Bobsled masculino tem como meta chegar entre os 20 primeiros em Sochi

Seleção de bobsled espera melhorar em cinco posições sua última participação olímpica / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - Terminar entre os 20 primeiros países no bobsled dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi (entre os dias 7 e 23 de fevereiro) é a meta dos brasileiros que competirão no trenó de quatro lugares. A Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), sob a presidência de Emílio Strapasson, vai à Rússia com Édson Bindilatti, Édson Ricardo Martins, Fábio Gonçalves Silva e Odirlei Carlos Pessoni (mais um reserva, que deverá ser Rodrigo dos Santos ou Davidson Henrique de Souza), no trenó de quatro; Fabiana Santos e Sally Silva, no trenó de dois; e Isadora Williams, na patinação artística.

Bindilatti explica que, para ir aos Jogos Olímpicos, o bobsled precisa comprovar ter participado ao menos de uma competição no ano anterior. Assim, em 2013, ainda como interventor, Emílio Strapasson foi ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) tentar liberação de recursos que possibilitassem  essa participação. 
 
“Conseguimos a verba para a viagem e também para contratar o Cristiano Paes como técnico. O Cristiano foi nosso brakeman nos Jogos de Salt Lake City 2002 (na primeira participação brasileira do bobsled nos Jogos de Inverno). Depois, mudou-se para Calgary, no Canadá, onde passou a trabalhar com a modalidade. Assim, com experiência de pelo menos dez anos, foi dada a ele a oportunidade de ser o nosso técnico”, conta o atleta. “Foi feita uma primeira seletiva e ficamos três semanas por lá, em fevereiro passado. Para mim, era essencial, voltando a pilotar.” Nessa primeira etapa, também viajaram as garotas – Fabiana, Sally e Estefânia da Costa.
 
A participação brasileira no bobsled em março de 2013, para se candidatar à vaga em Sochi 2014, se deu na Copa América, em Lake Placid, nos Estados Unidos.
 
Treinos intensos no Canadá
 
“Voltamos, fizemos outras seletivas com mais atletas, entre eles Rodrigo e Davidson Henrique, até a definitiva, em agosto.”, lembra Bindilatti. “No início de outubro estávamos de volta a Calgary, para três meses de treinamentos intensos, novamente com recursos do COB. E o Cristiano fez milagre.”
 
Lá, também já puderam contar com trenós mais competitivos – e lâminas melhores -, diferentemente de anos anteriores. “Conseguimos dois trenós, um de dois e um de quatro lugares, de Mônaco e da Suíça. Mesmo não sendo de ponta, eram melhores. E nesses treinos o grupo cresceu muito. A cada mês, cada competição mostrava a nossa evolução. Fizemos oito etapas da Copa América e até chegamos a ser os melhores no ‘pushing’ (os 50 metros em que o carrinho é empurrado). Fomos elogiados.”
 
Assim, com a “nova cara” da CBDG, como diz Bindilatti, os trenós brasileiros conseguiram grandes resultados, em vista do pouco tempo de treinamento. As garotas chegaram a ganhar duas etapas e ficaram à frente da Romênia e da Itália, pelo ranking, na acomodação das vagas por países para os Jogos de Sochi. 
 
“Nós, do quarteto, conseguimos nossa melhor colocação na segunda semana deste mês, também em Lake Placid, quando ficamos em sexto lugar e fomos premiados (a premiação vai até a sexta colocação). Foi minha primeira medalha como piloto.”
 
Cada país tem um limite de vagas olímpicas e os de ponta acabam precisando cortar seus atletas que ficam mais atrás no ranking. Assim, no remanejamento de vagas, Polônia e Eslováquia precisavam de um quinto e um 13º lugares na Copa Europa, mas acabaram ficando em sétimo e 22º, o que garantiu a participação do trenó do Brasil em Sochi. No feminino, a Romênia precisava do 13º lugar na Copa do Mundo, e ficou em 18°, segundo Bindilatti.
 
Encontro no Rio antes do embarque
 
Os atletas agora estão no Brasil, treinando velocidade, explosão e força, em São Caetano, Marília e Franca (SP), com carrinhos que os atletas utilizam para imitar os movimentos no trenó de bobsled (aliás, lembra Bindilatti, há projeto da CBDG para se construir uma pista de pushing, com trilhos, aclive e declive). Agora, os atletas devem se reunir no Rio de Janeiro no fim de semana para mais treinos até o fim do mês, quando embarcam para a Rússia (onde haverá apenas três dias de treinos livres, para se conhecer a pista).
 
Bindilatti, que além de Salt Lake 2002 foi aos Jogos de Inverno de Turim 2006, compete agora em Sochi, a um mês de completar 35 anos. O atleta tem como preocupação passar sua experiência olímpica para aliviar a pressão dos companheiros que irão a seus primeiros Jogos Olímpicos.
 
“Depois de tantos anos, agora vamos com força total, para ficar entre os 20. É o nosso objetivo. E, se conseguirmos, posso dizer que vou me sentir quase um campeão olímpico.”
 

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