São José vence e garante a melhor campanha do Paulista de Rugby

Joseenses dominaram a partida e mantém sequência de vitórias sobre o SPAC / Foto: Daniel Venturole / Portal do Rugby

São Paulo - O fim de semana foi histórico para o Rugby brasileiro, que celebrou o título inédito Sul-Americano entre os homens, mas a rodada final do Paulista A também registrou a quebra de um tabu e ainda definiu quem segue na luta pelo título estadual.
 
No primeiro jogo, um confronto diverso: de um lado, o Pasteur com um bom jogo com seus backs e, do outro, o Bandeirantes mostrando a força do seu tradicional pack de forwards (apesar dos desfalques de Nelson, Chabal e Paganini) em uma partida muito equilibrada.
 
Logo aos 11′, os bandeirantinos tiveram a oportunidade de abrir o placar mas acabaram desperdiçando o tento. Já aos 19′, o Pasteur abriu o marcador com Ronaldo, pontuando na ponta após boa quebra de linha do fullback. O pack do Band começou a encaixar melhor suas ações de jogo e, aos 30 minutos, conseguiu empatar a partida com try de Devon, não convertido. Aos 35 minutos, foi a vez dos Galos mostrarem o afiado handling de sua linha e, aos 35, Douglas "Gu" ampliou o placar, convertido pelo abertura Pedro Di Pilla.
 
O Band perdia muitas chances de continuidade do jogo de fases cometendo muitos penais. E o castigo veio: no final do primeiro tempo, com um line seguido de maul, o Pasteur aumentou sua vantagem novamente, com tento não convertido. 17 a 5. O segundo tempo manteve o prospecto de equilíbrio, com Band colocando pressão, mantendo a posse de bola e aproveitando penais dos franceses. E a pressão surtiu efeito quando Yuri aumentou o placar, convertido por Marinho. A reação dos rubro-negros foi interrompida quando o Pasteur, aos 24 minutos fez mais um try, com o Robson cravando no ingoal, convertido por Di Pilla que esfriou a reação bandeirantina e garantiu os galos na próxima fase.
 
Na sequência, Rio Branco e Templários fizeram um dos confrontos mais importantes do dia, valendo a permanência na Série A. Com um bom pack de forwards, os Templários lideraram a maioria das ações durante o jogo, com poucos momentos de brilho e destaque de um apático Rio Branco. E o primeiro try foi dos Templários, com Matheus Baldacim cruzando o ingoal. Como esperado, o time de São Bernardo investiu em fases com seus forwards, mas muitas vezes, pecando no manuseio e cometendo erros.
 
O jogo mostrava o nervosismo e tensão no ar, com muitas bolas "vivas" durante a partida e muita afobação por parte dos combinados. E a situação dos Pelicanos piorou quando ficou com um homem a menos após amarelo de Pedro Vitor. Apesar da pressão dos Templários, a deficiência com a finalização salvou muitas vezes o time da capital. Até que, após saída de scrum, o camisa 7 Daniel Pollard aumentou a vantagem para os Templários. O Rio Branco melhorou no final da primeira etapa, mas sem pontuar.
 
No segundo tempo o Rio Branco demonstrava sinais de cansaço e a desorganização do time só não gerou mais pontos dos Templários por conta de uma aguerrida defesa. Mas, mesmo assim, a pressão surtiu efeito e Daniel, de novo, aumentou o placar, sem conversão. O jogo ficou truncado e sempre com os Templários tomando as principais ações. No final da partida, um momento de brilhantismo do Rio Branco quando o camisa 15 cruzou a área para marcar o único try Pelicano, convertido por Will. Mas já não dava tempo de mais nada e os Templários sagraram-se com a vitória e a possibilidade de manter-se na elite do rugby paulista.
 
No SPAC, o time da casa recebeu o líder São José e além da vitória, precisava de um tropeço do Pasteur no confronto contra o Band Saracens. Não conseguiu nem uma coisa nem outra, apesar do começo duro. Borges abriu o placar somente aos 13′ finalizando o bom trabalho dos avançados joseenses, mas viu Hideo empatar ao finalizar uma jogada linda toda construída em uma sequência de offloads desde o meio de campo.
 
No entanto, o São José mostrou porque é o melhor time do campeonato até aqui e dominou o restante da partida, com Bouzas correndo pelo lado cego para colocar o time novamente na frente, e Morales anotar um penal no final da primeira etapa. Na sequência do jogo, os visitantes impuseram seu ritmo e selou o caminho para a vitória com mais dois tries nos quinze minutos iniciais com Borges e Michel. O domínio da equipe foi mais acentuado na segunda etapa e o SPAC mostrava pouco poder de reação, sendo contido em seus poucos avanços, sem ameaçar significativamente o adversário, que selou o triunfo com Brunão e Morales. Primeiro lugar e decisão em casa garantida.
 
Poli e Jacareí fecharam o dia com o confronto mais que especial, revivendo a final memorável do ano passado e como esperado, travaram um duelo equilibradíssimo que só viu seus primeiros pontos no placar no final do primeiro tempo, com os Jacarés anotando com Rafael Góes e um penal try do avassalador scrum politécnico igualando a partida no minuto final.
 
No segundo tempo, a Poli começou com tudo, e Bengaló virou a partida aos 3′. Mas a igualdade se restabeleceu e a partida ficou totalmente em aberto, com Cruz empatando novamente o jogo aos 20′. O capitão Giuliano Russo selou a trinca de tries de uma tarde memorável dos avançados da Poli aos 33, que ainda suportou a pressão final e fechou a primeira fase com vitória. Curiosamente, as equipes voltarão a se encontrar no CEPEUSP na semifinal, pois a Poli ultrapassou o Jacareí na tabela, então a revanche está próxima.
 
As semifinais serão disputadas dentro de duas semanas com dois confrontos dignos de finais. Em São José dos Campos, o São José recebe o Pasteur, o confronto mais frequente em decisões na década, e a Poli recebe novamente o Jacareí, por um lugar na defesa de seu título. O Rio Branco está rebaixado para a Série B em 2019 e o Templários foi para a repescagem, aguardando a definição do vice-campeão da Série B no segundo semestre.
 
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