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Incontinência Urinária é comum e pode afetar desempenho dos atletas

O esfíncter artificial devolve ao homem o controle da urina e permite a retomada de atividades cotidianas / Foto: Divulgação

São Paulo - Durante as Olímpiadas de Sydney, uma cena chamou atenção. Uma atleta ao se preparar para levantar o peso, deixou escapar um jato de xixi durante a competição. O acontecimento foi um exemplo típico de casos de incontinência urinária, quando há perda involuntária da urina. Faltando um pouco mais de cinco meses para as Olímpiadas no Brasil, o cuidado com a saúde é fator fundamental para não comprometer o rendimento dos atletas durante a competição.
 
Atividades de alto impacto, como corrida, ginástica, levantamento de peso, salto em altura e em distância quando realizados de forma intensa e com grande frequência - podem favorecer o aparecimento da condição. Alguns fatores como o calor - já que este ano os jogos serão no Brasil, onde temperaturas altas são inevitáveis - podem piorar o desconforto durante as atividades esportivas. 
 
Dados da Sociedade Brasileira de Urologia mostram que a incontinência urinária atinge 10 milhões de brasileiros, sendo duas vezes mais comum no sexo feminino em qualquer idade. Nos atletas, a incontinência urinária também é mais comum nas mulheres, já que algumas atividades físicas podem sobrecarregar o assoalho pélvico - grupo de músculos que sustenta a parte baixa do abdômen. Só em 2008, o Brasil contou com o maior número de mulheres competidoras em sua delegação. Para 2016 o número só tende a crescer.
 
Entre os homens, a condição atinge uma faixa menor que já se submeteu à retirada da próstata após vencer o câncer. De acordo com o urologista Carlos Sacomani, responsável pelo Ambulatório de Disfunções Miccionais do Hospital AC Camargo Cancer Center e da Clínica Uro Care cerca de 5 a 10% dos pacientes que retiraram totalmente a próstata sofrem com incontinência urinária após um ano de cirurgia.
 
Apesar de ser frequente entre as esportistas, muitas não procuram ajuda por constrangimento ou por acreditarem que alguma perda de urina é normal durante o treino físico ou exercício. Ao contrário do que muitos acreditam, a incontinência urinária não é normal em nenhuma idade e sua condição tem cura. 
 
Tratamento para elas - Casos severos de incontinência urinária feminina de esforço são tratados com um procedimento cirúrgico de implantação de um sling, uma malha que sustenta a uretra. Se a causa da incontinência urinária é a bexiga hiperativa, a condição pode ser tratada com medicamentos, fisioterapia, além do uso de toxina botulínica e neuromoduladores, que funcionam como um marca-passo da bexiga.
 
Tratamento para eles - Os casos leves e moderados podem ser resolvidos com fisioterapia, com a implantação de slings ou injeções endoscópicas.
 "Em pacientes com casos severos, como homens que perdem o funcionamento do esfíncter após a prostatectomia radical, é possível realizar uma cirurgia para o implante de um esfíncter artificial", explica o urologista Valter Muller - chefe do serviço de urologia do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. A prótese fica totalmente contida no corpo e possui uma bombinha dentro do saco escrotal que permite ao homem liberar a urina quando tiver vontade. "É o que existe de mais moderno no Brasil para o tratamento da condição", finaliza.
 
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