CBT fecha ano comemorando conquistas dentro e fora das quadras

Encontro Nacional de Tênis na sede da CBT encerrou a temporada brasileira com chave de ouro / Foto: Cristiano Andujar

Santa Catarina – O ano de 2017 foi de mudanças estruturais e muitas conquistas para o tênis brasileiro, dentro e fora das quadras. O ponto de largada foi a conquista de uma sede própria para a Confederação Brasileira de Tênis em Florianópolis, através de uma parceria com a Prefeitura Municipal e com a Federação Catarinense de Tênis, que possibilitou a integração entre as partes administrativa e técnica. Desde janeiro, a entidade passou a dividir o espaço com a Federação Catarinense de Tênis. Pela primeira vez uma sede própria da CBT conta com cinco quadras de piso duro e estrutura para receber torneios e treinamentos.
 
Em março, o catarinense Rafael Westrupp assumiu a presidência da CBT. Ex-presidente da Federação Catarinense de Tênis e diretor executivo da CBT durante o mandato do ex-presidente Jorge Lacerda, Westrupp foi eleito por aclamação em chapa única, contando com o apoio de todos os presidentes de Federações. Desde então, o novo presidente vem desenvolvendo uma gestão eficiente e transparente no comando da entidade. Também foi criado um Conselho Consultivo com nomes importantes para agregar valor nos aconselhamentos em diversas áreas da entidade máxima da modalidade. O Conselho Consultivo é formado de forma voluntária pelos empresários Rafael Kuerten (Grupo Guga Kuerten), Rogério Melzi (Hospital Care) e Christian Burgos (Inner Editora), além do presidente da entidade, Rafael Westrupp, e do tenista Marcelo Melo.
 
“Acho que a Confederação está sempre buscando fazer alguma coisa para evoluir o tênis brasileiro. A reunião do Conselho Consultivo que participei foi legal, coloquei pontos nos quais acho que poderíamos melhorar em todos os aspectos. Foi minha primeira reunião, tem muita coisa ainda para andar. Mas foi uma bela iniciativa da Confederação”, fala o atleta número 1 do mundo em duplas, Marcelo Melo.
 
Apesar da crise econômica mundial, além da manutenção do patrocínio dos Correios, parceria que completará uma década neste biênio, a CBT ganhou três novos patrocinadores de peso no mercado internacional: Peugeot, Wilson e Companion Sports. Também destaca-se a renovação do convênio com a Federação Francesa de Tênis e a realização da terceira edição do Rendez-Vous à Roland-Garros, que deu a oportunidade extra de juvenis brasileiros disputarem uma vaga na chave principal do torneio juvenil do Grand Slam francês.
 
Capacitação Ouro - A renovação do certificado Ouro da ITF por mais quatro anos, em janeiro, reconheceu o trabalho desenvolvido pela CBT para capacitar professores e treinadores de tênis em todo o país, alinhados com os preceitos mais atuais da entidade internacional. Atualmente, apenas 16 países de 216 filiados da ITF possuem esta certificação.
 
Ao todo, este ano o Departamento de Capacitação da CBT qualificou cerca de 1.100 profissionais através de 30 cursos de formação e específicos, workshops e congressos, em todas as regiões do Brasil. Em junho, Curitiba sediou a 7º edição do Workshop Internacional de Tênis, que contou com palestrantes de peso, como o espanhol Pancho Alvariño e o argentino Ignacio Asenzo. Outro grande momento da capacitação da CBT em 2017 foi a participação de 11 treinadores na 20º edição da Conferência Mundial da ITF, em Sofia, na Bulgária, em novembro. 
 
Em dezembro, a CBT realizou a primeira edição do Congresso Nacional de Tênis, em Natal (RN), que contou com grandes nomes como João Zwetsch, capitão da equipe brasileira da Copa Davis; Patricio Arnold, coordenador de Alto Rendimento da CBT; Cesar Kist, coordenador de Capacitação da CBT; Eduardo Frick, gerente de Esportes e Eventos da CBT, entre outros. “Dentro da linha de planejamento de desenvolvimento regionalizado da modalidade, foi muito importante termos levado pela primeira vez um congresso desse porte para o Nordeste”, ressalta Rafael Westrupp, presidente da CBT.
 
Na sequência, a CBT realizou o primeiro Encontro Nacional de Treinamento, na sede da entidade, em Florianópolis, que reuniu os principais nomes da nova geração - que tinham agenda disponível -, treinadores de ponta e profissionais de peso, como Marcelo Melo, Bruno Soares, Rogério Dutra Silva, Marcelo Demoliner, Thiago Monteiro, Bia Haddad Maia, Gabriela Cé e Luisa Stefani, além dos ex-tenistas Gustavo Kuerten e Fernando Meligeni.
 
