Isaquias ganha 2ª medalha e se iguala a Cielo: "é um feito histórico"

Isaquias Queiroz respira aliviado com o bronze: ele achou que não tinha medalhado / Foto: Mike Ehrmann / Getty Images

Rio de Janeiro - O baiano Isaquias Queiroz chegou na Lagoa Rodrigo de Freitas, nesta manhã de quinta-feira, feriado municipal no Rio de Janeiro, com a expectativa de ser o melhor atleta brasileiro nos Jogos Olímpicos. E conseguiu: o atleta conquistou mais uma medalha, dessa vez de bronze, e se igualou a grandes nomes do esporte nacional, como César Cielo, com duas medalhas numa mesma edição olímpica.

Dessa vez Isaquias movimentou ainda mais o local de competições da canoagem velocidade, e viu os arredores da Lagoa lotarem mais do que na terça-feira, quando foi medalhista de prata na prova C1 1000m. 

E viu que precisava corresponder à expectativa das milhares de pessoas que vieram acompanhar sua exibição nesta quinta, no C1 200m, prova mais rápida da modalidade em Olimpíadas.

Depois de atingir a melhor marca da história na semifinal, Isaquias largou com a esperança de subir ao lugar mais alto do pódio, mas acabou tendo uma saída irregular e ficando atrás de seus adversários, chegando a figurar na penúltima posição entre os oito na água. "Eu saí bem, a remada não perdeu muito tempo na saída, mas acabei dando remada em falso, o barco patinou muito, os caras colocaram meio barco na frente. Se eu não tivesse errado muito acho que poderia ter ganhado a medalha de ouro, mas o ucraniano e o cara do Azerbaijão foram muito melhor", analisou.

Numa recuperação surpreendente no último terço da prova, porém, o canoísta cruzou junto de outros dois atletas a linha de chegada e chegou a achar que tinha deixado a medalha escapar. "Quando eu cheguei eu fiquei sem saber, poxa, perdi a medalha. Demorou para sair no telão, fiquei nervoso, aí quando saiu fiquei feliz porque uma medalha de bronze é muito importante, principalmente nos Jogos Olímpicos, poder estar fazendo história na canoagem e no Brasil", revelou o atleta à imprensa após a prova. 

Brasileiro ganha sua segunda medalha na Rio 2016 / Foto: Mike Ehrmann / Getty Images

Isaquias cravou 39.628s, na terceira colocação, contra 39.649 do espanhol Alfonso Ayala, na quarta posição. "É um feito histórico, uma satisfação muito grande, entrando nesse álbum dos melhores atletas olímpicos do Brasil. Estar junto com César Cielo... Eu estou muito feliz com esse resultado, espero fazer mais ainda e chegar onde nenhum brasileiro chegou, que é chegar a três medalhas em Jogos Olímpicos", ambiciona. 

Nesta sexta-feira Isaquias cai na água novamente para a bateria eliminatória de sua última prova na Rio 2016: o C2 1000m, com sua dupla Erlon Silva.  "A confiança está muito alta, a gente treinou bastante e o C2 está andando muito, a gente sabe da possibilidade de medalha. Eu vou vir treinar hoje de tarde, quem disse que eu vou descansar, ah como seria bom já ir para a Bahia descansar (risos), mas agora já fiz o meu trabalho, quero ir para cima para ajudar meu amigo Erlon fazer história também nos Jogos Olímpicos e ganhar medalha, medalha de ouro, que é essa que a gente merece", emenda o brasileiro. 

Questionado se sente mais pressionado por agora faltar somente a medalha de ouro para o currículo, o atleta diz que está tudo "tranquilo". "Eu mantenho a tranquilidade, durmo normal, não fico ansioso, evito ficar falando de prova quando estou no hotel, porque quando fica pensando... Eu prefiro manter a tranquilidade, esperar chegar a hora e na hora a gente vê o que acontece", conta. 

Não muito popular no Brasil, a canoagem velocidade tem vivido dias de glórias na Lagoa, graças também ao bom desempenho do brasileiro Isaquias nas provas. Nesta quinta, as beiradas da Lagoa estavam concorridíssimas para acompanhar a prova, que rolou pontualmente às 9h26.

"Eu vi que tinha gente lá e aqui, hoje está lotado, foi a primeira vez que eu vejo o público assim, nem no mundial, na Hungria, que o pessoa gosta muito de canoagem estava assim. Então eu tinha que fazer algo", finaliza o duas vezes medalhista olímpico, Isaquias Queiroz. 

Veja Também: 

 

 
 

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

Rugby campeão

Brasil é campeão do Sul-Americano 6 Nações

 
 

 

 
Mascotes

Mais lidas da semana

Curta - EA no Facebook