Vôlei Nestlé não resiste à potência mundial formada pelo Volero Zurich

O time de Osasco foi superado por 3 sets a 0 na última partida da fase de grupos / Foto: Fotojump

Japão - O Vôlei Nestlé encerrou sua participação na fase de grupos do Campeonato Mundial de Clubes com revés diante do Volero Zurich, da Suíça, por 3 sets a 0, parciais de 27/25, 25/22 e, 25/18, em confronto realizado nesta sexta-feira (12), na Green Arena, em Kobe, no Japão, com duração de 1h31min.
 
Apesar do resultado, a ponteira Tandara foi a maior pontuadora, com 14 acertos. Com o placar, o clube de Osasco termina na terceira colocação de sua chave, com três pontos, sendo duas derrotas e uma vitória. A levantadora Dani Lins e suas companheiras voltam à quadra neste sábado (13), às 0h55 (horário de Brasília) na disputa de 5º a 8º, diante do Hisamitsu Springs, do Japão, que ficou em quarto lugar no Grupo A. 
 
Destaque individual, Tandara marcou seus 14 pontos em ataques. A ponteira lamentou a perda da primeira parcial. "Começamos bem e fizemos um primeiro set muito bom. Estávamos com 23 a 20 e, mesmo com três passes na mão, não soubemos aproveitar as oportunidades. Acredito que o time tenha ficado abalado após a perda dessa primeira parcial e daí por diante não rendeu mais o que poderia. A equipe abaixou a guarda. Não tivemos paciência e em determinados momentos passamos a tentar fazer três pontos em apenas uma bola. É vida que segue e amanhã (sábado) temos um jogo e vamos continuar brigando para ficarmos na melhor colocação possível", afirmou a jogadora. 
 
O técnico Luizomar analisou o confronto e garantiu o Vôlei Nestlé determinado na sequência do torneio. "Saímos com um gosto amargo porque entramos nessa partida com chances até para ficarmos em primeiro lugar do grupo. Fizemos um primeiro set dentro do que havíamos planejado, tomando a decisão certa e explorando o bloqueio. Brigamos ponto a ponto diante de um grande adversário e com atletas de destaque no cenário mundial. Nesta competição existem excelentes times e jogadoras e só com a força que temos atualmente não foi o suficiente para disputarmos uma medalha como nas outras edições. Quero ressaltar que o Vôlei Nestlé nunca fugiu de sua responsabilidade, portanto, vamos ter profissionalismo e brigar por esse quinto lugar. O objetivo agora é tentar fazer o melhor nesses próximos dois jogos para terminarmos a competição de forma honrosa", disse o treinador. 
 
Agora são quatro confrontos na história entre Volero e Vôlei Nestlé, sendo três em 2014 e um nesta sexta-feira pela edição de 2017 do Mundial. Em maio de 2014, os times se encontraram na semifinal do Mundial e o clube de Osasco marcou 3 sets a 1, parciais de 25/21, 18/25, 25/16 e 25/20, em embate realizado em Zurique. No mesmo ano, em dezembro, as equipes disputaram o Top Volley, também conhecido como Torneio da Basileia, e fizeram dois jogos. Na fase de grupos, o Volero Zurich venceu por 3 a 0, parciais de 25/17, 25/16 e 25/15. No entanto, na decisão o técnico Luizomar conduziu suas atletas ao título com uma vitória por 3 a 2, com séries fechadas em 25/22, 19/25, 26/24,18/25 e 15/11. O retrospecto aponta agora duas vitórias para cada lado.
 
Gabi esteve em quadra em todos os confrontos diante do Volero Zurich. A cubana Carcaces esteve dos dois lados nesses encontros. Ela disputou os Mundiais de 2014 e 2017 pelo Volero Zurich e o Torneio da Basileia com a camisa do Vôlei Nestlé. A oposta Rykhliuk, a líbero Popovic e a ponteira Unternahrer são as atletas do clube suíço que estiveram em quadra nos quatro embates diante do Vôlei Nestlé. Além delas, as ponteiras Mammadova e Rabadzhieva jogaram os dois jogos do Top Volley e participaram da partida desta noite. Integrantes do elenco atual da equipe europeia, Rabadzhieva e a central americana Akirandewo jogavam no Rabita Baku em 2012, quando o time de Osasco conquistou o título. 
 
O jogo - Equilíbrio e bom nível técnico no set inicial. As duas equipe trocaram pontos até a metade da série, quando o Vôlei Nestlé fez dois bloqueios, com Bia e Dani Lins e passou à frente, 18/17. Um ace de Bjelica e mais dois pontos de Bia conduziram o time brasileiro a 21/18. Dois pontos de Gabi e 23/20. Neste momento, a equipe nacional se desconcentrou e permitiu a reação do time suíço que virou para 24/23. O Volero perdeu duas oportunidades para definir, mas fechou em seguida por 27/25. Tandara, Bia e Bjelica fizeram 5 pontos e o Vôlei Nestlé fez 16 de ataque, 3 em bloqueio e 2 aces.
 
