Equipe brasileira disputa segundo evento-teste para o Rio 2016

Fernanda Oliveira e Ana Barbachan / Foto: Márcio Oliveira

São Paulo - A Equipe Brasileira de Vela está pronta para a disputa do segundo e último evento-teste da modalidade para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. A partir deste sábado (dia 15), os 15 representantes da delegação nacional competem no Aquece Rio Regata Internacional de Vela, na Baía de Guanabara, em mais uma importante etapa da preparação da equipe para a Olimpíada. Ao todo, 339 atletas, de 52 países, estão na Marina da Glória para a competição.

"Estamos bem preparados para o evento-teste. Agora com uma definição muito maior da equipe. Isso dá uma certa tranquilidade para quem já está classificado realizar treinos específicos e poder se dedicar à parte técnica. Neste evento, também teremos um ótimo ensaio dos Jogos. A equipe está concentrada num só lugar e isso vai dar um pouco mais do clima da Olimpíada", afirmou o Coordenador Técnico da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), Torben Grael.
 
Já estão garantidos nos Jogos Olímpicos Robert Scheidt, na classe Laser; Fernanda Decnop, na Laser Radial; Patricia Freitas, na RS:X feminina; Ricardo Winicki, o Bimba, na RS:X masculina; Jorge Zarif, na Finn; Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan, na 470 feminina; e Martine Grael e Kahena Kunze, na 49erFX. No evento-teste, eles terão a companhia de Henrique Haddad e Bruno Bethlem, na 470 masculina; Marco Grael e Gabriel Borges, na 49er; e Samuel Albrecht e Isabel Swan, na Nacra 17.
 
"A equipe está com uma expectativa alta para o evento. Todos treinaram focados nesta competição. É uma simulação da Olimpíada, com disputa na raia olímpica. E teremos aqui a maioria dos nossos adversários dos Jogos, embora alguns países ainda não tenham realizado as seletivas. Mas vai servir para medir bem o nível", disse Patricia Freitas, que disputou as Olimpíadas de Pequim-2008 e Londres-2012.
 
Com uma participação olímpica no currículo (Londres-2012), Ana Barbachan destaca a importância do evento-teste. "A organização está testando tudo para os Jogos e nós, atletas, queremos fazer o nosso melhor como se já fosse a Olimpíada. Já estamos com o clima olímpico e isso é importante para nos prepararmos tecnicamente e emocionalmente".
 
Maior atleta medalhista olímpico do Brasil, Scheidt busca a reação no evento-teste. Dono de cinco medalhas em Olimpíadas, sendo duas de ouro, o paulista operou o joelho esquerdo em março por conta de uma lesão. "Tive alguns problemas físicos no início do ano. É uma temporada de altos e baixos, sem tantos picos de desempenho como eu desejaria. Mas eu me sinto ainda muito motivado para escalar essa montanha mais uma vez. Quero reagir no evento-teste. Ir bem na competição seria bem importante neste momento", disse Scheidt.
 
A CLASSIFICAÇÃO OLÍMPICA
 
Para definir os representantes na Rio 2016, a CBVela adotou o critério de avaliação do desempenho nas principais competições nacionais e internacionais em 2013,2014 e 2015. Por meio de análises dos resultados, o Conselho Técnico da Vela (CTV) define o representante. Para fechar a Equipe Brasileira de Vela nos Jogos faltam as classes 470 masculina, 49er e Nacra 17.
 
Nas duas primeiras, a vaga deve ser definida nas raias olímpicas, na Copa Brasil de Vela, em Niterói (RJ), em dezembro. Porém, existe a possibilidade de uma classificação antecipada. No Mundial de 470, em Haifa, em Israel, caso uma das duplas se posicione dentro do top 15 com o dobro mais um de posições à frente da outra, garante a vaga na Rio 2016.
 
A 49er segue o mesmo critério para o Mundial, mas com uma outra possibilidade de classificação antes da Copa Brasil de Vela. Caso uma das duplas chegue à frente no Sul-Americano e no Mundial, ambos disputados em Buenos Aires, na Argentina, em novembro, fica com a vaga nos Jogos.
 
A Nacra 17 terá como eventos finais o Sul-Americano, em dezembro, no Rio de Janeiro, e a Copa Brasil de Vela.


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