Rivalidade entre clubes náuticos do Rio de Janeiro agita Match Race Brasil

Marina da Glória x YCSA em 2010 / Foto: AgifRio de Janeiro - A rivalidade entre os clubes náuticos do Estado do Rio de Janeiro será colocada à prova no Match Race Brasil 2011. O evento começa nesta sexta-feira (6) no Iate Clube do Rio de Janeiro. Doze equipes de seis Estados confirmaram presença na competição barco contra barco deste ano, e a maior parte é do Rio de Janeiro.

O atual bicampeão, Rio Yacht Club, e o Clube Naval Charitas defendem a cidade de Niterói. A região dos Lagos será representada pelo Búzios Vela Clube. As Forças Armadas terão dois times no Match Race: Marinha do Brasil e Grêmio Escola Naval. Já os donos da casa, o Iate Clube do Rio de Janeiro, são apontados como favoritos ao título ao lado da Marina da Glória, ambos da Cidade Maravilhosa.

O objetivo de todas as tripulações será acabar com a hegemonia do RYC, de Torben Grael. O time de Niterói venceu as duas últimas edições do Match Race Brasil. Os resultados do clube, carinhosamente chamado de Aldeia Gaulesa do Asterix, impressionam não só no Match Race, mas nas classes olímpicas. A família Grael (Torben e Lars) é prova desse sucesso com sete medalhas olímpicas, sem contar os títulos mundiais e as conquistas na vela de oceano mundo afora.

"A rivalidade entre Niterói e Rio de Janeiro existe, mas é saudável. Isso é bom para o nível técnico da vela no País. Como é o Torben que está no time adversário, sempre será difícil tirar o título dele. Mas, com novos especialistas nesse formato surgindo, será mais complicado para os velhos guerreiros. Isso é natural", revelou Alan Adler, comandante do Marina da Glória na disputa. A equipe foi duas vezes seguidas vice-campeã do evento.

Os outros concorrentes ao título são: Marinha do Brasil, com Henrique Haddad, e Iate clube do Rio de Janeiro, com Maurício Santa Cruz.

"Sempre existiu a rivalidade entre Niterói e Rio de Janeiro. O time da capital coloca o maior número de velejadores de ponta na água, mas os da cidade vizinha, historicamente, dão mais resultados olímpicos e mundiais. São apenas números, mas a rivalidade é positiva, aumentado assim o nível da vela brasileira", reforçou Ricardo Ermel, trimmer do Clube Naval Charitas, de Niterói.

Além dos sete representantes fluminenses, o evento terá Yacht Club Santo Amaro (SP), Cabanga Iate Clube (PE), Iate Clube Lagoa dos Ingleses (MG), Brasília Iate Clube (DF) e Veleiros do Sul (RS).

YCSA defende São Paulo - A vela paulista será representada pelo YCSA - Yacht Club de Santo Amaro no Match Race Brasil 2011. A equipe será comandada por Felipe Echenique, terceiro sul-americano mais bem colocado no ranking da ISAF - Federação Internacional de Vela - na classe.

A tripulação do YCSA terá também João Hackerott, André Ubinha, Enrico Francavilla, Fábio Bodra, Daniel Fromer, Sidney Bloch e Mariana Peccicacco. O objetivo da equipe é alcançar as semifinais da competição barco contra barco. "O nível técnico está sensacional e o nosso desafio sempre aumenta. Sabemos que será complicado superar os favoritos, mas podemos superar a falta de treinos e entrosamento durante a competição", revelou Echenique ao elogiar os times do Rio de Janeiro na disputa de maio.

"A maior diferença é o barco de 40 pés no entrosamento entre os tripulantes. Não tem tanta influência do local de competição. Mas o pessoal do RJ está um estágio acima da gente".

O velejador Felipe Echenique é um dos poucos representantes brasileiros no ranking de Match Race. À frente dele na classe no País apenas Henrique Haddad. Apesar da falta de nomes, o comandante do YCSA acredita que a modalidade tem tudo para crescer no País nos próximos anos.

"Há uma série de vantagens em correr o Match Race. Para o pessoal de São Paulo, há campeonatos e a represa de Guarapiranga é propícia a isso. Outra coisa: os velejadores usam as técnicas nas regatas de flotilha, ganhando timing de largada, melhorando manobras e adquirindo ritmo", lembrou Felipe Echenique, que também defendeu a aquisição de barcos específicos para Match Race por todos os clubes náuticos.

Felipe Echenique tem 38 anos e no currículo, além de disputas em Match Race e Lightning, uma participação em Olimpíada. Nos jogos de Atlanta/96, o velejador, que tem dupla nacionalidade, defendeu o Chile na classe Laser e ficou em 19º lugar. A medalha de ouro, entretanto, veio para o Brasil com Robert Scheidt.

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