O mundo de Ana Sátila 'entre os meninos'

Atleta da canoagem Slalom aprendeu a ser a única representante feminina na seleção brasileira / Foto: Alexandre Loureiro/Exemplus/COB

Rio de Janeiro - A menina que abandonou a natação, esporte que conciliava com o boxe, aprendeu a ser a única atleta da categoria feminina na equipe do Brasil de canoagem. Vem sendo assim desde os 15 anos, quando mudou-se com a família para Foz do Iguaçu (PR) e passou a fazer parte da seleção brasileira. Agora, aos 20, Ana está pronta para disputar sua segunda Olimpíada. 
 
"Sempre fui a única menina, mas aprendi a conviver com os meninos. Não era acostumada ao mundo deles porque tenho duas irmãs. Foi uma questão de adaptação e acabei formando uma família. Eles tentam me ajudar ao máximo”, disse Ana, que representará o país na canoagem Slalom K1.
 
“Mudou tudo de Londres para cá. É totalmente diferente. Eu era muito nova e não consegui aproveitar muito bem esse ambiente. Àquela Olimpíada me ajudou muito. Tenho mais experiência e sei o que está me aguardando tanto na competição, quanto aqui na Vila. Agora, competindo em casa, me sinto em família. O clima está muito legal e espero que continue assim até o final. Estamos treinando desde novembro, tempo necessário para nos adaptar à pista, em Deodoro, que é muito difícil. Estamos conseguindo treinar muito bem”, afirmou Ana, que aponta Austrália, Alemanha e Inglaterra, como principais adversários na briga pelas medalhas olímpicas.  
 
Ana é mineira da cidade de Iturama e com cinco anos mudou-se com a família para Primavera do Leste, no Mato Grosso. O pai, Claudio Vargas, foi nadador e queria que a filha seguisse suas braçadas. Até conseguiu por um tempo, mas Ana preferiu a canoagem e começou a treinar no rio das Mortes. “Meu pai ficou desapontado no início, mas depois começou a me acompanhar e foi meu técnico por um período”. 
 
Uma de suas irmãs, Omira Estácia, já segue os seus passos e também faz parte da seleção brasileira júnior e Sub-23. “Ela conquistou o 16º lugar no Mundial Júnior, na Polônia. Confio nela para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020”, orgulha-se Ana, que conquistou a medalha de ouro (C1) e prata (K1) nos Jogos Pan-americanos de Toronto, no ano passado.
 

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