O forte bloqueio do Volero fez a diferença no segundo set. O Vôlei Nestlé abriu 8/4, mas o Volero virou rápido para 9/8 e abriu uma grande vantagem com uma sequência de bloqueios, 22/16. Quando parecia que a parcial estava definida, Gabi fez foi para o serviço e desequilibrou o passe das adversárias. Tandara fez 3 pontos e Bjelica 1 para encostar em 22/20. As brasileiros animaram-se e Tandara marcou seu sexto ponto no set, 24/22, mas o Volero fechou em seguida, 25/22.
 
O Vôlei Nestlé voltou desanimado para a quadra por ter chance mínima de classificação e foi dominado pelo time suíço. Resistiu apenas até o primeiro tempo técnico, 7/8, mas depois o Volero foi aumentando a vantagem. Chegou à segunda parada com 16/11 e finalizou a série em 25/18 garantindo a passagem para a semifinal, com três vitórias e sem perder nenhum set. 
 
Pelo Vôlei Nestlé jogaram: Dani Lins (2), Bjelica (10), Tandara (14), Gabi (8), Bia (9), Saraelen e a líbero Tássia. Entraram: Paula (4), Malesevic (1), Nati Martins (2) e Carol Albuquerque. Técnico: Luizomar de Moura.
 
Pelo Volero Zurich (Suíça) jogaram: Zivkovic (1), Rykhliuk (12), Carcaces (11), Rabadzhieva (6), Akinradewo (2), Orlova (8) e a líbero Popovic. Entraram: Mammadova (7), Antonijevic (2), Mari Paraíba (4) e Unternährer. Técnico: Zoran Terzic.
 
Brasileiros campeões mundiais - Três clubes brasileiros são campeões mundiais no naipe feminino. O campeonato foi realizado pela primeira vez em 1991, em São Paulo, e o Sadia, sediado em São Paulo, foi o primeiro campeão. Em 1994, o Leite Moça, com sede em Sorocaba, conquistou o título batendo o Parmalat/Matera, da Itália, em torneio realizado em Osasco, com Ana Moser como MVP. Já em 2012, o Sollys/Nestlé subiu ao topo do pódio derrotando o Rabita Baku, do Azerbaijão, campeão de 2011. Vitória por 3 sets a 0 na decisão e com Sheilla como melhor jogadora da competição. Além do ouro em 2012, o clube de Osasco é o maior medalhista do torneio, com mais duas pratas, em 2010 e 2014, e um bronze, em 2011. 
 
Campeões do Mundial no Feminino
1991: Sadia (Brasil)
1992: Messagero Ravenna (Itália)
1994: Leite Moça (Brasil)
2010: Fenerbahce (Turquia)
2011: Rabita Baku (Azerbaijão)
2012: Sollys/Nestlé (Brasil)
2013: VakifBank (Turquia)
2014: Dínamo Kazan (Rússia)
2015: Eczacibasi Vitra (Turquia)
2016: Eczacibasi Vitra (Turquia)
 
Nutrindo os Sonhos dos Jovens - De olho no futuro e na nova geração do vôlei brasileiro, o Vôlei Nestlé reforçou o DNA de seu projeto ao firmar parceria com o Programa Global "Nutrindo os Sonhos dos Jovens", lançado pela Nestlé na Europa em 2013 e que chegou ao Brasil no final de 2015. A equipe para a temporada 2016/17 apresenta uma mescla de atletas experientes com jovens que buscam espaço em um clube tradicional como Osasco. Jogadoras vitoriosas e consagradas como Carol Albuquerque, Dani Lins, Tandara e Camila Brait são as mentoras das novatas. O programa está voltado para a capacitação de jovens para qualificá-los profissionalmente.
 
Grupo A
VakifBank (Turquia)
Dínamo Moscou (Rússia)
Rexona-Sesc (Brasil)
Hisamitsu Springs (Japão)
 
Grupo B
Vôlei Nestlé (Brasil)
Nec Red Rockets (Japão) 
Eczacibasi Istanbul (Turquia)
Volero Zurich (Suíça)
 
Tabela do Mundial de Clubes
 
Primeira fase - Grupo B:
09/05 - Vôlei Nestlé 3 x 0 Nec Red Rockets (Japão) 
09/05 - Vôlei Nestlé 1 x 3 Eczacibasi Istanbul (Turquia)
12/05 - Vôlei Nestlé 0 x 3 Volero Zurich (Suíça)
 
 

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