IAAF se defende de acusações sobre ter acobertado doping
Rio de Janeiro - O órgão máximo do atletismo mundial está sangrando depois da reportagem do jornal inglês "Sunday Times", que afirma ter a IAAF (Confederação Internacional de Atletismo, na sigla em inglês) acobertado casos de doping. Um dia depois, a entidade veio a público, através do seu presidente Lamine Diack.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, Diack defendeu o trabalho realizado pela IAAF. As suspeitas apontadas pelo jornal e também pela emissora alemã "ARD/WRD" dão conta de que o órgão encobertou atletas dopados entre 2001 e 2002, envolvendo 146 medalhas mundiais e olímpicas, sendo 55 de ouro.
"Há alegações, mas sem evidências. Vamos investigar seriamente isso porque dizer que no atletismo, entre 2001 e 2012, não fizemos o nosso trabalho com os testes é motivo para rir", afirmou Diack. O presidente deixará o cargo após Sebastian Coe ou Sergei Bubka serem eleitos no pleito do dia 19.
Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), disse que confia numa séria investigação e pediu que os fatos sejam apurados antes de condenar. "Não sei detalhes das alegações. Quais atletas e competições foram afetados. Se houver casos envolvendo os Jogos Olímpicos, o COI vai agir com tolerância zero como é habitual. Mas por enquanto não temos nada além de alegações e respeitaremos a presunção da inocência", disse.
As suspeitas sobre a IAAF chegam a poucos dias do Mundial de Atletismo, em Pequim, de 22 a 30 de agosto.