”, conta.
 
O ginasta da seleção lembra de sua infância pobre, com condições precárias, segundo ele, em relação a tudo. Diego valoriza muito o que conseguiu até hoje, o fato de ter viajado o mundo e conquistado resultados importantes para sua carreira.
 
“Sou completo e realizado. Agora, temos um campeão olímpico (Athur Zanetti), mas a ginástica no Brasil é crua, é de 2005 para cá. Pela primeira vez, conseguimos classificar uma equipe completa para a Olimpíada”, lembra.
 
Sobre aposentadoria, o irmão de Danielle Hypolito surpreende e diz que não pensa em parar agora. “Ainda vou competir em 2016 e em mais uma Olimpíada para depois começar a pensar nisso. O código novo de pontuação (do próximo ciclo olímpico) vai ter mudanças em relação ao solo que me ajudarão bastante. Então, achei legal para mim. Ainda tenho, pelo menos, mais sete anos de ginástica pela frente”, finaliza.
 
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