Copa Suzuki Jimny prevê regatas ‘pegadas’ na última etapa, em Ilhabela

Touche Tomgape (ORC) / Foto: Aline Bassi / Balaio

Ilhabela - Basta analisar a classificação da Copa Suzuki Jimny 2012 para prever um duelo de tirar o fôlego na última etapa, marcada para os dias 24 e 25 de novembro e 1 e 2 de dezembro, no Yacht Club de Ilhabela (YCI). O Circuito de Vela Oceânica conhecerá o campeão da temporada após três eventos durante o ano e, em praticamente todas as categorias, a diferença de pontos entre os barcos é pequena. 
 
Com a entrada dos descartes, alguns times que tiveram uma jornada ruim em duas ou três regatas podem se redimir nas próximas e levar o título. Os exemplos de pegas mais acirrados são na HPE, C30 e em duas subdivisões da RGS: A e C. Isso mostra o investimento das tripulações em treinos, equipamentos e campeonatos, como explica do diretor de vela do YCI, Carlos Eduardo Souza e Silva. "A competição mostra a evolução das classes de oceano e a importância dada à modalidade pelo Yacht Club de Ilhabela. As equipes sempre participam das regatas, mostrando comprometimento e deixando as provas ainda mais parelhas, sendo impossível prever o vencedor".
 
Pela pontuação, a categoria mais equilibrada é a HPE, formada por veleiros iguais de 25 pés. São quatro veleiros com chance de levar o título de 2012. O Ginga (Breno Chvaicer), que venceu a última etapa no final do mês de setembro, soma 62 pontos perdidos após 22 regatas. Na cola dele, com apenas um ponto atrás, vem o SER Glass Eternity (Marcelo Bellotti), que contou com a presença do medalhista olímpico e tricampeão mundial de Star, Bruno Prada. Outros dois times brigam pela temporada: SX4/Bond Girl (Rique Wanderley) e Jimny Take Ashauer (Marcos Ashauer),com 72 e 75 pontos perdidos, respectivamente. 
 
"Não é possível apontar campeão. Existe um equilíbrio muito grande na classe, basta ver os resultados ao longo do ano. Um detalhe chama atenção: em cada etapa e campeonato de HPE há uma tripulação que se destaca. As quatro equipes foram as mais regulares do ano e fica um suspense para ver quem será a campeã em dezembro", avalia Marcelo Bellotti, que foi substituído por Bruno Prada nas regatas da terceira etapa em Ilhabela. "Será muito difícil voltar a comandar o barco esse ano por causa da recuperação da cirurgia no joelho. Vou ficar de fora outra vez, mas confio na equipe".
 
Disputa acirrada - Na C30, outra classe de veleiros iguais, com 30 pés, o Barracuda (Humberto Diniz) tem apenas um ponto de vantagem para o TNT Loyal (Marcelo Massa). O time vice-líder está atrás porque não disputou a primeira etapa. "Estamos focados para ganhar o campeonato nessa nova classe. As regatas são sempre muito iguais e não permite erros. Por isso é necessário ter foco. A Regata Volta a Ilhabela, a primeira da quarta etapa, é bastante difícil, longa e desgastante. Tem alguns buracos sem vento e surpresas podem ocorrer. Porém, a tripulação está entrosada, adaptada ao barco e animada com o Circuito, um dos mais fortes do País", diz Marcelo Massa, tio do piloto de Fórmula 1 da Ferrari, Felipe Massa, e que tem uma tripulação experiente com nomes como Alexandre Paradeda e André "Bochecha" Fonseca. 
 
Entre os barcos que precisam de fórmula para calcular o ganhador, mais regatas técnicas são esperadas na ORC, que tem o Touché Tomgape (Ernesto Breda) em primeiro lugar. Na ORC 30 pés o líder é o Sextante (Thomas Leomil Shaw). Na RGS-A, após 15 regatas e quatro descartes, o Fram (Felipe Aidar) lidera com 20 pontos perdidos e 12 a menos do que Inaê Transbrasa (Bayard Umbuzeiro) e BL3 Wind Náutica (Edgardo Vieytes). "O Fram apresenta regularidade ao longo do ano. O resultado do final de semana passado demonstra o equilíbrio entre os competidores da BRA RGS-A, o que deixa o campeonato mais estimulante", afirma Felipe Aidar.
 
