Saltadores e autoridades aprovam evento-teste

Entre os brasileiros, César Castro (foto) e Juliana Veloso conquistaram vagas pessoais. Hugo Parisi garantiu uma vaga a mais para o Brasil / Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

Rio de Janeiro - A Copa do Mundo de Saltos Ornamentais chegou ao fim nesta quarta-feira (24.02) com avaliação considerada positiva por atletas, Comitê Organizador Rio 2016, Federação Internacional de Natação (FINA) e Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça (Sesge-MJ). Foram seis dias de competição no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, envolvendo 217 saltadores de 46 países.
Com mudanças drásticas de temperaturas, atletas saltaram em diferentes situações de sol e chuva. Quedas de energia forçaram a organização a dar uma resposta imediata e as forças de segurança puderam trabalhar pela primeira vez dentro da instalação, de forma parecida à atuação prevista para os Jogos Rio 2016.
 
“Foi um evento-teste interessante por várias razões. Primeiro para que os saltadores se adaptem à piscina descoberta, e depois a todas as situações que vieram das condições climáticas. Eles puderam passar por diferentes momentos, mas ao fim o importante é que o esporte prevaleceu. Acredito que os saltadores estão se familiarizando com as condições climáticas e, em agosto, tomara que tenha menos chuva”, afirmou o diretor executivo da FINA, Cornel Marculescu.
 
Além das 88 vagas olímpicas em jogo, atletas consideraram a competição fundamental para a preparação para os Jogos. “Aprendemos sobre a imprevisibilidade do tempo, saltar em local aberto, na chuva. Você não sabe o quão forte vai estar a chuva, mas é muito importante competir assim, porque ao voltar em agosto podemos ter a mesma situação e estaremos preparados”, disse o norte-americano  Steele Jonhson, após garantir vaga olímpica na plataforma de 10m sincronizado para os Estados Unidos no domingo (21.02), dia em a prova chegou a ser interrompida por 40 minutos em função de ventos e raios.
 
“Foi tudo bem, um excelente treino. Acho que o clima será diferente em agosto, mas para o lado bom. O vento e a chuva fazem com que os saltos fiquem mais perigosos. Todos nós fazemos saltos complexos e podemos ter um acidente”, disse o mexicano Iván García.
 
“Fiquei um pouco nervosa no início, mas tudo fica bem depois que nos familiarizamos. Por isso, chegamos cedo para as competições, para nos acostumar. A energia poderia melhorar um pouco, mas acho que foi tudo bem”, disse a canadense Jennifer Abel, bronze no trampolim de 3m.
 
Abel se refere ao problema ocorrido nos três primeiros dias (sexta a domingo), quando o mau tempo acarretou falhas de energia de 40 minutos a uma hora e meia no Maria Lenk. O essencial da competição não foi prejudicado, já que há um gerador que atende especificamente a área de disputa, incluindo refletores e sistema de resultados, mas o telão que exibe as notas –e é usado com referência para os atletas e para o público – parou de funcionar. A sala de imprensa também ficou no escuro.
 
De sábado para domingo, o Comitê Rio 2016 providenciou um reforço de energia. O diretor de Gestão de Instalações, Gustavo Nascimento, explicou que o sistema será totalmente diferente durante os Jogos, com duas linhas de alimentação independentes só para o Parque Olímpico.
 
Outros testes - Gustavo Nascimento considerou positivo o teste de área de competição e destacou a chance de observar o trabalho de outras áreas importantes para a organização. Foi o primeiro evento do Parque Olímpico da Barra aberto ao público, com venda de ingressos pela internet e na bilheteria.
 
“Fizemos realmente um teste na infraestrutura que fica atrás da torre de saltos e a torre como um todo, com voluntários da área de esporte. Isso foi positivo. A gente pôde aprimorar um pouco mais o treinamento das áreas de atendimento ao espectador, mas não que tenha sido ruim. Uma pesquisa independente fez uma avaliação com espectadores. No sábado e no domingo, mais de 80% tiveram as expectativas atendidas ou superadas”, informou.
 
Forças de segurança - A Copa do Mundo de Saltos Ornamentais foi também o primeiro evento-teste com presença de segurança pública dentro da instalação. Além dos 274 homens da Força Nacional espalhados pelo Maria Lenk, houve atuação de diversos órgãos na área externa, como as polícias civil, militar, federal e rodoviária federal, além de bombeiros, Guarda Municipal e companhia de trânsito. A revista na entrada do parque aquático - ainda sem os detectores de metais e mesas de raios-x – foi rígida, para evitar a entrada de itens proibidos, e foi acompanhada por 20 homens do Departamento Penitenciário Nacional.
 
“A Força Nacional fez a supervisão e tinha como papel a preservação da segurança no campo de jogo, de atletas, árbitros, público, além da segurança patrimonial. A atuação foi forte para não deixar entrar objetos não permitidos. Não houve incidentes, apenas uma equipe de comunicação que tentou usar um drone, mas foi rapidamente abordada, sem transtornos. Consideramos que foi muito positivo, mas na segurança não há conforto, sempre há o que melhorar”, disse o secretário extraordinário de Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Rodrigues.
 
Ele acrescentou que o espaço aéreo foi controlado e que foram identificados os helicópteros que sobrevoaram o Maria Lenk causando forte barulho em alguns dias de competição. Andrei também reforçou que a restrição do espaço aéreo, que ainda não foi implementada no evento-teste, será importante nos Jogos Olímpicos.
“Foi bom ter a Força Nacional aqui, estreitar essa parceria que vem sendo presente, mas até então só no papel. É a primeira vez que a gente entrega um evento junto”, acrescentou Gustavo Nascimento.
 
A Força Nacional voltará a atuar nos eventos-teste de ginástica artística, também no Parque Olímpico, de 16 a 22 de abril, e de atletismo paralímpico, no Engenhão, de 18 a 21 de maio.
 
 

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