Tangaroa e Loyal fecham a terceira etapa com duas vitórias

Tangaroa (ORC) /  Foto: Aline Bassi / Balaio

Ilhabela - Os veleiros Tangaroa e Loyal seguem absolutos nas classes ORC e C30, respectivamente na Copa Suzuki Jimny de vela oceânica. A liderança do Tangaroa chegou a ser ameaçada pelo Lexus/Chroma, mas se consolidou com duas vitórias na reta final deste domingo(8). Na C30, o Loyal teve a hegemonia quebrada nas duas regatas anteriores pelo Caiçara Porsche e pelo Barracuda, mas a tripulação reagiu no último dia com duas vitórias para a fechar a terceira etapa em primeiro lugar. 
 
A previsão de vento para o domingo não se confirmou. Em vez de soprar no quadrante nordeste, mudou para sueste, o que possibilitou à Comissão de Regatas montar o trajeto barla-sota (boia a boia), dentro do canal de São Sebastião, bem em frente ao Yacht Club de Ilhabela, conforme desejava a maioria das 40 tripulações. A intensidade estimada entre sete e oito nós, ultrapassou os dez, chegando a 25 km/h no momento da largada. Depois a força diminuiu e a direção se menteve mais ao sul.
 
"Além de velejarmos bem, tivemos sorte. Era muita pressão na segunda largada por causa da correnteza. A tripulação teve calma na hora certa. Queremos ganhar a Copa, mas para isso é preciso tirar ainda mais rendimento do barco", analisou Samuel Albrecht, o Samuca, tático e timoneiro do Tangaroa. O comandante da tripulação gaúcha, James Bellini justificou o desempenho. "Não é possível vencer com tripulação boa e um barco ruim e nem com tripulação ruim num barco bom. Nós conseguimos unir as qualidades dos dois componentes".
 
O C30 Loyal retomou o rumo das vitórias no último dia de competição. Havia perdido duas regatas para os rivais Caiçara Porsche e Barracuda, que terminou a etapa na segunda colocação. "As derrotas são naturais. Todos estão evoluindo e nós precisamos evitar os erros, mas hoje a nossa vontade foi determinante. Entramos na raia concentrados e contamos com um belo trabalho do Amauri Gonçalves, o nosso eficiente proeiro", considerou o tático do Loyal, André Fonseca, o Bochecha. 
 
Entre os 14 veleiros da flotilha da HPE. os cinco primeiros foram para a raia separados por apenas seis pontos. Ginga, Fit to Fly, SER Glass Eternity, Jimny/Bond Girl e Relaxa/Next Caixa sustentavam a possibilidade de ganhar a etapa. O vencedor foi o Fit to Fly pela regularidade nas duas regatas: segundo e terceiro lugares. "Foram dois finais de semana maravilhosos. Saímos da quarta para terminarmos na primeira colocação. Com o vento constante a raia foi muito bem montada. Na segunda prova o vento favoreceu o lado de São Sebastião, começou a virar muito e exigiu máxima atenção", relatou o timoneiro Beto de Jesus. 
 
A tripulação vencedora optou por marcar os rivais mais diretos, que poderiam interferir nos planos de ganhar a etapa."Mantivemos o Ginga e o Jimny/Bond Girl sempre em nosso visual. Com tantas trocas de posições, nossa preocupação era com eles. Suamos, mas chegamos ao título", comemorou Beto, que ainda tem na sua equipe o irmão Cesar de Jesus e o sobrinho, Juninho de Jesus, todos nativos de Ilhabela. "Com tanto Jesus a bordo, só poderíamos ganhar", exclamou o bem humorado timoneiro do Fit to Fly. 
 
A classe RGS A chegou ao último dia com os Barcos Mussulo III, Jazz, Maria Preta e Fram em situação de rigoroso equilíbrio, separados por apenas dois pontos. A tripulação do Jazz foi mais constante e fechou a etapa com um ponto de vantagem sobre o Mussulo III e o Maria Preta. Na classe RGS B, o Asbar II levou a melhor depois de um duelo emocionante com o Kanibal. O Suduca ficou em terceiro. Na Cruiser, o Boccalupo superou os adversários mais próximos, Cocoon e Nimbus, enquanto o Rainha venceu na categoria C. Na ORC B, o Sextante levou a melhor. 
 
