Técnico do Quênia denuncia maratonistas por suborno para encobrir doping

Quenianos podem ter subornado federação para reduzir penas por doping / Foto: Getty Images

Rio de Janeiro - Depois da crise que se assolou no atletismo russo, com possibilidade do país ser expulso dos Jogos Rio 2016 na modalidade, outro país está sendo investigado. O Quênia, berço de grandes velocistas, vive agora denúncias importantes contra seus atletas. 

Neste domingo, o técnico Paul Simbolei veio a público afirmar que três maratonistas teriam subornado a federação local para que tivessem penas reduzidas em seus julgamentos por terem sido flagrados em exames antidoping.

"Disse tudo que eu sabia. Falei que oficiais se aproximavam dos atletas, ou de seus treinadores, e pediam dinheiro dizendo "você sabe que seu atleta usa drogas". Eles pediam para receber parte do dinheiro por vitórias ou os denunciaria por traição. Um policial me disse que o assunto era muito sério e poderia custar muitos empregos. Também que poderia custar a minha vida. Insiti que era tudo verdade", afirmou o queniano ao The Sunday Times.
 
A polícia do Quênia já está com o caso em mãos. O técnico teme agora pela sua integridade, já que afirma ter sido ameaçado desde que denunciou o caso de suborno. 
 
O país é um dos que mais tem atletas envolvidos com doping. Desde os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, 35 atletas foram suspensos ou banidos por terem sido flagrados com substâncias proibidas. 
 
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