A professora de ouro da Ginástica Rítmica

 Passar da prática à teoria e continuar imprimindo seu estilo na ginástica rítmica brasileira foi um desafio que Camila Ferezin agarrou com unhas e dentes quando assumiu o comando do conjunto brasileiro em fevereiro de 2011/ Foto: Wagner Carmo / Inovafoto / COBGuadalajara - Passar da prática à teoria e continuar imprimindo seu estilo na ginástica rítmica brasileira foi um desafio que Camila Ferezin agarrou com unhas e dentes quando assumiu o comando do conjunto brasileiro em fevereiro de 2011, ano de pré-olímpico e Jogos Pan-americanos. O resultado disso é mais uma medalha Pan-americana no currículo e o orgulho de ter feito tudo da única forma que poderia: do seu jeito.

Medalha de ouro em Winnipeg 1999, a ex-ginasta deixou a família em Londrina, no Paraná, para comandar a equipe em Aracajú e iniciou uma renovação que rendeu o primeiro fruto nos Jogos Pan-americanos Guadalajara 2011, com a conquista do ouro no conjunto geral, neste domingo, dia 16 de Outubro.

O tema da apresentação com bola da equipe brasileira, My way (Do meu jeito, em português), foi uma escolha emblemática. "Quando prestei atenção na letra da música, vi que tinha que ser ela. Porque quando fui chamada para treinar a equipe, assumi com a condição de que as coisas fossem feitas da minha maneira", disse Camila. "Trouxe meninas jovens e formei essas ginastas, que têm tudo para chegar aos Jogos Olímpicos de 2016. Era exatamente o que eu queria fazer, iniciar um trabalho que vai culminar no Rio. Mas foi arriscado, porque são meninas muito inexperientes. A maioria delas nunca tinha participado de competições de nível mundial", destacou.

A inexperiência foi um empecilho no Campeonato Mundial, disputado na França, quando as meninas de Camila ficaram em 22º lugar e não conseguiram a vaga para os Jogos de Londres 2012. Mas a técnica afirma que a participação na competição deu ao grupo uma vivência inestimável no caminho para a conquista em Guadalajara. "Logo de cara elas foram para o pré-olímpico, um desafio muito grande. Elas não se classificaram, mas agora chegaram ao objetivo que a Confederação havia traçado para este ano, que era repetir o ouro no Pan".

Camila lembra bem do esforço físico que a ginástica demanda de uma atleta, mas como técnica não deixa de enfrentar sacrifícios. Para assumir a seleção, deixou o filho, João Lucas, no Paraná e passou muito tempo em aviões para visitar a família. Cercada pelas seis ginastas de ouro, que fizeram questão de dividir a conquista com ela, teve a certeza de que tudo valeu a pena. "Essa medalha compensa tudo. Conquistar uma medalha como atleta, uma como assistente técnica em 2003 e agora como treinadora da equipe é uma realização completa", encerrou.
 

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