Depois de tempestade, C30 TNT/Loyal vence na etapa de abertura

Tempestade em Ilhabela atrasou a largada / Foto: Aline Bassi / Balaio

Ilhabela - A primeira etapa da Copa Suzuki Jimny, um dos principais eventos da vela oceânica nacional, começou neste sábado (13) no Yacht Club de Ilhabela (YCI) com a participação de 45 barcos das principais classes da modalidade - ORC, C30, HPE, RGS (A,B,C e Cruiser). 
 
Depois de longa espera pela entrada do vento, Ilhabela foi assolada por um temporal que acabou trazendo vento sul com intensidade de 18 a 20 nós, que possibilitou a realização de uma regata de percurso no Canal de São Sebastião. O primeiro veleiro a cruzar a linha (fita azul) foi o C30 TNT/Loyal, comandado por Marcelo Massa, que completou as 7,5 milhas (13,8 km) em 56min12. 
 
E é justamente a C30 uma das classes que mais cresce no Brasil na atualidade. O Carabelli 30, veleiro de 30 pés desenvolvido pelo projetista e velejador Horácio Carabelli caiu no gosto dos velejadores brasileiros de oceano. O modelo tem excelente custo-benefício, em torno de R$ 350 mil, ótima velocidade e desempenho. Quando a C30 estreou em outubro de 2011, justamente no Circuito Ilhabela, apenas uma unidade estava no mercado nacional. Um ano e meio depois, são oito barcos navegando e o nono que está acabando de sair da fábrica, comprado por Marcos Cesar. "Quero estrear meu barco no warm-up (em junho, segunda etapa da Copa Suzuki Jimny) e chegar bem treinado na Rolex Ilhabela Sailing Week, em julho", contou Marcos Cesar, que era dono do Apoena. 
 
O comandante do fita azul deste sábado, Marcelo Massa, é um dos maiores incentivadores da classe. "Mais dois barcos devem sair até o fim de 2013, o que mostra o sucesso da categoria. Numa comparação rápida, o C30 chega a 85% do desempenho do S40, modelo de barco one-design mais rápido do mercado latino-americano. Por isso, aposto de olho fechado na classe, que já é sucesso", disse Marcelo Massa, tio do piloto de Fórmula 1, Felipe Massa, e campeão da Copa Suzuki Jimny em 2012.
 
Quem está acostumado com classes olímpicas, como a 470, escolhe a categoria C30 para ganhar ritmo de regata. Um dos exemplos é o gaúcho Fábio Pillar, que disputou a Olimpíada de 2008 e lidera a corrida nacional por uma vaga nos Jogos do Rio/2016. "O barco C30 é muito bom de velejar e não apresentou até agora nenhum tipo de problema. Temos um veleiro rápido e ideal para qualquer tipo de vento, inclusive em condições extremas", relatou Fábio Pillar, atleta olímpico e integrante do Barracuda na classe C30. 
 
Estreia em Ilhabela - E teve estreia em Ilhabela neste fim de semana. O Caballo Loco, de Mauro Dottori, é o oitavo modelo vendido no País da categoria. "O barco é muito interessante, rápido e gostoso de velejar. Mais do que isso, o C30 premia tripulação que fez as melhores manobras e tomou decisões corretas numa regata. Ou seja, temos um veleiro ideal para competições em mãos", explicou Mauro Dottori, que terminou em quarto lugar neste sábado na sua classe.
 
"O C30 mostra um crescimento importante nesse período e esperamos que novas unidades voltem a ser fabricadas. Não posso deixar de apontar a força do HPE, também entre os monotipos. Nas principais competições organizadas pelo YCI temos sempre recorde de barcos e a competição entre os times é evidente", analisou o diretor de vela do Yacht Club de Ilhabela, Carlos Eduardo Souza e Silva, que também é comandante do Orson/Mapfre, primeiro colocado na ORC neste sábado. 
 
Sobre o C30 - O veleiro é desenhado para regatas sem tempo corrigido (rating), idêntico ao do adversário, e a tripulação é o único diferencial. Ou seja, vence quem veleja melhor. O peso do barco é de 1900 quilos e pode receber o seis velejadores (timoneiro, tático, dois trimmers, proeiro e secretaria) somando 500 quilos. O barco tem um desenho moderno e radical, focado no desempenho. Tudo nele foi pensado e projetado em função deste objetivo, um pequeno peso para um grande área velica. 
 
Choveu forte, mas teve a primeira regata da Copa Suzuki Jimny - A regata deste sábado (13) foi especial por causa das condições climáticas no litoral norte paulista. Com pouco vento no início da tarde e muita chuva, a organização foi obrigada a montar uma raia para uma prova de percurso no Canal de São Sebastião para todas as classes. Às 15h a velocidade do vento era de 18 nós e a largada para a primeira regata do ano foi dada para os 45 barcos inscritos na primeira etapa da Copa Suzuki Jimny. O Loyal foi o fita e venceu também na sua classe, seguido por Barracuda (Humberto Diniz), +Realizado (José Apud) e Caballo Loco (Mauro Dottori).
 
Na ORC, o destaque foi o Orson/Mapfre (Carlos Eduardo Souza e Silva). A equipe superou o Lexus/Chroma (Luiz Gustavo de Crescenzo), que cruzou em segundo. Na sequência apareceram Sextante (Thomas Shaw), Zeppa (Diego Zaragoza) e Colin (Sebastian Menendez). 
 
Na HPE, classe muito equilibrada e que contou com 16 embarcações, o Relaxa/Next Caixa (Maurício Santa Cruz) foi o vencedor, seguido pelo Jimny Takeashauer (Cássio Ashauer) e do atual tricampeão Ginga (Breno Chvaicer). "Foi uma regata bem difícil com chuva e vento forte. Em alguns pontos era impossível enxergar a boia por causa da visibilidade. Mas a vitória foi importante para o campeonato e para o nosso entrosamento", disse Maurício Santa Cruz, do Relaxa/Next Caixa. 
 
Na RGS-A, o Jazz (Valéria Ravanni) ficou em primeiro. Na subdivisão B, o ganhador foi o Suduca (Marcelo Claro). Na C, quem cruzou em primeiro foi o Ariel (Andreas Kugler), e na Cruiser foi o Helios II - Hospital Sírio Libanês (Marcos Lobo).

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