Maratona do Rio: Os 15 Km mais marcantes da prova pelo olhar de quem corre

Maratona Rio de Janeiro / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - Comemorando 15 anos em 2017, a Maratona do Rio convidou participantes de diferentes edições da prova para escolherem os pontos mais marcantes dos 42,195 km mais bonitos do planeta. Sabemos que todo corredor é personagem de histórias emocionantes e a Maratona do Rio quer contá-las!
 
Ficamos muito honrados em saber que milhares e milhares de pessoas já passaram por aqui e viveram experiências únicas. Por isso, reunimos os 15 pontos mais marcantes pelo olhar de 15 corredores. São estreantes e veteranos, de diferentes idades e sexos e com diferentes vivências na maior maratona do Brasil. Em comum, a paixão pela corrida.
 
Confira o resultado desses relatos:
 
Km 0 – Largada – “Sem dúvida, a largada é um dos momentos mais marcantes dos 42,195km da Maratona do Rio. É aquele momento que você respira fundo, não pensa em nada e pensa em tudo ao mesmo tempo. É aquela hora que você se vê rodeado de gente, com o mesmo objetivo que o seu. Passa um filme na cabeça, você pensa em todos os treinos, pensa no trajeto da prova, reza, respira, transpira e agradece! É um momento único que só um maratonista entende o real significado”. Ana Luiza Real é jornalista e responsável pelo Instagram ‘Casei com atleta’. Sua primeira prova de 42km foi a Maratona do Rio 2016.
 
Km 3 – Praia do Recreio – “Ali, no começo da prova, você meio que está sozinho, sem muita gente assistindo, e começa a conversar com você mesmo. É um momento de meditação”. Sirlene de Souza Pinho foi campeã feminina da Maratona do Rio em 2010.
 
Km 6 – Início da Reserva – “Um dos melhores momentos da Maratona do Rio é quando entramos na Reserva. Nesse momento, passa a euforia e o medo da largada e o ritmo “encaixa”. Nesse ponto, ouvimos os passos e a respiração dos corredores, o som das ondas do mar e o visual das montanhas”. Denise Amaral já disputou 120 maratonas. Sua 100ª corrida de 42km foi a Maratona do Rio.
 
Km 13 – Reserva – “O visual é lindo demais, fantástico para renovar as energias. Normalmente estamos isolados, sozinhos, passa um ou outro, isso nos faz lembrar de tudo que foi feito para chegar até aqui. Biel (filho que é empurrado na cadeira) se desliga, mas eu me pego em lágrimas… “você não faria isso sozinho, vocês precisam um do outro”. Lembro de sua alegria em “correr”. Nossa satisfação se torna maior sabendo que somos guerreiros e mostramos que podemos ser pai e filho, amigos e exemplos para os outros, principalmente para aqueles deficientes que ficam escondidos dentro de casa”. Rodrigo Rocha é pai que virou atleta. Participa de corridas empurrando o filho em um triciclo adaptado. Sua estreia nos 42km foi na Maratona do Rio 2015.
 
Km 21 – Largada da Meia Maratona da Cidade do Rio de Janeiro – “A altura do Pepê é uma referência extremamente importante para os corredores. Já é a metade da prova. É hora de avaliar meu tempo e, principalmente, em que condições cheguei até ali. Com base nisso, planejo e me preparo mentalmente para a segunda metade que, com certeza, será mais desafiadora”. João Bandeira é engenheiro e corredor. Em 2017, fará sua 10ª Maratona do Rio.
 
Km 23 – Elevado Joá – “Que visual!!! A pista livre só para nós maratonistas, um privilégio indescritível. Lembro que estava com poucos corredores ao meu lado e aquele caminho lindo era só nosso. Clima ameno, um pouco de sol iluminava as ilhas Tijucas e Cagarras. Tudo perfeito demais, sem o barulho dos carros, só nós e a natureza majestosa dos costões, ilhas e o mar aberto. Eu queria que aquilo não terminasse, de tão sensacional”. Clayton Conservani – Paixão por aventura é o que está no sangue de Clayton. O repórter-atleta está sempre em busca de aventuras e corridas pelo Brasil e pelo mundo.
 