Resultados em quadra - Dentro de quadra, também foi uma grande temporada para os tenistas brasileiros. Rogério Dutra Silva foi campeão dos Challengers de Santiago e da Cidade do Panamá e vice no de Bordeaux, em simples, e campeão do ATP 500 de São Paulo e quadrifinalista de Roland Garros, nas duplas. O paulista encerrou o ano como número 1 do Brasil e 101 no ranking da ATP, em simples, e como 90 do mundo em duplas.
 
O também paulista Thomaz Bellucci foi vice-campeão do ATP 250 de Houston e semifinalista do ATP 250 de Quito e fechou a temporada na 113a posição no ranking de simples da ATP. O cearense Thiago Monteiro, por sua vez, foi semifinalista dos Challengers do Rio de Janeiro e de Santiago, chegou a estar no top 100 em fevereiro e encerrou o ano como 124 do mundo de simples. O gaúcho Guilherme Clezar foi vice-campeão nos Challengers de Liberec e de Cali e fechou 2017 como 206 no ranking de simples da ATP.
 
Já o mineiro Marcelo Melo teve mais uma temporada brilhante. O duplista terminou como número 1 do mundo no ranking individual de duplas e como parceria número 1 do mundo ao lado do polonês Lukasz Kubot. Nesta temporada, os dois conquistaram seis títulos (Wimbledon, Masters 1000 de Miami, Masters 1000 de Madrid, Masters 1000 de Paris, ATP 500 de Halle e ATP 250 de s-Hertogenbosch) e quatro vice-campeonatos (Masters 1000 de Indian Wells, Masters 1000 de Shanghai, ATP 500 de Washington e ATP Finals) e foram eleitos campeões mundiais ITF 2017 em dupla masculina. 
 
O também mineiro Bruno Soares igualmente teve uma grande temporada e encerrou o ano como número 10 no ranking de duplas da ATP. Ao lado do parceiro Jamie Murray, o duplista foi campeão do ATP 500 de Acapulco, do ATP 500 de Londres e do ATP 250 de Stuttgart, e vice no Masters 1000 de Cincinnati, no ATP 500 de Tokyo e no ATP 250 de Sydney.
 
O duplista gaúcho Marcelo Demoliner também teve uma boa temporada, conquistou quatro vice-campeonatos, no ATP 500 de Vienna, no ATP 250 de Chengdu, no ATP 250 de Lyon e no ATP 250 de São Paulo e terminou como número 34 no ranking de duplas da ATP. Outro duplista, o mineiro André Sá, foi campeão no ATP 250 de São Paulo e vice no ATP 250 de Eastbourne e fechou a temporada como 94 no ranking de duplas da ATP. 
 
Outro duplista, gaúcho Fabrício Neis foi campeão dos Challenger de Marburg, Campinas e Rio de Janeiro e vice nos Challengers de Blois, Perugia, Buenos Aires e Cali e terminou o ano como número 127 no ranking de duplas da ATP. O duplista carioca Fabiano de Paula foi campeão dos Challengers de Biella e Buenos Aires e campeão dos Future de Abuja F1 e Abuja F3 e vice do Challenger de Montevideo e encerrou a temporada como 136 no ranking de duplas da ATP. Outro duplista carioca, Fernando Romboli, foi campeão do Challenger de Montevideo e dos Future de Abuja F1 e Abuja F3 e fechou como 185 do ranking de duplas da ATP.
 
Entre as mulheres, a paulista Beatriz Haddad Maia teve a melhor temporada de sua carreira e terminou o ano como número 71 no ranking do WTA. A tenista de 21 anos foi campeã do ITF de Clare e do ITF de Cagnes-sur-mer, vice-campeã do WTA de Seul, semifinalista no WTA de Bol e quadrifinalista no WTA de Praga.  A CBT fez um alto investimento na atleta, que é apoiada pela entidade desde que era juvenil. 
 
“Por experiência própria posso falar que o trabalho vem sendo realizado pela CBT da melhor maneira. É muito importante para os juvenis terem a possibilidade de viajar com treinador, com equipe, de disputar os sul-americanos, de poder estar vivenciando os ITFs e classificando para estar nos grand slams juvenis, pois estes torneios trazem muita experiência para a gente, para quando chegar no profissional não ser um susto. A CBT proporciona tudo isso pois é muito duro, é muito caro viajar, as despesas são muito altas. Eu estou colhendo os frutos agora de todo esse trabalho que a gente vem fazendo. Para quem sai do juvenil para o profissional faz muita diferença ter tido esse apoio. Só no juvenil eu disputei três vezes Roland-Garros e isso ajuda muito o atleta dentro da quadra. Fora da quadra a gente consegue fazer o trabalho melhor, ter o meu técnico e preparador físico comigo, ter a melhor estrutura para estar viajando, oportunidade de estar jogando com as melhores aqui fora, na Europa, nos Estados Unidos, onde o tênis é jogado de alto nível. Sou muito grata à CBT e esse trabalho ainda vai durar muitos anos pois ainda estou no início de minha carreira”, ressalta Beatriz Haddad Maia.
 

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