A quarta e última etapa da temporada da Copa Suzuki Jimny está marcada para os dias 30 de novembro, 1º, 7 e 8 de dezembro, também no Yacht Club de Ilhabela, incluindo-se no último final de semana a tradicional Regata Volta a Ilha. Antes, no dia 9 de novembro a Caipirinhas Cup, com chegada no Saco do Sombrio, costa leste de Ilhabela, movimenta a flotilha de oceano. 
 
Campeão mundial na Armação - A festa de confraternização entre os velejadores da Copa Suzuki na noite de sábado (7) recebeu um ilustre convidado. O campeão mundial da classe Finn Jorginho Zarif, recém-chegado da Estônia, de onde trouxe a medalha de ouro. Jorginho foi exaustivamente parabenizado pelos velejadores e familiares presentes na pousada Armação dos Ventos. Anunciado pelos organizadores, foi carinhosamente aplaudido.
 
"Aqui em Ilhabela foi onde tudo começou. Eu detestava correr de Optimist e adorava velejar de oceano. Vinha todos os anos para a Semana de Vela com meu pai", lembrou Jorginho, campeão em 2005 com o Áries iV, ao lado do pai e velejador olímpico Jorge Zarif, o Guga. 
 
O campeão mundial credita a evolução na Finn a dois personagens. "Tenho o privilégio de ter dois caras muito bons sempre ao meu lado. Acho que niguém tem isso. Um é o técnico espanhol Rafa Trujillo, que me orienta. O outro é o medalhista olímpico Bruno Prada, que pela sua experiência, me ajuda a fazer o que o técnico pede. Corremos um contra o outro na mesma raia, mas trocamos informações como se fôssemos uma equipe", afirmou Jorginho, demonstrando toda a gratidão ao amigo e adversário na classe Finn. 
 
"Eu e o Bruno sempre treinamos juntos aqui na ilha e já temos um treino marcado para outubro na raia dos Jogos do Rio, com um velejador holandês que está em campanha olímpica e que tem um barco no Brasil. Agora sim estou empolgado para 2016, tendo a certeza de que estou fazendo o que é certo", resumiu Jorginho que após o término da temporada europeia de verão, vai decidir se correrá as etapas de Melbourne e Miami da Copa do Mundo de Finn da ISAF - Federação Internacional de Vela. 
 
Resultados da terceira etapa:
 
ORC - após 6 regatas e 1 descarte
1º - Tangaroa (James Bellini) - 5 pontos perdidos (1+[2]+1+1+1+1)
2º - Lexus/Chroma (Luiz de Crescenzo) - 10 pp (2+1+2+2+3+[5]) 
3º - Orson/Mapfre (Carlos Eduardo S. Silva) 17 pp (3+3+[8]+3+2+6)
 
C30 - após 7 regatas e 1 descarte
1º - Loyal (Marcelo Massa) - 8 pp (1+1+1+3[4]+1+1)
2º - Barracuda (Humberto Diniz) - 13 pp (2+2+2+[4]+1+2+4) 
3º - Caiçara Porsche (Marcos Cesar de Oliveira) - 15 pp (3+3+3+1+3+[5]+2)
 
HPE - após 8 regatas e 1 descarte
1º - Fit to Fly (Eduardo Mangabeira) - 19 pp (4+[6]+4+2+3+1+2+3)
2º - Ginga (Breno Chvaicer) - 20 pp (1+1+1+[8]+7+2+7+1)
3º - Relaxa/Next Caixa (Tomas Mangabeira) - 21 pp (3+5+2+5+[6]+3+1+2)
 
RGS A - após 6 regatas e 1 descarte
1º - Jazz (Valéria Ravani) - 12 pp (2+3+2+[5]+3+2) 
2º - Mussulo III (Guilherme Caldas) 13 pp (4+2+5+1+1+[6])
3º - Maria Preta (Alberto Barreti) - 13 pp (1+4+[7]+2+2+4)
 
RGS B - após 6 regatas e 1 descarte
1º - Asbar II (Sergio Klepacz) - 5,5 pp (1+1,5+[5]+1+1+1) 
2º - Kanibal (Martin Bonato) - 8,5 pp ([2]+1,5+1+2+2+2) 
3º - Suduca (Marcelo Claro) - 14 pp (3+3+2+3+3+[5])
 
RGS Cruiser - após 6 regatas e 1 descarte
1º - Boccalupo (Claudio Melaragno) - 5 pp ([1]+1+1+1+1+1) 
2º - Cocoon (Luiz Caggiano) - 11 pp ([3]+2+2+2+2+3) 
3º - Nimbus (André Torrente) - 17 pp (4+4+3+[5]+5+1)

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