Jovem de 19 anos busca recorde mundial em expedição no Pólo Sul

Parker Liautaud, começa na terça-feira, dia 03 de Dezembro, um dos maiores desafios do mundo / Foto: Divulgação

EUA - O jovem norte-americano de 19 anos, Parker Liautaud, começa na terça-feira, dia 03 de Dezembro, um dos maiores desafios do mundo: a Willis Resilience Expedition. Ele pretende percorrer, com esquis, 640 quilômetros, em 22 dias, tornando-se o homem mais novo e rápido a fazer o percurso da Costa da Antártida ao Polo Sul. 
 
O adolescente, que aos 14 anos já esteve em uma jornada no Polo Norte, irá coletar amostras de gelo e outros materiais para auxiliar pesquisas sobre as mudanças climáticas. “As pessoas discutem sempre sobre mudanças climáticas para as gerações futuras. Nós somos a geração futura, por isso estamos envolvidos nesse projeto” afirma Liautaud, que atualmente cursa Geofísica na Universidade de Yale, nos Estados Unidos. A expedição começa amanhã, dia 3 de dezembro, e poderá ser acompanhada em tempo real pelo portal oficial da Willis Resilience Expedition, ou nos sites da Willis, twitter ou LinkedIN.
 
Com o intuito de testar os limites da resistência humana em ambientes extremos, a Willis quer ampliar as informações existentes sobre as mudanças climáticas e os riscos associados a ela. “Embora os perigos naturais ainda sejam considerados raros, quando nós examinamos estatísticas, vemos que as corporações têm 30% de chances de experimentar uma inundação, um desastre natural ligado ao vento, ou um terremoto nos próximos 20 anos” declara Jose Otávio, CEO da Willis Brasil. Somente nos últimos três anos, a economia mundial registrou perdas de US$ 758 bilhões com as catástrofes naturais, segundo estudos da Swiss Re. Desse montante, estima-se que apenas 33% estavam segurados.
 
“O coração desta expedição está estritamente alinhado ao negócio da Willis. Com a análise dos resultados que serão obtidos é possível construir uma estratégia de resistência aos riscos. Não será apenas uma aventura extraordinária de Parker, mas um verdadeiro teste da resistência humana em ambientes extremos” declara o CEO mundial do Willis Group, Dominic Casserley.
 
Aventura no gelo - Na Antártida, Parker irá percorrer 30 km por dia em temperaturas entre -28°C e -60°C. Isso tudo com uma bagagem de cerca de 82 Kg, o equivalente ao seu próprio peso. O jovem explorador terá que esquiar durante 10 horas por dia para completar o desafio e irá gastar 4 horas para fazer e desfazer acampamento, e cozinhar suas refeições. Essas, por sinal, devem ser rigorosamente calóricas e dar energia ao jovem para garantir que ele consuma 6 mil calorias necessárias em seu dia.
 
Além das temperaturas extremas da região, o trajeto cruza os Montes Transantárticos – a terceira maior cadeia de montanhas do continente -, que alcançam até 4 mil e 500 metros em seu ponto mais alto. Além do frio, ele terá a forte pressão pela frente. 
 
Em seu perfil no Facebook, Parker descreveu que os treinos na Islândia, realizados em setembro, incluíam técnicas de escalada no gelo e até resgate em “fendas polares”. Na Antártida, elas podem chegar à profundidade de 45 metros e ter até 20 metros de diâmetro. Como são cobertas por uma espécie de ponte de neve, são difíceis de serem identificadas.
 
Termômetro Antártida - A Antártida é um dos raros locais do planeta onde o solo guarda registros do clima há milhares de anos. E durante o trajeto, Parker irá coletar amostras de neve, e enviar dados meteorológicos a cada 30 minutos. Essas amostras são fundamentais para sanar  dúvidas importantes sobre as alterações que estão ocorrendo no clima. Os estudos poderão auxiliar a humanidade a se preparar para viver em ambientes de temperaturas extremas daqui a alguns anos. Além de frio, o vento e a pressão, o continente conta com apenas 200 milímetros de chuva por ano, o que torna o mais seco do mundo, um verdadeiro deserto de gelo.
 
Segundo a British Antartic Survey, a Antártida é uma das regiões polares de mais rápido aquecimento no planeta, o que torna essencial a análise de dados que será enviado por Parker para atualizar estudos do provável aumento do nível do mar com o derretimento do gelo dos polos. Com o apoio da EMC Corporation, empresa especializada em serviços de TI no mundo, e do IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, a expedição irá informação coletada em nuvem e analisada por especialistas em mudanças ambientais.
 
O percurso acontece em dezembro, uma época que a Antártida é banhada 24 horas pela luz do sol e poderá ser acompanhado ao vivo pelo site oficial (www.willisresilience.com) da expedição transmitindo o desafio.
 

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