O mundo perde a lenda do esporte Muhammad Ali

Muhammad Alli e Pelé / Foto: Reprodução

Rio de Janeiro - Muhammad Ali morreu nesta sexta-feira, aos 74 anos. O pugilista norte-americano, que lutava contra a doença de Parkinson, foi internado na última terça-feira, quando apresentou problemas respiratórios em sua residência na cidade de Phoenix, no Arizona, Estados Unidos.

O anúncio da morte foi feito pela família, em um comunicado. Nascido Cassius Marcellus Clay Jr. em Louisville, Kentucky, no dia 17 de janeiro de 1942, começou a lutar boxe quando tinha 12 anos. Precoce, conquistou a medalha de ouro Olímpica aos 18 anos, nos Jogos Roma 1960. Apesar de jovem, venceu os quatro combates com facilidade. Na final, gannhou do polonês Zbigniew Pietrzykowsk, três vezes campeão europeu.

Na volta aos Estados Unidos, o preconceito racial impulsionou sua luta pelos direitos dos negros. A essa altura, mostrava ser tão bom com as palavras quanto com as mãos, característica que ficou mais forte conforme a carrreira se desenvolveu e que não perdeu por toda a vida. Dentro do ringue, seguiu avassalador, e em 1964 tornou-se campeão mundial dos pesos pesados ao derrotar Sonny Liston, em Miami.

Nos anos seguintes, defendeu o título nove vezes, deixou a Igreja Batista, na qual havia sido batizado, e converteu-se ao Islamismo. Assumiu assim o nome de Muhammad Ali. "Ele foi um atleta que tocou os corações de pessoas em todo o planeta", declarou Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Em 1967, Ali foi convocado para servir ao exército dos Estados Unidos. Citou crenças pessoais e religiosas e recusou a convocação. Como punição, perdeu o cinturão de campeão mundial, foi suspenso do boxe e passou a conviver com o risco de ser preso. Muhammad Ali ainda não estava totalmente livre da Justiça quando retornou aos ringues. Na terceira luta pós-suspensão, foi derrotado por Joe Frazier, em 1971.

Já livre dos problemas judiciais, Ali conquistou a redenção nos ringues em 1974. Primeiro, conseguiu a revanche e derrotou Frazier em Nova York. Mais tarde naquele mesmo ano, num dos maiores eventos da história do esporte, ganhou do então campeão mundial George Foreman, no Zaire, hoje República Democrática do Congo.

Ali ainda venceu Frazier mais uma vez, em 1975, nas Filipinas. Mas, na reta final de carreira, já não era o mesmo e sofreu três derrotas em seus últimos quatro combates. A doença de Parkinson começou a se manifestar no início dos anos 1980. Porém, jamais freou o bom humor e a língua afiada de Ali. Já bastante doente, registrou um dos inúmeros momentos marcantes de sua vida ao conduzir a tocha Olímpica e acender a pira nos Jogos Atlanta 1996.

O Comitê Olímpico Internacional (COI), através do presidente Thomas Bach, lamentou a morte de Ali. "A notícia da morte de Muhammad Ali afetou demais a mim e ao Movimento Olímpico. Nossos pensamentos estão com a família dele. Ele foi um atleta que tocou os corações de pessoas em todo o planeta, um atleta engajado além do esporte, um atleta que teve a coragem de dar esperança a muitos doentes ao acender a pira Olímpico sem esconder suas aflições. Ele foi um atleta que lutou por paz e tolerância - foi um verdade atleta Olímpico. Conhecê-lo em pessoa foi inspirador. Ele foi um homem ao mesmo tempo orgulhoso e humilde. Tanto quanto sempre lembraremos dele".

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