Treinadores e atletas participam de Camping com Loren Seagrave

Loren Seagreve e as avaliações no CNDA  / Foto: Divulgação/CBAt

Bragança Paulista - Velocistas e barreiristas que estiveram no Campeonato Mundial de Atletismo de Doha, no Catar, participaram nesta semana do Camping Nacional de Treinamento CBAt/COB, encerrado nesta sexta-feira (14/11), no Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo (CNDA), em Bragança Paulista (SP).
 
A grande estrela das atividades, iniciadas no domingo (10/11), foi o norte-americano Loren Seagreve, contratado como consultor técnico pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Além dos atletas, todos os treinadores pessoais foram convidados para participar do Camping.
 
“Depois de muitos anos trabalhando como treinador nos Estados Unidos, resolvi mudar de vida e ser consultor, ou seja treinador dos treinadores”, disse Seagrave, que atualmente mora em Bangcoc e trabalha para a Federação de Atletismo da Tailândia. “Os brasileiros têm mostrado evolução”, comentou o norte-americano que filmou os treinamentos para avaliação e comentários individuais com cada atleta e treinador, com recursos de Darthfish, um software especializado em análises de biomecânica e desempenho esportivo. Loren Seagreve tem mais de 50 medalhas entre olímpicas e mundiais no currículo.
 
“Trabalho com ele nessas clínicas há dois anos e tenho a liberdade de trocar mensagens com ele. Criou um novo conceito de treinamento, usando uma filosofia totalmente diferente do que é realizada normalmente aqui”, explicou o treinador Felipe de Siqueira da Silva, que orienta entre outros Alison dos Santos, o Piu, finalista dos 400 m com barreiras em Doha, e candidato ao prêmio de revelação do ano pelo Atletismo Mundial (World Athletics, ex-IAAF).
 
“Todo o trabalho visa ganhar centésimos de segundo, desde a largada no bloco até a linha de chegada, com a correção da postura corporal e dos movimentos durante a prova. Ele vê cada passada no vídeo e corrige detalhes”, disse Vitor Hugo dos Santos (Orcampi), integrante do revezamento 4x100 m, quarto colocado no Mundial de Doha, com novo recorde sul-americano (37.72).
 
"No revezamento o Brasil já tem uma das melhores passagens de bastão do mundo. Precisamos melhorar a corrida de cada atleta, individualmente. Os americanos, por exemplo, correm individualmente, na casa dos 9.80, 9.90, os brasileiros na casa dos 10.05, 10.10. E é essa diferença que temos de tirar", observou o treinador norte-americano. "Para isso, é preciso trabalhar com cada atleta, individualmente, e com os seus treinadores."
 
Participaram oficialmente os treinadores Katsuhico Nakaya, Vânia Maria Valentino da Silva, Victor Fernandes, Nelson Lemes de Souza, Renan Valdiero, Felipe de Siqueira, Carlos José Camilo de Oliveira e Jayme Netto Junior.
 
Entre os atletas convocados fizeram parte do Camping Nacional, bancado com recursos da Lei Agnelo Piva, Jéssica Vitória Moreira (Águias Guariba) - 400 m c/barreiras, Vitor Hugo dos Santos (Orcampi) - 100 m, Rodrigo Nascimento (Orcampi) - 100 m, Gabriel Constantino (Pinheiros) - 110 m com barreiras, Eduardo de Deus (Orcampi) - 110 m com barreiras, Alison Brendom dos Santos (Pinheiros) - 400 m c/barreiras e Artur Terezan (FECAM) - 400 m com barreiras.
 
As atividades foram abertas, porém, para outros atletas e treinadores. Lucas Conceição Vilar foi um exemplo. Medalha de bronze nos 200 m nos Jogos Olímpicos da Juventude Buenos Aires-2018, o atleta do SESI-SP também passou pelas análises, juntamente com o seu técnico Darci Ferreira da Silva. “Achei tudo muito diferente e complicado”, disse Lucas, de 18 anos. “Os outros, mais velhos, já estão acostumados.”
 
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