Isaquias confirma favoritismo e é prata: "tem coisa melhor para vir"

Isaquias Queiroz comemora prata / Foto: Tom Pennington / Getty Images

Rio de Janeiro - O Brasil escreveu mais uma vez sua história olímpica nesta Rio 2016, dessa vez na canoagem, com a primeira medalha do país na história dos Jogos Olímpicos, com a prata de Isaquias Queiroz, na categoria C1 1000m (canoa individual). 

A primeira prova do brasileiro em Olimpíadas estava cercada de expectativa, sobretudo por ele ter levado, no mundial do ano passado, duas medalhas (ouro no C2-1000m e bronze no C1-200m). 

E Isaquias bem que tentou conquistar mais um ouro para o país, mas esbarrou na força, velocidadade e experiência do agora bicampeão olímpico, o alemão Sebastian Brendel, que chegou 1,6s à frente do brasileiro. 

Isaquias posa com sua medalha / Foto: Buda Mendes / Getty Images

Mesmo assim, a inédita medalha de prata deixou Isaquias com um sorriso de canto a canto. "A sensação [de ganhar a medalha] é fantástica. Todo mundo sabe que é uma prova muito cansativa. Eu tinha um pouco de medo por estar treinando várias provas, e tentar chegar aqui e conseguir três medalhas. Mas foi muito legal, controlei o ritmo, sabia do potencial do alemão, é um fenômeno na água. Ele é muito mais velho que eu, tem mais experiência, então eu só fiquei atrás do bicampeão olímpico e não sei quantas vezes campeão mundial", avalia Isaquias. 

O baiano de Ubaitaba exaltou seu ouro e prometeu que o melhor ainda está por vir nas duas provas que ainda disputa na Rio 2016 (C1-200m e C2-1000m). "Nós estamos muito focados. O C2 está muito bem, está remando muito. Tem coisa melhor para vir, principalmente no C2. E no C1 200m a medalha está entre 38s baixo, eu já consegui fazer, mas treinamento é uma coisa, competição é outra, então vamos ver", aguarda. 

O canoísta disse que deve cair o quanto antes na água para mudar totalmente sua estratégia de treino para as próximas provas. Isso porque, segundo ele, cada um demanda um estilo diferente de treinamentos. 

"O meu treinador já deve estar louco me esperando para ir para a água. Eu tenho que mudar a estratégia do C1 1000m para o C1 200m, porque não importa a saída no C1 1000m mas no C1 200m você tem que sair bem para chegar entre os melhores. Então eu já tenho que ir para a água para treinar uma mudança de remada, de técnica e tudo. Eu vim para cá para fazer história, e a história já está sendo escrita com a primeira medalha do Brasil", explica. 

Brasileiro foi primeiro medalhista olímpico da modalidade na história / Foto: Buda Mendes / Getty Images

O técnico de quem Isaquias é pupilo é Jesus Morlán, que chegou em 2013 com a promessa de mudar o cenário da canoagem brasileira - e mudou, com três medalhas de ouro para Isaquias nos últimos três mundiais. 

"Em 2012 eu tinha sumido no mapa da canoagem, nem sei se eu estava pensando mais na Rio 2016. Mas em 2013 o Comitê Olímpico fez uma contratação muito boa para a gente, contratou o Jesus Morlan, e pode ver que os resultados melhoraram muito depois disso. Eu tenho um bom cara para lapidar o diamante, para ser reconhecido. Sem ele eu não teria ganhado essa medalha, o cara sabe o que faz. Bom, agora ele tem seis medalhas no currículo, então não é qualquer remador", garante o medalhista de prata. 

Agora, com o alemão na frente nessa prova, Isaquias terá a chance de disputar uma revanche: "Acabei travando um pouco no final e tive que controlar para ninguém me passar. Mas vamos esperar as próximas provas para poder dar o troco, principalmente no C2, ele [Sebastian] vai estar na minha primeira eliminatória (risos)".

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