Grand Prix do Rio conta pontos para classificação nos Jogos Olímpicos

Bartosz Piasecki, da Noruega, enfrenta Jinsun Jung, da Coreia do Sul, na semifinal individual da espada em Londres 2012 / Foto: Hannah Peters / Getty Images

Rio de Janeiro - Os eventos-teste ainda nem começaram, mas o Rio já vai, aos poucos, entrando no clima dos Jogos Olímpicos. Os esgrimistas da espada Francesca Boscarelli (Itália) e Yannick Borel (França) deram, no último fim de semana, um importante passo para garantir sua presença na cidade novamente em 2016. Eles conquistaram o ouro no Grand Prix de Esgrima, realizado na Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), na Urca, Zona Sul do Rio. 
 
O evento é o segundo mais importante do esporte (atrás somente do Campeonato Mundial) e conta pontos para o ranking mundial individual da Federação Internacional de Esgrima que será publicado em abril de 2016: os dois melhores (por arma, limitado a um atleta por país e excluindo os países já classificados na prova por equipes da respectiva arma) irão disputar os Jogos Olímpicos.
 
O Grand Prix reuniu 354 atletas (191 homens e 163 mulheres) de 41 países. Foi a oitava etapa da competição, que transita pelas três armas da esgrima – a próxima e última etapa será em Moscou, entre os dias 29 e 31 de maio, na modalidade sabre. Em abril de 2016, o Grand Prix voltará a acontecer no Rio, na Arena Carioca 3 (Parque Olímpico da Barra), já como evento-teste oficial para os Jogos Olímpicos.
 
A EsEFEx servirá de local de treinamento da equipe brasileira durante os Jogos Rio 2016. Na competição realizada neste fim de semana, o melhor resultado do Brasil veio pela espada de Rayssa Costa, única do país a ficar na chave das 64 melhores – os demais brasileiros foram eliminados ainda na qualificação.
 
Esporte ainda pouco praticado pelos brasileiros, a esgrima vai aos poucos se tornando conhecida por aqui. Nos dias 16 e 17 de maio, um evento de experimentação foi realizado na Lagoa. Com entrada gratuita e sob a orientação dos esgrimistas nº 1 no ranking nacional da espada, o evento atraiu o interesse de famílias e crianças.
 
Antes, em março, durante sua passagem pelo Rio de Janeiro, o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach – medalha de ouro no florete em Montreal 1976 – relembrou seu tempo de atleta treinando com crianças de um projeto social na Tijuca, Zona Norte da cidade.
 
Como funciona
 
A esgrima faz parte do programa Olímpico desde Atenas 1896. Nos Jogos Rio 2016, serão 10 provas, somando ambos os gêneros: espada individual e por equipes (masculino e feminino), florete individual (masculino e feminino) e por equipes (masculino), sabre individual (masculino e feminino) e sabre por equipes (feminino).
 
Na espada, o atleta pode atingir o corpo inteiro de seu adversário com a ponta. No florete, apenas o tronco e a parte frontal do pescoço podem ser atingidos. Já o sabre permite golpes acima da cintura, incluindo a cabeça do atleta, com qualquer parte da lâmina.
 
Um toque em qualquer área permitida do corpo do adversário equivale a um ponto, e o vencedor é aquele com mais pontos ao final dos três rounds (cada um com três minutos) ou o primeiro a alcançar 15 pontos. Em competições por equipe, três esgrimistas se revezam em até nove disputas, e a equipe vencedora é a primeira a somar 45 pontos.
 
 

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