Km 24 – Túnel São Conrado – “Sempre defino essa maratona como a mais gostosa de se correr no planeta. Faço questão de indicá-la para qualquer corredor que me pede informação. Um dos pontos mais marcantes pra mim é o Túnel de São Conrado. Esse lugar guarda um segredo. É o divisor de águas! É um ponto de acerto ou desgraça de quem quer fazer um bom tempo. Demorei anos para ter essa certeza”. Vicent Sobrinho é corredor há mais de 25 anos. Apaixonado pela história e tradição da Maratona do Rio. Já correu cinco edições da Maratona do Rio e mais de 900 provas em diferentes lugares como Paris, Sidney, NY, Patagônia e Moscou.
 
Km 25 – Praia de São Conrado – “Ali é espetacular. É ali que se inicia a verdadeira Maratona. A gente olha para o mar… e correndo descalço, me sinto como Moisés atravessando o Mar Vermelho”. – Seu Francisco, conhecido como Chico Águia. Aos 75 anos, é figura conhecida nas corridas de rua do Rio de Janeiro. Corre descalço todas as provas que disputa.
 
Km 26 – Praia de São Conrado – “Moro na Rocinha e vejo minha casa, a família aplaudindo, e isso marca muito. Devo muita coisa à corrida”. José Pinheiro tem de 37 anos e muita disposição. O morador da Rocinha vai e volta todos os dias de casa ao trabalho correndo. Ele começou a correr para economizar na passagem de ônibus, pois precisava usar o dinheiro na reforma da casa.
 
Km 28 – Descida da Niemeyer – “Sinto o frescor da água vindo da pedra e a proteção das rochas, o contato com o mar. Percebo uma integração com o mundo tão forte e tão sólido. Ali começa uma fase de recuperação e alinhamento com a energia para dar continuidade à prova. A passagem da Niemeyer para o Leblon traduz o início do contato direto com o público. Sente-se a presença da vibração da torcida, que tem um poder motivacional muito grande”. Vanessa Protásio é especialista em coaching esportivo e movida pela emoção na corrida há mais de 30 anos. Foi a primeira mulher a completar uma edição de maratona no Rio, em 1982.
 
Km 32 – Ipanema – “Um dos pontos mais importantes que senti na prova, onde tem muitas pessoas na rua te incentivando, e eu sabia que encontraria os professores da minha assessoria no percurso para me incentivar”. André Ricardo é educador físico. Na véspera da Maratona do Rio 2016, pediu sua namorada em casamento com uma mensagem no chip da prova, e correram juntos os primeiros 42 Km dela.
 
Km 35 – Copacabana – “Um dos momentos mais desafiadores é Copacabana, a partir do Km 35. Acontece um momento muito duro e a chegada é a redenção, a delícia, o alívio e orgulho de ter participado”. Zélia Duncan é cantora e maratonista. Costuma levar tênis, relógio e roupa de corrida para as cidades onde faz show.
 
Km 39 – Praia de Botafogo – “Um dos pontos mais marcantes pra mim é a Praia de Botafogo, em frente à Igreja Nossa Senhora da Conceição. Ali encontramos torcida e amigos. Somos contagiados por aquela emoção. Gritos, sorriso e choro”. Dona Lindalva é uma pernambucana cheia de disposição. Fez sua primeira maratona após completar 70 anos.
 
Km 40 – Aterro do Flamengo – “A chegada no Aterro do Flamengo é desafiadora. É preciso vencer o próprio cansaço e negociar com a mente a motivação. Travo um diálogo comigo mesmo, em instantes que parecem durar uma eternidade. Ali, só olho para frente, sempre em frente. Para mim, um dos diferenciais em provas de fundo é saber sofrer, administrar a dor e lidar com situações adversas. Tudo passa muito rapidamente após cruzarmos a linha de chegada: como em um passe de mágica, qualquer dor dá lugar a um turbilhão de sentimentos que, sem dúvida alguma, só quem experimenta sabe o valor que isso tem”. Andrea Folegatti – Mais de 23 anos de corridas de rua pelo Brasil e mundo afora. As favoritas são as provas de longa distância. Foi 4º lugar na Maratona Caixa da Cidade do Rio de Janeiro em 2006.
 
Km 42,195 – Linha de Chegada – “A chegada, ah a chegada! Que momento espetacular. Este momento é de pura emoção, um turbilhão de sentimentos, que vão do sorriso solto, aquele bobo, às lágrimas de fazer soluçar. Se você acha que tudo acabou, ao colocar a medalha no peito, o orgulho da conquista salta ao peito, algo semelhante, mas nem tanto assim, a ter um filho. E, num piscar de olhos, você já se imagina na edição ano seguinte”. Iuri Totti é jornalista e apaixonado por corrida de rua.
 

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