Segunda medalha para Ana Sátila

Brasileira fecha com chave de ouro sua participação no Mundial e é a única atleta feminina da competição com duas medalhas em provas individuais / Foto: Divulgação/CBCa

França - Ana Sátila acaba de entrar mais uma vez para a história da Canoagem Brasileira, neste domingo (01) ela conquistou sua segunda medalha no Mundial de Canoagem Slalom em Pau na França, agora uma de prata. A canoísta foi a única atleta feminina do evento a conquistar duas medalhas em provas individuais, na última sexta-feira (29) ela garantiu um bronze no C1 Feminino.
 
Hoje as competições em terras francesas foram dedicadas ao K1 Extremo, nova modalidade da Canoagem Slalom que está ganhando o gosto do público e pode vir a entrar no calendário olímpico. Quatro brasileiros disputaram a categoria não olímpica, Pedro Gonçalves e Charles Corrêa no masculino e as irmãs Ana Satila e Omira Estácia no feminino.
 
Satila teve um caminho longo antes de conquistar a medalha de prata na modalidade estreante em Mundiais, ao todo foram seis descidas entre classificatórias e eliminatórias. “Hoje estava um dia muito frio, passei quatro horas molhada me aquecendo e desaquecendo. Foi muito corrido, mas levar mais essa medalha não tem preço”, fala.
 
As finalistas ao lado de foram a alemã Caroline Trompeter que levou o ouro, a tcheca Amalie Hilgertova ficou com o bronze e a holandesa Martina Wegman que ficou em quarto lugar. A brasileira dedica a medalha para sua família e sua equipe. “Eles estão de longe assistindo essa maratona que tem sido o Campeonato Mundial e também a toda a minha equipe brasileira”, complementa.
 
Sua irmã Omira Estácia, que era a outra brasileira na prova, chegou até as quartas de finais e garantiu a 11ª posição. “Esses resultados acompanham todo um desempenho que iniciou em 2012 e 2016, a Canoagem Brasileira está mostrando isso, a Canoagem Slalom veio para ficar com as medalhas da Ana, a semifinal do Pepe. Tenho certeza que vamos a Tóquio brigar por medalha”, fala João Tomasini Schwertner, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem.
 
Susto na semifinal - Durante a penúltima prova Ana Sátila pensou que havia perdido a classificação à final, a atleta olímpica chegou na terceira posição, mas a francesa Marie-Zelia Lafont, que liderava a prova teve a penalidade máxima e caiu para a terceira posição, em poucos minutos o seu nome apareceu no painel como finalista. “Foi uma prova muito forte, mas fiquei feliz em ter conseguido ir para a final”, esclarece.
 
Duas medalhas inéditas - Com duas medalhas ela termina o evento como a única atleta feminina a conquistar duas medalhas em provas individuais, na última quinta-feira (28), ela conquistou um bronze no C1 Feminino e hoje foi a vez da prata no K1 Extremo, nova categoria da Canoagem Slalom que também estreou em Mundiais neste ano.
 
A mineira de Iturama, criada até os 12 anos em Primavera do Leste – MT mudou-se para Foz do Iguaçu para crescer no esporte que tanto ama. Foi adotada pelo Instituto Meninos do Lago, a qual é federada atualmente, e em 2012 passou a integrar a Equipe Permanente de Canoagem Slalom.
 
Ano após ano Ana Sátila bateu recordes e teve conquistas inéditas para o Brasil. Em 2014 foi medalha de ouro pelo caiaque no Mundial Júnior na Austrália, em 2015 conquistou a prata no Mundial Sub-23 também na mesma categoria, no mesmo ano veio a primeira medalha na canoa em Copas do Mundo, na etapa da República Tcheca. Ano passado ela obteve uma prata no K1 e com apenas 21 anos já participou de duas edições olímpicas, Londres em 2012 e Rio de Janeiro em 2016.
 
Pedro Gonçalves garante a 7a posição - Assim como Ana Sátila, Pedro Gonçalves teve uma maratona de provas neste domingo. Ao todo o K1 Extremo Masculino contou com 55 atletas, dos quais apenas 16 passavam na primeira peneira. Pepe passou com folga pelas eliminatórias, logo depois, nas oitavas de finais seu barco foi o mais rápido entre os quatro da chave. Ao passar pelas quartas Pepe competiu na semifinal e fez uma boa largada e até o terceiro obstáculo estava na briga pelo primeiro lugar. O brasileiro fez uma remonta mais aberta e acabou ficando para trás, ele quase recuperou o segundo lugar próximo ao obstáculo nº5 mas teve problemas não conseguiu ir à final, garantindo a 7ª colocação.
 
“Fiquei em um detalhe para ir na final, quando você está entre os 10 melhores do Mundo é motivo de comemoração. Não tem formula mágica, agora é ajustar os botões para continuarmos em frente”, comenta o atleta olímpico. Outro brasileiro na prova, Charles Corrêa não passou das classificatórias.
 
Mundial agora é em casa - Na cerimônia de encerramento o presidente da Confederação Brasileira de Canoagem, João Tomasini Schwertner recebeu das mãos do presidente da Federação Internacional de Canoagem José Perurena López a bandeira da entidade como símbolo de passagem do bastão para os preparativos do Mundial de Canoagem Slalom de 2018, que será realizado no Rio de Janeiro, no canal artificial do Parque Radical, local da disputa olímpica da modalidade nos Jogos Olímpicos Rio 2016.
 
“Nós já estamos preparando o evento, temos uma equipe sendo estruturada e o caminho está sendo asfaltado. Estamos buscando experiência junto a Federação Internacional e a organização dos Mundiais já realizados em outros Países, além de usarmos a nossa própria expertise em eventos feitos no Brasil, como o Mundial Júnior & Sub-23 em 2015 e também nos Jogos Olímpicos do ano passado”, afirma Tomasini.
 
Ele lembra que além do Mundial Sênior no ano que vem o Brasil também será sede do Mundial Júnior e Sub-23 de Canoagem Slalom em 2019. “Nós temos certeza que vamos fazer eventos de nível como o realizado aqui pela organização francesa, que é o maior país da Canoagem Slalom, graças ao apoio dos patrocinadores, órgãos governamentais. Vamos apresentar um grande trabalho“, comenta. O evento será entre os dias 26 a 30 de setembro de 2018.
 

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