Ginasta vai de acusação de racismo a destaque no mundial

Arthur Nory na época da polêmica racista, em vídeo de desculpas / Foto: Reprodução / Internet

Rio de Janeiro – Arthur Nory é um nome que o amante da ginástica artística certamente conhece já há algum tempo. Mas, em 2015, o ginasta ganhou as manchetes dos jornais por outra razão após ter feito piadas de cunho racista com o único negro da seleção masculina, Ângelo Assumpção. Agora, no Mundial de Glasgow, cinco meses após o ocorrido, o atleta comemora a boa fase, como destaque do Brasil.
 
“Esse ano foi bem complicado pra mim, mas é questão de se superar a cada dia. Colocar a cabeça no lugar, se preparar e botar na cabeça os nossos objetivos para alcançar essas metas que você tem, que você vai chegar lá. Não deixei em nenhum momento nada me atrapalhar, cirurgia ou qualquer outra coisa que teve. Eu coloque que a gente ia classificar, eu ia estar na equipe do Mundial e do Pan-Americano”, relata após ter se apresentado.
 
O jovem de 22 anos, depois do vídeo em que ironizava a cor da pele de Ângelo, pediu desculpas publicamente pela injúria racial e foi suspenso de suas atividades por 30 dias pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG). Quando voltou foi convocado para o Pan, ganhou a prata por equipes e foi finalista em três aparelhos.
 
Agora, no Mundial, foi o melhor ginasta do Brasil, com 88,182 pontos. O resultado praticamente coloca Arthur na final do individual geral e da final da barra fixa, aparelho em que ficou em segundo lugar no primeiro dia de rotações, superado apenas pelo pentacampeão mundial Kohei Uchimura.
 
"É trabalhar para ser mais regular, mais constante em competição, porque eu sempre oscilo um pouco, nunca estava conseguindo ir bem. Eu estou mais seguro em relação as minhas séries. Elas não estão tão difíceis, mas eu consigo pegar pelo lado da execução. Então isso dá um ajuste. Mas quando eu juntar dificuldade com execução, vou estar nos meus 150%", analisa o ginasta.
 
"A cada aparelho eu tinha que dar meu máximo para conseguir uma boa nota, porque a gente quer muito essa classificação direta para as Olimpíadas como equipe. Então fazendo as séries eu tinha que mostrar que estava satisfeito no que eu fiz e mandar confiança para a equipe. Mesmo que tivesse algum erro, ficar feliz, ficar satisfeito, porque é um alívio. A gente treinou tanto para estar aqui, é muita pressão, muita coisa que a gente passou", observa.
 
A vaga olímpica do Brasil, porém, ainda não é garantida. O país precisa ficar entre os oito primeiros, mas terminou o primeiro dia na sexta colocação. Agora, na rotação desta segunda, só pode ser ultrapassado por um de seus rivais além dos EUA, muito acima e já garantidos praticamente.
 
 

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