Gui Pádua é o novo atleta de skeleton do Brasil
São Paulo - Após 17 mil saltos de paraquedas, título mundial de skysurf em 1996, recordes mundiais de skysurf sem oxigênio (2004) e de tempo em queda livre (2007) e participações em ultramaratonas, Gui Pádua resolveu buscar novas aventuras.
Nesta temporada ele passou a integrar a equipe brasileira de skeleton e mira a classificação para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018 em Pyeongchang, na Coreia do Sul.
Após realizar uma série de treinamentos e descidas em Königssee, na Alemanha, no fim de 2016, Gui Pádua iniciou nesta quinta-feira, 12 de janeiro, sua caminhada olímpica. Ele está em St. Moritz, na Suíça, e participou da Copa Europeia. O brasileiro terminou na 37ª posição, com 1min24seg16 – o vencedor foi o alemão Felix Keisinger.
“Eu e meu técnico [Peter Meyer, da Alemanha] elaboramos um método de treinamento profissional, trocamos o trenó por um mais adequado e realizamos outros investimentos. Era o que precisava fazer para crescer. Estou me dedicando bastante para conseguir evoluir no skeleton e atingir meus objetivos”, afirma Gui.
O interesse pelo skeleton surgiu em 2010, durante os Jogos Olímpicos de Vancouver, no Canadá. Na época, ele era contratado pela TV Record e a emissora possuía os direitos de transmissão do evento esportivo para o Brasil. Em sua visão, a modalidade era a que mais se assemelhava ao paraquedismo. “A posição de descida na montanha é muito semelhante com o tracking no salto de paraquedas”, explica.
Mas foi a partir de um “empurrãozinho” olímpico que Gui Pádua tomou coragem e resolveu tirar o projeto do papel. Convidado para conduzir a Tocha Olímpica antes dos Jogos no Rio de Janeiro, ele se emocionou com o espírito olímpico. “Eu pensei: preciso participar como atleta de uma edição dos Jogos Olímpicos. Aí resolvi unir o útil ao agradável e me joguei de cabeça, literalmente!”, conclui o atleta.
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