Na RGS-B, Nomad (Mauro Dottori) é o líder com vantagem de oito pontos para o segundo colocado, o Anequim (Paulo Fernando de Moura). Na RGS-C, Ariel (Luis Pimenta) e Rainha/Mix Saúde (Leonardo Pacheco) praticamente estão iguais: diferença de dois pontos separam os dois. Na Cruiser,o Hélios II/ Hospital Sírio Libanês (Marcos Lobo) vem dando show e tem a maior vantagem da Copa Suzuki Jimny.
 
A próxima etapa será especial e deverá atrair mais de 50 veleiros ao litoral norte de São Paulo. A tradicional Volta a Ilhabela/Sir Peter Blake é uma atração imperdível do calendário nacional de oceano. "Esse sucesso se deve a dois motivos: o primeiro é a decisão da Copa Suzuki Jimny e o segundo é a tradicional Volta a Ilhabela, uma competição belíssima e de alto nível técnico. Será o encerramento de um ano com regatas equilibradas em todas as classes", lembra Cuca Sodré, presidente da Comissão de Regatas da Copa Suzuki Jimny. 
 
Resultados acumulados após três etapas:
 
ORC após 15 regatas e 4 descartes
1º - Touché Tomgape (Ernesto Breda) - 11 pontos perdidos 
2º - Orson Mapfre (Carlos Eduardo Souza e Silva) - 25 pp 
3º - Tembó Guaçu (André Omatti) - 29 pp
 
ORC 30 pés após 15 regatas e 4 descartes
1º- Sextante (Thomas Leomil Shaw) - 11 pp
2º- Zeppa (Diego Zaragoza) - 23 pp
3º- Colin (Sebastian Menendez) - 24 pp 
 
C30 após 16 regatas e 2 descartes
1º - Barracuda (Humberto Diniz) - 22 pp 
2º - TNT Loyal (Marcelo Massa) - 23 pp 
3º - + Realizado (José Luiz Apud) - 33 pp 
 
HPE após 22 regatas e 4 descartes 
1º - Ginga (Breno Chvaicer) - 62 pp 
2º - SER Glass Eternity (Bruno Prada) - 63 pp 
3º - SX4/Bond Girl (Rique Wanderley) - 72 
4º- Jimny Take Ashauer (Marcos Ashauer) - 75 
5º- Bixiga (Pino Di Segni) - 123 pp 
 
RGS-A após 15 regatas e 4 descartes
1º - Fram (Felipe Aidar) - 20 pp 
2º - Inaê Transbrasa (Bayard Umbuzeiro) - 32 pp
3º - BL3 Wind Náutica (Edgardo Vieytes) - 32 pp
4º - Jazz (Valéria Ravani) - 37 pp
5º - Maria Preta (José Barreti) - 44 pp 
 
RGS-B após 15 regatas e 4 descartes 
1º - Nomad (Mauro Dottori) - 14 pp 
2º - Anequim (Paulo Fernando de Moura) - 22 pp 
3º - Asbar II (Sérgio Klepacz) - 25 pp 
 
RGS-C após 15 regatas e 4 descartes
1º - Ariel (Luis Pimenta) - 16 pp 
2º - Rainha/Mix Saúde (Leonardo Pacheco) - 18 pp 
3º - Conquest (Marco Hidalgo) - 32 pp 
 
RGS-Cruiser após 15 regatas e 4 descartes
1º - Hélios II/ Hospital Sírio Libanês (Marcos Lobo) - 11 pp 
2º - Cocoon (Marcelo Caggiano) - 23 pp
3º - Pirajá (Rubens Bueno) - 32 pp
 

 

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