Flávia Saraiva disputa a Copa do Mundo de Anadia

Ginasta apresentará em Portugal a série desenvolvida para os Jogos Olímpicos do Rio; nesta sexta-feira (24/6/2016), ela participa da classificatória da trave e do solo / Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Portugal - Flávia Saraiva disputa a sua última competição antes da Olimpíada do Rio: a Copa do Mundo de Anadia. O torneio em Portugal será mais uma oportunidade para a ginasta de 16 anos exibir a nova série do solo que encantou a torcida brasileira no evento-teste, em abril.
 
Nesta sexta-feira (24/6/2016), Flávia participa da classificatória do aparelho e também da trave, a partir das 11 horas (de Brasília). As finais serão no domingo (26/6/2016).
 
Flávia participou de três torneios em 2016: competiu em Baku (Azerbaijão), em fevereiro; em Jesolo (Itália), em março; e no evento-teste, no Rio, em abril, quando ajudou a equipe brasileira a garantir a classificação para os Jogos Olímpicos. Em todas as competições, a ginasta apresentou ao público a série inspirada nos primórdios do rock and roll. 
 
O responsável pela música e pela coreografia é Rhony Ferreira, que já montou as séries de várias atletas brasileiras, incluindo a célebre "Brasileirinho", que marcou a carreira de Daiane dos Santos. Até o ano passado, Flávia se apresentava com uma música ao estilo russo, com uma coreografia mais lenta. Agora, atendendo a um pedido da ginasta, a referência é o clássico "Rock Around the Clock", que estourou com Bill Haley & His Comets. 
 
"A Flávia me pediu um rock e me passou essa referência. Também busquei seguir uma linha das big bands, como a do Glenn Miller. Isso tem tudo a ver com ela, que é toda saltitante, elétrica. Na outra coreografia, a Flávia era uma bonequinha. Ela está crescendo, então a ideia é ter algo mais jovial, não infantil. Também é mostrar que mulheres mais velhas podem fazer ginástica, e isso é muito bacana, faz a modalidade evoluir", conta Rhony.
 
A nova série garantiu à Flávia o ouro no evento-teste, com a nota 14.400. Mais do que o bom resultado no tablado, a ginasta foi ovacionada pelo público que compareceu na Arena Olímpica. "Eu fiquei muito feliz, a coreografia está linda. Acho que combinou bastante comigo", diz Flávia, que bate palmas durante a apresentação, chamando a torcida - e é prontamente atendida. Resultado de um trabalho que envolveu quatro dias iniciais em estúdio, uma semana coreografando e ajustes finais na música. "Como conheço as acrobacias dela, a música é vestida na série. Todos os movimentos que ela faz têm referências na música, e isso faz ganhar nota", explica Rhony.
 
Alexandre Carvalho, técnico de Flávia, afirma que a série terá a dificuldade aumentada para a Olimpíada. "Pretendemos fazer uma série mais difícil, porque a briga nesse aparelho será forte nos Jogos Olímpicos", conta. "A música chama o público e a Flávia sabe lidar muito bem com a torcida".
 
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