Secretário de Alto Rendimento destaca a importância de planejar o legado olímpico

O planejamento do legado proporcionado pela realização de Jogos Olímpicos é uma das principais preocupações das cidades escolhidas para sediar um evento desse porte / Foto: Alaor Filho / Divulgação COBBrasília - O planejamento do legado proporcionado pela realização de Jogos Olímpicos é uma das principais preocupações das cidades escolhidas para sediar um evento desse porte. Organizar a estrutura para bem receber atletas e visitantes dos quatro cantos do mundo e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade de vida da população representam um desafio para os organizadores.

Segundo o secretário nacional de Esporte Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, que participou nesta semana, em Lausanne (Suíça), da Conferência da União Mundial das Cidades Olímpicas, a maior tarefa na organização é equilibrar a pressão para a entrega das obras com a necessidade de deixar resultados positivos para a cidade. “Só quando a competição acaba é que se lembra da questão do legado. Por isso, é importante estruturar o pós-jogos. Desse ponto de vista, Pequim tem uma experiência interessante. Os chineses criaram uma autoridade destinada ao legado e trabalham numa perspectiva de 10 a 20 anos”.

Na Suíça, Leyser trocou informações com representantes de cidades que já foram sedes das Olimpíadas e que organizarão futuras competições. Para ele, é uma forma de conhecer soluções para que a realização de megaeventos maximize os benefícios às populações. “Com as palestras, percebemos que os problemas são os mesmos, mas as soluções são muito criativas e podem ser replicadas de alguma maneira em todas a cidades. Esse intercâmbio é interessante porque podemos raciocinar em cima do raciocínio dos outros”, disse.

De acordo com o secretário, o melhor exemplo de planejamento de legados é o de Whistler, subsede das Olimpíadas de Inverno de Vancouver, no Canadá, pois a organização adequou a dimensão dos jogos ao tamanho da cidade. Os canadenses elaboraram em 2003 um plano de ações até 2020. A cidade abrigou as provas externas dos Jogos Olímpicos e conta com uma população de menos de 10 mil habitantes.

Rio 2016 - Ricardo Leyser explicou que o grande diferencial do Rio de Janeiro foi planejar os futuros benefícios dos Jogos Olímpicos 2016 ainda na etapa da candidatura. O Ministério do Esporte produziu um caderno que previa os legados em áreas como mobilidade urbana e meio ambiente.

Ele destacou também a união de projetos nos três níveis de governo. “A vantagem do Rio é que o plano olímpico já alinhava o plano diretor da cidade às políticas de segurança e transporte, ao PAC e à Copa do Mundo. Um exemplo disso é o corredor de ônibus Transcarioca. Foi previsto na candidatura olímpica e faz parte do planejamento da Copa. A grande vantagem é que tivemos uma proposta muito consistente, aliando políticas municipais, estaduais e federais.”

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